Análise. Amar, verbo intransitivo, obra do modernista Mário de Andrade, é transgressor à sua época por várias características. Uma delas é a ambiguidade que permeia todo o livro; começando pelo seu título. Amar, sendo um verbo transitivo, apresenta para o narrador outro significado; é intransitivo.
“Amar, Verbo Intransitivo” (1927) é o primeiro romance do escritor Mário de Andrade. Com características marcantes do Modernismo, o livro conta a história de uma mulher alemã, que é contratada como governanta na casa de uma abastada família para executar a iniciação sexual e amorosa de um jovem, filho do contratante.
Na década de 20, o eixo Rio-São Paulo representava tudo o que havia de mais moderno no país. Um dos maiores trechos do romance de Mário de Andrade é a viagem de volta feita de trem. A rica família de São Paulo acaba por passar diversos momentos de constrangimento durante o trajeto.
O enredo do livro gira em torno de uma família rica e tradicional de São Paulo, que contrata uma governanta alemã para ensinar questões relacionadas ao sexo seu filho adolescente. O tema era tabu numa época em que muitos pais procuravam prostitutas para iniciar seus filhos.
Portanto, de maneira resumida, o verbo transitivo direto exige um objeto direto, isto é, exige um completo não preposicionado. Já o verbo transitivo indireto demanda um objeto indireto, o que nos mostra que o seu complemento deve ser antecedido por uma preposição.
A psicanálise e a literatura dialogam pelos meandros da linguagem, e o sujeito falante é o sujeito do inconsciente. Somos constituídos por palavras. Quanto à sexualidade, se a literatura sempre abordou a questão sexual como tema inesgotável do desenrolar da vida humana, a psicanálise fez do sexo um dos fundamentos do psiquismo.
A Fräulein, de Mário de Andrade, acredita no amor. Cultiva a fantasia de que ele não demora a chegar. Mais dois trabalhos ao custo de oito contos de réis cada serão suficientes. Para isso ela trabalha. E como!
Souza Costa é o pai de uma família burguesa de São Paulo. Com medo de que seu filho se envolva com mulheres fora do controle familiar, contrata uma alemã que tem como trabalho iniciar os meninos burgueses nas atividades sexuais.
Em Amar, Verbo Intransitivo, a máquina aparece no cenário urbano e nas ligações dele com o campo. O automóvel e o trem figuram no romance não apenas como meros meios de transporte, mas como símbolos da modernidade.
Os verbos classificados como transitivos diretos são aqueles que precisam de um objeto direto para completar o sentido na frase, mas que não demandam preposição obrigatória. É importante dizer que o objeto direto responde às perguntas: “o que?” ou “quem?”.
O verbo amar é um verbo transitivo directo. Tipicamente, selecciona um complemento não preposicionado. Pode, no entanto, em contextos muito restritos, sobretudo no discurso religioso, ser usado com um complemento encabeçado pela preposição a: «Amar a Deus.»
A 1ª fase do modernismo brasileiro foi marcada pela transgressão, tanto na forma como no conteúdo, e o romance de Mário de Andrade é um grande exemplo. A começar pelo próprio título da obra pois "amar" é, na verdade, um verbo transitivo.
A obra Amar, Verbo Intransitivo de Mário de Andrade encontra-se disponível para download em formato pdf.
Os verbos transitivos diretos-indiretos (também denominados bitransitivos) são aqueles que são utilizados com dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente. Exemplos: "No inverno, Dona Cleia dava roupa e comida aos pobres." "A empresa fornece comida aos trabalhadores da firma."
A mudança da adolescência para a vida adulta, no entanto, envolve outras relações além da sexual. A relação de Carlos com a sua família vai sendo moldada por meio de seu caráter.
Freud propõe a noção de bissexualidade do ser humano, sobre a qual se fundam as hipóteses a respeito da construção da identidade sexual. A diferenciação básica do desenvolvimento sexual vai mostrar o complexo de castração nos meninos e a inveja do pênis nas meninas. Na puberdade, com o desenvolvimento do corpo sexuado, há uma explosão pulsional de caráter genital, calcada nas experiências pré-edípicas, que se encaminha, por meio da resolução edípica em andamento, à escolha de um novo objeto amoroso, que, na verdade, é uma escolha renovada. Agora o objeto da sexualidade infantil é proibido pela barreira contra o incesto. As fantasias incestuosas têm de ser superadas, e o superego tem de ser reelaborado.
Souza Costa finge pegar os dois em flagrante e "expulsa" Fräulein da casa. Carlos passa um tempo em sofrimento após a separação, porém, a superação do primeiro amor o transforma em um homem.