As células-tronco são células muito especiais. Elas surgem no ser humano, ainda na fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico.
O tecido hematopoiético (do grego hematos, sangue, e poese, formação, origem) é um tipo de tecido conjuntivo responsável pela produção de células sanguíneas e da linfa, e se localiza no interior de alguns tipos de ossos. Esse tecido é o precursor da medula óssea vermelha.
As células-tronco possuem a capacidade de se auto-reproduzirem, multiplicando-se em novas células que dão origem a todos os órgãos e tecidos do corpo. Elas também podem alterar ou renovar suas funções, e por isso são utilizadas pela medicina para que reparem anomalias no corpo causadas por doenças ou fatores naturais.
Em termos práticos, podemos afirmar que células-tronco são células que têm o potencial de recompor tecidos danificados e, assim, auxiliar no tratamento de doenças como câncer, mal de Parkinson, mal de Alzheimer e doenças degenerativas e cardíacas.
Células-tronco adultas: As células-tronco adultas são encontradas em diversas partes do corpo, destacando-se a medula óssea. Essas células, assim como as embrionárias, podem dar origem a diferentes tipos celulares, mas são menos versáteis. Seu papel principal é renovar as estruturas do corpo.
São três os principais tipos de células-tronco. As células-tronco embrionárias e as adultas (encontradas principalmente na medula óssea e no cordão umbilical), que têm fontes naturais. E as células pluripotentes induzidas, que foram obtidas por cientistas em laboratório em 2007.
As células-tronco adultas são encontradas em todas as partes do corpo humano, especialmente na medula óssea e sangue do cordão umbilical, sendo retiradas dos próprios pacientes para fins medicinais.
Células-tronco totipotentes: são capazes de formar células de qualquer tecido do corpo, inclusive tecidos embrionários e extraembrionários. Costuma-se dizer que esse tipo de célula é capaz de originar um organismo por inteiro.
As células-tronco mais utilizadas em pesquisas são as adultas por serem de mais fácil acesso, inclusive podendo ser extraídas do cordão umbilical.
São as células, encontradas em embriões, que conseguem se diferenciar em todos os 216 tecidos (inclusive a placenta e anexos embrionários) que formam o corpo humano. É essa capacidade que permite que um embrião se transforme em um corpo totalmente formado.
É aí que mora a polêmica, pois para se utilizar células tronco embrionárias para fins de pesquisa o embrião precisaria ser destruído, o que para algumas pessoas seria considerado interrupção da vida.
Vejamos: "É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: I – sejam embriões inviáveis; ou II – sejam embriões congelados há 3 (três) ...
Temos como mais eficaz em pesquisas, as células – tronco retiradas de embriões, onde por sua idade e poder de diferenciação são usadas quando liberadas pela justiça. Podemos citar também, mas por forma de estudos recentes, as células – tronco obtidas do cordão umbilical e da placenta.
O debate em torno da pesquisa com células-tronco embrionárias envolve um dilema ético que se origina na impossibilidade de atender simultaneamente a dois princípios morais: o dever de prevenir ou aliviar o sofrimento (no caso, por meio dos possíveis impactos de descobertas científicas na medicina) e o dever de ...
As células-tronco retiradas de um embrião produzido naturalmente ou por fecundação assistida podem apresentar incompatibilidade com o paciente, visto que o novo sistema imunológico pode interpretá-las como um organismo invasor e atacá-las.
As células- tronco embrionárias, apesar de poderem se diferenciar em qualquer tipo celular, podem originar tumores, o que dificulta sua utilização em terapias até que se tenha total controle sobre sua diferenciação (National Institutes of Health, 2001).
15- Qual o questionamento ético e religioso a respeito das células-tronco? O principal questionamento a respeito das pesquisas com células-tronco é com relação ao uso de embriões. ... Já os opositores acreditam que a vida humana começa com a fecundação e, com isso, o uso de embriões seria ferir o direito à vida.
Células-tronco são aquelas com capacidade de autorrenovação e diferenciação em muitas categorias de células e, ainda, de se dividir e se transformar em outros tipos de células. Há ainda as células-tronco pluripotentes induzidas, obtidas em laboratórios. ...
A grande questão está na aceitação do uso dessas células, pois, para essas pesquisas, o embrião deve ser destruído. Isto implica em questões éticas e religiosas, pois algumas posições, entre elas a da Igreja Católica, consideram o embrião uma pessoa.
Diversos estudos científicos mostram que o tratamento com células-tronco adultas obtidas da medula óssea e do tecido adiposo pode, muitas vezes, atenuar ou mesmo reverter sinais e sintomas de algumas doenças crônicas, incluindo as distrofias musculares.
A controvérsia vem do fato de que as células-tronco embrionárias normalmente não podem ser obtidas sem a destruição dos embriões que as originam. Há técnicas, hoje, que levantam a hipótese de que no futuro não será mais preciso destruí-los para obter linhagens viáveis das cobiçadas células-curinga.
As células tronco ativam alguns genes e inativam outros no DNA e, a partir disto começam a produzir proteínas específicas para dar a forma e a função da célula. Depois de especializadas estas células não podem se diferenciar mais e nem voltarem a serem células tronco.
Três estudos diferentes publicados hoje nas revistas científicas Nature e Science indicam que as células-tronco, aquelas com capacidade de autorrenovação indefinida, podem se tornar malignas, originando cópias doentes incessantemente mesmo depois de o paciente ser submetido a quimio ou radioterapia.
Células-tronco podem ajudar na rejeição de transplante de órgãos no futuro. As novidades sobre células-tronco podem ser uma esperança a mais na área de transplantes de órgãos no futuro. Pesquisadores dos Estados Unidos estão estudando sobre a inativação do mecanismo de rejeição do corpo humano a um órgão externo.
Menos versáteis que as embrionárias, as células-tronco adultas têm uma vantagem: parecem ser mais seguras. Nas terapias experimentais são injetadas nos pacientes células-tronco extraídas, em geral, deles mesmos. Isso elimina o risco de rejeição ao material implantado e reduz a ocorrência de outros problemas.