A primeira epidemia que atingiu o Brasil foi a de febre amarela, com um grande surto no Rio de Janeiro em 1850. Em 1889, grande parte da zona cafeicultora paulista também foi afetada pela doença, que, além da febre e da pele amarela, causa calafrios, dores musculares e pode levar à morte.
Causa. A febre amarela é causada por um vírus, do gênero flavivírus, transmitido por mosquitos pertencentes às espécies Aedes (principalmente Aedes aegypti, responsável também por transmitir a Zika, a dengue e a chikungunya) e Haemogogus.
Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado....
Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura. Isso quer dizer que você só pode ter febre amarela uma vez na vida.
Um dos motivos tem sido a redução das áre- as silvestres e a consequente am- pliação das cidades. O Brasil tem se urbanizado de forma muito rápida e pouco planejada e o ressurgimento da febre amarela urbana pode estar relacionado a esta infiltração do ser humano no habitat natural do vírus da doença.
Assim como a dengue e a febre amarela, a malária é transmitida pela picada de um mosquito. Embora as três doenças típicas de países tropicais tenham alguns sintomas semelhantes (febre, cansaço e dor muscular), apresentam muitas outras especificidades - desde a espécie de mosquito até o tipo de tratamento.
Existe um espectro enorme de formas clínicas de malária, umas mais graves, outras mais brandas e outras até sem sintomas. Quando sintomática, a característica principal da maleita é a sua notória intermitência. A malária é causada por protozoários, que se multiplicam nos glóbulos vermelhos do sangue do homem.
Se evoluir para sua forma mais perigosa, a febre amarela provoca insuficiência hepática e renal. “A taxa de mortalidade chega a 36%. Se o paciente sobreviver, os sintomas permanecem entre duas e quatro semanas”, alerta o infectologista.
A febre amarela é uma doença infecciosa que ataca o fígado e outros órgãos, pode inclusive levar à morte. Causada pelo vírus amarílico, a transmissão ocorre, principalmente, em regiões de matas pela picada de fêmeas do mosquito vetor infectado.
Os casos leves causam febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Os casos graves podem causar doenças cardíacas, hepáticas e renais fatais. Não existe um tratamento específico para a doença. Os esforços se concentram no controle dos sintomas e na limitação das complicações.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, mais de 40% dos casos recentes de febre amarela evoluíram para óbito: em cada duas pessoas infectadas, uma tem risco de falecer em decorrência dos desdobramentos da doença.
A febre amarela infecta cerca de 200 mil pessoas e mata 30 mil delas a cada ano, mais do que ataques terroristas e acidentes de avião juntos.
Henrique de Azevedo Penna colaborou para as pesquisas que conduziram ao descobrimento do ciclo selvagem da febre amarela, no Vale do Canaã, Espirito Santo, mas a sua grande contribuição foi para o desenvolvimento e produção da vacina de febre amarela, que é reconhecida internacionalmente.
No entanto, Oswaldo Cruz acreditava em uma nova teoria: o transmissor da febre amarela era um mosquito. Assim, suspendeu as desinfecções, método tradicional no combate à moléstia, e implantou medidas sanitárias com brigadas que percorreram casas, jardins, quintais e ruas, para eliminar focos de insetos.
Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia. Permitiu, também, o término das obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes entre os operários, provocadas pela malária.
Em 1894, o cientista franco-suíço Alexandre Yersin e o japonês Shibasaburo Kitasato finalmente identificaram o bacilo da doença. Dois anos mais tarde, o russo Waldemar Haffkine criou uma vacina contra a peste, e, em 1898, Yersin usou os primeiros soros antipestosos em seres vivos.