É o elemento químico menos electronegativo e só tem um isótopo estável, o césio-133. ... O isótopo radioactivo césio-137 apresenta uma meia-vida de cerca de 30 anos e é usado em aplicações médicas, industriais e hidrológicas.
Uma cápsula de Césio-137, utilizada em equipamentos de Raio-X, foi encontrada em um ferro-velho nesta terça-feira (22) na cidade de Arapiraca, distante 136 Km de Maceió, capital de Alagoas. O material é uma substância radioativa e perigosa para a saúde quando removida de dentro da cápsula.
São mais de 6 mil toneladas de lixo contaminado com o césio-137, como roupas, móveis e até casas. Todo o material está em um imenso depósito, em Abadia de Goiás, a 20 km da capital.
O Césio-137 é um isótopo radioativo do elemento químico césio que é usado em equipamentos de radiografia. ... No ferro-velho, Devair abriu a caixa que continha a cápsula a fim de aproveitar o chumbo, mas ao fazer isso ele liberou para o meio ambiente cerca de 19 g de cloreto de césio-137.
A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás.
Os rejeitos de usinas nucleares são colocados em recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto, devendo permanecer confinados por um período longo que varia de 50 a 300 anos. No Brasil, este tipo de descarte é realizado nas mineradoras e em institutos energéticos.
O próprio césio-137 é seguro contanto que não entre em contato direto com a sua pele ou que você não seja exposto à sua radiação por tempo excessivo e sem as medidas de segurança sendo rigorosamente respeitadas. E essa mesma radiação que é empregada na radioterapia.
Para que a poluição radioativa não cause mais impacto no ecossistema terrestre, algumas soluções podem resultar: o correto e consciente manuseio, diminuição dos testes nucleares, monitoramento e descarte dos resíduos nucleares, limitação do uso de raios X, dentre outros.
'A gente não vive, vegeta': vítimas do césio-137 relatam dor 33 anos depois. ... Entre elas, a de dois funcionários do ferro-velho de Devair; a de sua esposa Maria Gabriela Ferreira; e de Leide das Neves Ferreira, sua sobrinha, que na época tinha 6 anos e foi a primeira vítima, tornando-se símbolo da tragédia.
Odesson Alves Ferreira, irmão de Devair e presidente da Associação de Vítimas do Césio-137, lembra que as primeiras a morrer foram sua sobrinha, Leide das Neves, de 6 anos, e Maria Gabriela, esposa de Devair, no mesmo dia 23 de outubro. As vítimas foram enterradas em caixões de chumbo para conter a radiação.