O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo com propriedades especiais. Possui muitos adipócitos, células especializadas, que têm função principal de reserva energética para o organismo, entre outras.
Todos os organismos vivos são constituídos por tipos diferentes de tecido, onde cada um deles desempenha uma função específica. Desse modo, cada tipo de tecido orgânico é formado por um determinado tipo de célula. Um exemplo disso é o tecido adiposo, que tem como função armazenar gordura em células específicas, as chamadas adipócitos.
O tecido adiposo possui algumas variações celulares e estas podem ser classificadas de forma diferente. A diferenciação é no número de vacúolos de gordura presentes dentro de cada célula.
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Os adipócitos (células adiposas, células de gordura) são os blocos de construção do tecido adiposo. Existem três tipos de adipócitos, que constituem dois tipos diferentes de tecido adiposo:
Os adipócitos bege são um tipo distinto de adipócitos termogênicos do tipo marrom com morfologia multilocular. Eles existem principalmente na gordura subcutânea, mas uma pequena quantidade também pode ser encontrada na gordura visceral.
As células adiposas multiloculares são menores quando comparadas as uniloculares e apresentam uma forma poligonal, os lipídios são distribuídos pelo citosol em forma de gotículas de vários tamanhos.
O tecido adiposo unilocular é encontrado em quase todo o corpo. Seus adipócitos são preenchidos por uma gotícula única de lipídio contendo triglicerídios e seu núcleo se encontra na forma achatada e na periferia da célula. Quando isoladas, as células são esféricas; porém, quando se reúnem para formar o tecido adiposo, se tornam poliédricas devido à compressão recíproca. Sua gotícula lipídica única é removida pelos solventes orgânicos utilizados na técnica histológica; por isso, nos cortes histológicos rotineiros, cada célula mostra apenas uma delgada camada de citoplasma na periferia da célula, como se fosse um anel em torno do espaço deixado pela gotícula lipídica removida Seu núcleo, geralmente alongado, situa-se em alguma região do anel citoplasmático.
As células adiposas uniloculares se originam no embrião, através das células mesênquimais, os lipoblastos. Além disso, a mobilização dos triglicerídeos pode ocorrer através de atividades físicas intensas e jejuns prolongados.
Os adipócitos no tecido adiposo branco são organizados em lóbulos por septos de tecido conjuntivo. Os septos contêm fibras de colágeno, terminações nervosas, capilares sanguíneos e linfáticos. A matriz extracelular de tecido adiposo branco é feita de fibras reticulares e contém células não residentes do tecido adiposo (por exemplo, células inflamatórias).
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No tecido multilocular, existe a presença de vários vacúolos de gordura distribuídos por todo o citoplasma, além de várias mitocôndrias. Portanto, devido a essas mitocôndrias e a grande vascularização, possui um tom castanho ou marrom, por isso o nome pardo. Além disso, no tecido adiposo multilocular, o núcleo celular fica disposto no centro do citoplasma.
O tecido adiposo, que é um tipo de tecido conjuntivo, é muito importante para o corpo humano. Isso, porque ele armazena gordura nos adipócitos, que constituí uma camada essencial, responsável pela função de isolamento térmico. Além de ser uma fonte de energia bastante útil para o funcionamento do organismo.
Por tudo isso, o tecido multilocular é capaz de gerar energia mais rapidamente que o unilocular. Desse modo, nos animais, a sua principal função é produzir calor, ou seja, promover a manutenção da temperatura. Tanto que em espécies que realizam a hibernação, esse tecido é encontrado em maiores quantidades, caracterizando a glândula hibernante.
Quanto ao seu formato, possui forma esférica com um vácuo central que armazena a gordura. E por reunir grande quantidade de gordura, o núcleo celular acaba sendo empurrado para uma região menos centralizada.
Para que os adipócitos multiloculares formem o calor, inicialmente as terminações nervosas abundantes ao redor dessas células, liberam noradrenalina que é um neurotransmissor que faz com que o tecido adiposo multilocular acelere a lipólise e a oxidação dos ácidos graxos. Assim, a oxidação dos ácidos graxos produz calor e não ATP. Isso pode ser explicado em consequência da presença da termogenina nas membranas internas das mitocôndrias desses tecidos.
Esse subtipo é especializado na produção de calor, sendo que na espécie humana, os recém-nascidos apresentam grande quantidade do mesmo, que auxilia na termorregulação.
Contudo, o tecido adiposo não se limita apenas à manutenção de temperatura corporal. Portanto, ele contribuí com muitas outras funções essenciais ao organismo. Vejamos as principais:
Desse modo, os adipócitos armazenam grandes quantidades de gorduras. Tanto que quando esse tecido é analisado através de um microscópio óptico, é possível notar que essas células possuem tamanho maior do que a maioria das demais células. Contudo, o seu tamanho varia de organismo para organismo.
Cada adipócito é circundado por uma lâmina basal espessa contendo colágeno tipo IV como um componente principal, semelhante às células do osso e da cartilagem. A forte membrana externa dos adipócitos é de fundamental importância para a resiliência ao estresse mecânico e à ruptura.
Já nesse tipo de tecido adiposo, as suas células possuem vários vacúolos de gordura espalhadas em seu citoplasma e várias mitocôndrias, com seu núcleo centralizado no citoplasma.
O tecido adiposo é um tecido essencial para o nosso organismo, porque além de ser uma fonte de energia, é responsável pela manutenção da temperatura do nosso corpo. Conheça tudo sobre ele.