O Primeiro Motor ou Motor Imóvel é responsável pelo princípio do movimento dado na causa eficiente ou final. O Motor é o que move sem ser movido. Segundo Aristóteles, o Primeiro Motor é a causa do movimento das estrelas e das esferas celestes.
A TEOLOGIA Objeto próprio da teologia é o primeiro motor imóvel, ato puro, o pensamento do pensamento, isto é, Deus, a quem Aristóteles chega através de uma sólida demonstração, baseada sobre a imediata experiência, indiscutível, realidade do vir-a-ser, da passagem da potência ao ato.
O motor imóvel é sempre em ato, é ato puro, pois, se não fosse, teria que ser movido deixando de ser o primeiro motor. E é incorruptível, pois não possui a matéria que é sujeita a qualquer tipo de corrupção.
Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa. Não pode existir efeito sem causa. No entanto, para Aristóteles, além de causa primeira, Deus é também a causa final que cria a ordem do universo.
Em resumo: Deus é “o ser mesmo subsistente em si” (ipsum esse in se subsistens). Segundo o filósofo Emerich Coreth, em Deus no pensamento filosófico, a formulação de Tomás de Aquino diz respeito ao que é “necessário da plenitude originária e ilimitada de toda realidade e toda perfeição do ser”.
Aristóteles afirma que o ser verdadeiro é eterno e anterior ao não ser, já existindo em atualidade antes de potencialidade. Em filosofia, ser é considerado não só como um verbo (existir) mas também como substantivo ("tudo o que é").
Estudar o ser enquanto ser, foi uma das definições que Aristóteles atribuiu a sua filosofia primeira ou metafísica, pois esta ciência não se preocupa com os vários tipos de seres particulares, mas com o ser tomado de forma universal, ou seja, a filosofia primeira de Aristóteles estuda o ser enquanto ser, ou seja.
Ser humano significa ser no ser, estar na abertura do ser. A compreensão do sentido do ser que se tem é, para Heidegger, determinante. O ser é a condição de possibilidade da compreensão e também o organizador das compreensões epocais. O ser é como que o horizonte de todo sentir, entender, conhecer.
O real para Platão é a ideia; o real para Aristóteles é a realidade sensível. ... Já o pensamento de Aristóteles parte da experiência sensível, do tangível. “No fundo, quando Platão fala que há duas realidades, a sensível e a inteligível, não é que exista essa separação, é que em cada coisa sensível está presente a ideia.
Aristóteles sustenta que o que está além de nossa experiência não pode ser nada para nós. Nesse sentido, ele não acreditava e não via razões para acreditar no mundo das ideias ou das formas ideais platônicas.
A teoria aristotélica da gravidade afirmava que todos os corpos se movem em direção ao seu lugar natural. Para alguns objetos, Aristóteles afirmou que o lugar natural tinha de ser o centro da Terra, e, portanto, eles cairiam em direção a ela. ... A velocidade desse movimento era supostamente proporcional à massa do objeto.
Para ele, o mundo real, a natureza, não tem nada de ilusório. Aristóteles acreditava que a verdade está neste mundo e não em um universo paralelo, como acreditava Platão. Aristóteles dizia que eram os homens que formulavam os conceitos a respeito das coisas para poder reconhecê-las.
Segundo Aristóteles, a filosofia é essencialmente teorética: deve decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espírito é o assombro do mistério. O seu problema fundamental é o problema do ser, não o problema da vida.
Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligivel. Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição.
O homem é uma unidade substancial de alma e de corpo, em que a primeira cumpre as funções de forma em relação à matéria, que é constituída pelo segundo. O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito.
Aristóteles entendia que o ato conforme a lei era justo porquanto esta conduta ia ao encontro do fim a que se destinava a lei, qual seja, o bem comum de todas as pessoas, a eudaimonia. A justiça é a forma perfeita da excelência moral porque é uma virtude que tem por objeto o outro.
A ciência (episteme) é entendida por Aristóteles como um conhecimento demonstrativo, isto é, um tipo de saber que pode ser expressado por um discurso (logos) dedutivo fundado em premissas necessárias.
Note-se que, nos dois autores, estão presentes as três: a intelectivo-racional, que corresponde especificamente à alma humana, a sensitiva, que corresponde aos animais, e a nutritiva, aos vegetais.
A alma humana é caracterizada como espiritual, imortal, substancial, e subsistente: é o princípio espiritual e vital do ser humano, mas também é dependente do corpo em uma variedade de formas, a fim de possuir estas características.
A teoria das idéias de Platão está diretamente ligada a sua teoria da alma. Na parte IV , do seu livro “República”, Platão concebe o homem como corpo e alma. ... É somente através da busca do conhecimento, através de um processo de recordação, de reminiscência, o homem pode lembrar-se das idéias que um dia contemplou.
A alma racional - aqui está a racionalidade e sabedoria humana. A alma racional deve estar no controle sobre as outras duas, pois, segundo Platão, o homem deve pautar a sua vida com base na razão. ... A alma irascível - Seria a alma onde estão os sentimentos humanos, nossa coragem, vontade de agir, a raiva, o amor etc.
É assim que a alma é compreendida como princípio de movimento, gerando a vida, mas participando do que é divino. É através da alma que o homem conhece, segundo Platão. ... É por isso que a alma é esse trânsito entre os dois mundos, inteligível e sensível, ainda que suas características sejam dadas pelo mundo inteligível.
Arístocles
Kardec
O fôlego de vida, o ser humano em si. ... Alma é um termo equivalente ao hebraico néfesh, ao Sanscrito Ātman e ao grego psykhé e significa "ser", "vida" ou "criatura". Etimologicamente, deriva do termo em Latim animu (ou anima), que significa "o que anima".
No tempo de Aristóteles, acreditava-se amplamente que a alma humana entrava no corpo em formação aos 40 dias (embriões masculinos) ou 90 dias (embriões femininos), e a vivificação (momento durante a gravidez quando a mulher grávida começa a sentir ou perceber movimentos fetais no útero) era uma indicação da presença de ...
Este texto fala de separação de alma e espírito pela Palavra de Deus. Nós lemos em Hebreus 4.
Durante o Renascimento, o cérebro assumiu o protagonismo, mas a sede da alma permaneceu diluída no líquor, o fluido contido nos ventrículos cerebrais. Mais tarde o tecido cerebral tomou conta, com a proposição de René Descartes (1596-1650), que chegou a apontar a glândula pineal como a “sede da alma”.
Em diferentes culturas, o espírito vivifica o ser no mundo. O espírito também permitiria ao ser perceber o elo entre o corpo e a alma. Entretanto, muitas vezes espírito é identificado com alma e vice-versa, sendo utilizados de forma equivalente para expressar a mesma coisa.
Uma tricotomia é uma divisão em três categorias. Na filosofia, é usada para dividir aspectos do homem como três naturezas distintas que se integram. ... Elas são frequentemente chamados de tríades (embora "tríade" não possua um sentido fixo na filosofia).