Naturalmente ricos em ácido glutâmico, alimentos como queijo parmesão, cogumelos, tomate, frutos do mar, milho, ervilha, repolho, espinafre, carnes e molhos a base de peixe são capazes de conferir um sabor contínuo após a ingestão. Esse sabor é o umami, reconhecido cientificamente há 22 anos, quando foram descobertos receptores específicos para o ácido glutâmico nas papilas gustativas.
Além disso, um estudo feito por Woessner no ano de 1999 a respeito dos efeitos do produto em pessoas com asma não comprovou que ele faz mal. De 100 pessoas que participaram do experimento, somente uma apresentou redução em sua função pulmonar.
Falou tudo! O glutamato encontrado naturalmente nos alimentos não faz mal, porém é preciso ficar atento aos industrializados, em se tratando de aditivos, todo cuidado é pouco.
O glutamato também está naturalmente presente no nosso organismo. "Sua função é atuar no sistema nervoso central como um importante neurotransmissor e, quando presente nos alimentos, confere o gosto umami, um dos cinco gostos básicos do paladar humano", diz Lansky.
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O glutamato monossódico é considerado seguro pela Anvisa e pelo FDA, o órgão que regulamenta os alimentos nos Estados Unidos. No entanto, acredita-se que o consumo glutamato monossódico pode causar sintomas leves em algumas pessoas, como dor de cabeça, sono, urticária e aumento da pressão arterial.
Isso é necessário porque os alimentos industrializados muitas vezes perdem o seu sabor original, já que, ao serem processados, eles perdem importantes nutrientes e muitas substâncias que dão o seu sabor característico.
O aditivo é composto em 21% por sódio e possui aproximadamente 1/3 do teor do nutriente que é encontrado no sal de cozinha. Para você ter uma noção, 6 g de sal de cozinha trazem 2,4 g de sódio. Logo a mesma quantidade de glutamato monossódico contém 0,8 g de sódio.
Além disso, acredita-se que o glutamato monossódico também pode causar a síndrome do restaurante chinês, uma doença que pode surgir em pessoas sensíveis ao glutamato monossódico, causando náusea, sudorese, urticária, cansaço, dor de cabeça, entre outros.
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Pior ainda se o consumidor em questão sofrer com baixas doses de magnésio em seu organismo. Nesse caso, os receptores ficam bastante sensíveis e até mesmo doses pequenas das excitotoxinas podem desencadear tal reação.
A verdade é que este aditivo alimentar está presente na maioria dos alimentos processados que consumimos e por isso é importante entendermos o que é, para que serve e como o glutamato monossódico pode afetar o nosso organismo.
Uma pesquisa realizada com 71 pessoas com boa saúde ofereceu cápsulas de glutamato monossódico e placebo para verificar suas reações físicas. Os sintomas negativos foram sentidos tanto pelas pessoas que ingeriram o glutamato monossódico, quanto pelas que tomaram o placebo.
Embora doses muito grandes de GSM possam elevar temporariamente os níveis de glutamato no sangue, a concentração geralmente retorna ao normal dentro de duas horas. Em geral, a ingestão média de GMS é relativamente baixa e não está associada a efeitos adversos graves. No entanto, algumas pessoas podem apresentar reações, como dores de cabeça, tonturas, palpitações e náuseas, em doses muito altas de GMS na ausência de alimentos.
O GMS pode ser encontrado em uma variedade de alimentos processados, como salgadinhos, molhos, sopas enlatadas, temperos prontos, embutidos e muitos outros produtos industrializados. É essencial ler os rótulos dos alimentos para identificar a sua presença.
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O que intriga os cientistas é que os japoneses utilizarem largamente o glutamato e serem um povo longévilo e magro. Não há, verdadeiramente, embasamento científico nem para recomendar nem para proibir.
Muitos desses alimentos ultraprocessados possuem um componente chamado glutamato monossódico. Esse químico no nosso corpo se passa pelo glutamato, um neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central que se liga ao famoso GABA – sendo bastante correlacionado a um estado de ansiedade.
Mesmo com esses problemas e suspeitas de que o glutamato monossódico faz mal à saúde, ele ainda não é visto como uma substância prejudicial ao organismo pela comunidade científica. Para a alergista e imunologista Katharine Woessner, esses malefícios atribuídos ao ingrediente não passam de um mal entendido.
Manter uma alimentação saudável é fundamental para evitar doenças e sintomas desagradáveis e, por isso, indicamos que sua alimentação seja baseada muito mais em produtos naturais do que produtos industrializados.