O Kuarup é uma festa muito importante que acontece uma vez por ano no Parque Indígena do Alto Xingu e dura dois dias.
Os indígenas sul-americanos, segundo a antropóloga Branislava Susnik (1983, p. 54), não manifestavam medo da morte, mas um profundo medo dos mortos, das almas dos mortos que colocavam em perigo as almas dos parentes vivos.
O povo indígena Asurini do Koatinemo tem no grafismo um instrumento visual para representar suas crenças, costumes e tradições, usando da arte gráfica para compor a ornamentação do corpo, não só em ocasiões de cerimônias especiais, mas também no seu cotidiano.
O grafismo pintado nos corpos indígenas, em seus trajes e utensílios marca a identidade de cada povo. Um determinado desenho na pintura corporal por exemplo, pode indicar a quantidade de filhos, a ocupação do índio dentro da tribo ou o cumprimento dos ritos de passagem.
O Kuarup ocorre sempre um ano após a morte dos parentes indígenas. Os troncos de madeira representam cada homenageado. Eles são colocados no centro do pátio da aldeia, ornamentados, como ponto principal de todo o ritual. Em torno deles, a família faz uma homenagem aos mortos.
As crenças religiosas dos índios possuíam papel ativo na vida da tribo. ... Acreditavam também na vida após a morte, quando o espírito do morto iniciava uma viagem para o Guajupiá, um paraíso onde se encontraria com seus ancestrais e viveria eternamente.
Os índios produzem para viver, e a produção deles significa a possibilidade de viver melhor. Ao passo que o nosso sistema de concentração, da monocultura, não é somente agressivo à terra, mas acumula nas mãos de uns poucos a fortuna e os privilégios do poder.
Geralmente a arte indígena manifesta-se através de cânticos, vestuários utensílios, pela pintura corporal, escarificação e perfuração da pele, através de danças entre outros, sendo estes raramente produzidos com o intuito de serem arte propriamente dito.