A filosofia hegeliana considera o processo e o devir segundo os quais a realidade é o que é pela alienação, pela mediação e pelo trabalho. A realidade é processo do vir a ser, isto é, não é dada, mas vem a ser e, isso, constantemente. Se a realidade está sempre vindo a ser é porque ela nunca é definitivamente.
Segundo essa concepção, enfim, a história universal deve ser entendida como uma teodiceia, na qual os fatos históricos obedecem a uma providência divina – o Espírito Absoluto. Logo, são necessários e inevitáveis no processo de reconciliação do Espírito consigo mesmo.
A filosofia da história, ao contrário, trata os acontecimentos factuais como meras manifestações de um princípio interno e mais profundo em processo de desenvolvimento. Este princípio, para Hegel, é nada mais que a Idéia de liberdade em busca de sua realização no tempo.
Para Hegel, o trabalho não é só satisfação das próprias necessidades individuais e imediatas, mas é a expressão de um valor maior: nele se forma a consciência pessoal e social, se manifesta o caráter público e universal do ser humano. ... Pelo trabalho, o homem imprime uma intencionalidade ao simples "em si" da natureza.
Para Hegel, não existe algo que seja impossível de ser pensado. ... O real efetivo, para Hegel, está na unidade entre a essência e a existência, entre o interior e exterior, em uma relação dialética. Essa dialética é a própria forma como as ideias se desenvolvem, e é central na filosofia do autor.
Hegel acreditava que o existente é racional, quando expressa alguma necessidade, uma regularidade. O segundo estágio de desenvolvimento da ideia absoluta, Hegel considerou a natureza. A natureza é a derrota da ideia absoluta, o seu outro ser.
No percurso do que Hegel chama de história filosófica, em virtude da concretização da Razão, ele percebe os grandes momentos em que o Espírito Absoluto, com sua qualidade intrínseca ou fim em si mesmo que é a liberdade, lutou para superar a si mesmo num movimento contínuo e progressivo (progresso da consciência humana) ...
Georg Wilhelm Hegel pensava que a consciência deveria passar por uma série de desenvolvimentos para superar as contradições percebidas em conceitos que seriam aparentemente opostos; buscou uma interpretação racional da multiplicidade sensível, tentando enxergar no finito o que havia de absoluto.
Hegel formulou uma nova periodização da história univer- sal em três etapas – em lugar das quatro que considerava sempre em seus cursos. Nessa periodização, ele reestrutu- rava radicalmente sua valoração acerca do ideal grego, do cristianismo, da Reforma e da Revolução Francesa.
Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração.