Ao escrever O Príncipe, Maquiavel pretendia contribuir para a superação da situação em que se encontrava a Itália, que ele mesmo dizia estar “mais escravizada do que os hebreus, mais oprimida do que os persas, mais desunida do que os atenienses, sem chefe, sem ordem, batida, espoliada, lacerada, invadida, e que ...
A obra “O príncipe” de Nicolau Maquiavel é considerada o manual da ciência política. O livro apresenta como um príncipe deve se portar, agir e determinar para se manter no poder ou chegar até ele.
Seu pensamento político orientou-se pelos fatos que vivenciou e em suas interpretações com base em circunstâncias históricas, afastando-se, assim, de abstrações ou idealizações. Nicolau Maquiavel é entendido como o inaugurador da vertente realista em política.
Com isso, Nicolau Maquiavel promoveu a cisão entre Moral e Política tecendo sua célebre frase, onde pregava a idéia de que “os fins justificam os meios”. Essa proposta do pensamento maquiavélico tinha grande influência dos valores individualistas que começaram a ganhar espaço no imaginário europeu.
Maquiavel, no limiar do Renascimento italiano, percebeu o Estado como um fato social, ou seja, considerou a história e a sociedade como fenômenos humanos e que as relações humanas são modificadas de acordo com as relações sociais de cada tempo histórico.
Conceito fundamental para se compreender o Estado moderno, a razão de Estado (raison d'État) estabelece ao governante o imperativo de uso da força estatal e dos demais meios que forem necessários para a manutenção do poder.
Os conceitos de Virtù (coragem, valor, capacidade, eficácia política) e de "Fortuna" (sorte, acaso, influência das circunstâncias) têm grande importância para a concepção maquiaveliana da história.
Maquiavel, grande pensador italiano, inova ao desenvolver um novo conceito de Estado, baseado na perspectiva da segurança nacional, na qual vai estabelecer parâmetros a serem seguidos no sentido de se fortalecer a figura do Estado.
Relatos sobre os fatos na Alemanha (1508); Retrato das coisas da França (1510); Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (1513 a 1521); A arte da guerra (1517 a 1520);
Para Maquiavel o poder é explicado a partir dos estados, suas divisões, as monarquias, além de como os impérios devem se fortalecer eliminando os inimigos, simulando situações e acordos para enfraquecê-los.
Por esta ótica, Maquiavel seria um diabólico especialista da trapaça, um conselheiro de tiranos que querem engrandecer a si próprios à custa do bem comum dos homens por eles governados, um inimigo da raça humana, de toda pie- dade e religião, o instrumento de Satanás.
Foi em meio a uma Itália fragmentada, permeada por guerras e jogos de poder, que Maquiavel escreveu sua mais famosa obra: O Príncipe. A questão central do livro são o papel da ética e sua relação com a política.
É necessário que um príncipe tenha bons fundamentos, caso contrário cairá em ruína. Para um principado ter poder e prestígio, deve haver boas armas; e as boas leis somente poderão existir se houver boas armas. As tropas mercenárias e auxiliares são inúteis, desunidas, ambiciosas e infiéis.
Ele identifica três tipos de principados: os hereditários, os novos e os mistos. 2) Como poderia um príncipe conseguir um principado? Um novo príncipe poderia conseguir um principado por conquista, por fortuna (sorte) ou por virtù.
Para Maquiavel, metade de nossas ações é governada pela fortuna, metade pela virtù. A fortuna é fácil de entender: é o acaso, a sorte, favorável ou desfavorável.
Significado de Fortuna substantivo feminino Grande quantia ou muito dinheiro: o time pagou uma fortuna pelo jogador. ... Boa sorte; em que há ventura, júbilo, abundância: tive a fortuna de estar no evento. Adversidade; má sorte; em que há desgraça: nunca se reergueu daquela fortuna. Etimologia (origem da palavra fortuna).