Indivíduo consiste num ser individual, conhecido pela sua existência única e indivisível. ... Já para a Sociologia e Filosofia, o indivíduo – como sinônimo de ser humano / cidadão – é aquele que possui uma identidade própria que o distingue dos demais indivíduos.
Resposta: quando a pessoa se define prioritariamente como indivíduo, tende a ativar uma orientação para a identidade pessoal, a ser motivada pelo auto-interesse, a conceber-se em termos de suas características e traços individuais e a avaliar-se por meio da comparação com os outros indivíduos.
Em filosofia, a diferença conceitual entre pessoa e indivíduo é bem estabelecida. Para S. Tomás pessoa significa o que é distinto, diferentemente do indivíduo, que é indistinto. ... pessoa aplica-se a um ente definível positivamente; indivíduo ou sujeito, ao contrário, a um ente definível negativamente (4).
O desejo de ser é definido como aquilo que movimenta o sujeito no mundo e seu movimento é o impulso ao não existente, aquilo que não se é. ... Este impulso “em direção a...” torna o sujeito um ser que está sempre além de si mesmo, em um movimento de transcendência constante, que se faz dialético2, desde sua origem.
Todavia, o indivíduo, como objeto de estudo da psicologia social e da sociologia, é considerado, segundo Ramos (2003, p. 238), da seguinte maneira: indivíduo dentro dos seus padrões sociais, vive em sociedade, como membro do grupo, como “pessoa”, como “socius”.
A constituição do sujeito passa pelo reconhecimento do outro, mas fundamentalmente pelo autoconhecimento do eu, considerando que esses processos são idênticos, que acontecem pelo mesmo mecanismo, isto é, pelo mecanismo dos reflexos reversíveis.
O sujeito em psicanálise diz do sujeito do inconsciente, só existe sujeito se existir falta, é ela que funda o sujeito e ela só aparece se hou- ver a separação desse Outro. É na separação que se funda o inconsciente, ocorre uma sepa- ração entre o Eu e o Sujeito.
204). Em um texto de 1984, mesmo utilizando outra linguagem, vemos que a definição de subjetividade permanece próxima à inicial: “a maneira pela qual o sujeito faz a experiência de si mesmo em um jogo de verdade, no qual se relaciona consigo mesmo” (Foucault, 1984/2004, p. 236).
Em síntese, para a psicanálise, a subjetividade é dividida em duas ordens de funcionamento, relativas ao consciente e ao inconsciente, sendo essencialmente constituída pela sintaxe inconsciente. ... Na atualidade, é possível evidenciar um abalo nessa noção de sujeito de desejo proposta pela psicanálise.