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O populismo entrou em crise no momento em que não conseguiu mais negociar os interesses – muitas vezes antagônicos – das elites econômicas e das classes trabalhadoras.
Hoje em dia, o populismo parece ter voltado a ganhar força, com políticos de diversos países. Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, Marine Le Pen, candidata a presidente da França e Geert Wilders, candidato derrotado na eleições holandesas de 2017 são classificados como políticos populistas de direita. Em geral, eles adotam ou defendem medidas nacionalistas e protecionistas, dando maior prioridade para políticas internas e fechando mais suas fronteiras para o comércio internacional, para imigrantes e influências culturais globais.
Já o populismo de esquerda dos Estados Unidos começou também em 1880, pela iniciativa de fazendeiros, devido à queda do preço do algodão no sul do país, da seca e das altas taxas cobradas por banqueiros e empresários. Fundaram então o People’s Party (Partido do Povo), que tinha como objetivo nacionalizar as ferrovias, desfazer grandes acordos comerciais e exigir um máximo de 8 horas de trabalho por dia.
A chamada Era Vargas abarca o período em que Vargas esteve à frente do governo brasileiro, entre 1930 e 1945, quando assumiu através de um golpe de Estado, tirando do poder o presidente Washington Luís e impedindo a posse do recém-eleito Júlio Prestes. A primeira fase do governo (1930-34) foi chamada de governo provisório e sofreu oposição da revolta constitucionalista de 1932, que pediu por novas eleições. Em 1934, uma nova constituição foi promulgada, a qual deu mais poderes ao executivo, criou as bases da reforma trabalhista e sancionou o voto secreto e o voto feminino.
Por outro lado, a Grécia recém elegeu um presidente considerado populista de esquerda. O partido Syriza chegou ao poder em 2015, assumindo o difícil desafio de lidar com a crise econômica do país. Porém, não conseguiu muitas vantagens para a Grécia, visto que foi aprovado um pacote de resgate financeiro que não foi suficiente para tirá-la da crise, e ainda contou com o agravante do grande fluxo de imigrantes que usam a região para entrar na Europa. A falta de manejo correto dessas situações deixou o governo grego mais isolado politicamente dos outros países e com poucas escolhas políticas.
Na Europa, o populismo começou na Rússia, no fim do século 19. Conhecidos como narodniks, os participantes desse movimento eram, na sua maioria, intelectuais que tentaram gerar uma revolução camponesa contra os grandes proprietários de terra, mas sem sucesso.
A ascensão dos regimes populistas sempre foi estimulada por determinados grupos políticos internos ou estrangeiros, que não se importavam com o discurso nacionalista dos líderes.
Vargas sempre foi uma figura polêmica. Muitos acadêmicos classificam seu governo como populista, cuja visão é a mais aceita, mas alguns chegam a considerar que ele possuía características ou tendências fascistas. A primeira fase do seu mandato – o Estado Novo – é considerada populista por não ter havido no Brasil um partido único que ligasse os interesses do povo com o Estado, pelas medidas trabalhistas tomadas e porque a violência empregada na repressão não foi tão intensa quanto a da Europa, que na época vivia a segunda guerra. A repressão se concentrava em perseguir inimigos do governo e abafar movimentos da oposição, acusando-a frequentemente de querer implantar uma ditadura comunista no Brasil.
Na Europa, o populismo também levanta a bandeira da independência dos países em relação à União Europeia (UE), organização que aprofundou a integração econômica, política e cultural no continente desde os anos 1990. Esse sentimento contrário à UE é visto como um dos fatores que levaram ao Brexit, plebiscito que levou à saída do Reino Unido da organização. O abandono da UE é uma das bandeiras de Marine Le Pen, que também apoia a realização de um plebiscito para avaliar a permanência ou não da França no bloco, caso vença as eleições deste ano.
A crise de 1929 afetou muito a economia da região, que ainda era predominantemente agrícola e dependia muito da exportação de suas produções. A diversificação da economia passou a ser uma prioridade, fazendo os governos adotarem políticas para a industrialização. Essa diversificação se intensificou na Segunda Guerra Mundial, já que foi preciso substituir as importações que não eram mais produzidas pela Europa durante a guerra e porque a América se tornava mais importante economicamente por assumir parte dessa produção.
A Alemanha também passará por um teste para avaliar a força do populismo nas suas eleições em 2017. O partido Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão) faz oposição às políticas da União Europeia e à política de refugiados da atual primeira ministra, Angela Merkel.
De um modo geral, o populismo tem aumentado seu poder de influência devido à crise econômica internacional e à crise de refugiados, que leva populistas de direita a defenderem a soberania nacional e a tomarem medidas independentes para lidar com esses problemas mundiais.
Os governos populistas também eram marcados pela desarticulação das oposições políticas e pela troca dos “favores ao povo” pelo apoio incondicional ao grande líder responsável pela condução do país.
O populismo marcou um período histórico de alguns países da América Latina, situado entre as décadas de 1930 e 1960. Suas características principais eram: o poder centralizado na figura de um líder que controlava o Estado e o apoio de amplos setores sociais, tanto entre a classe dominante como entre a classe trabalhadora. Em relação aos regimes populistas, indique a alternativa que afirma de forma incorreta um país que viveu o populismo e seu líder: