A fenomenologia é uma orientação do pensamento europeu, a qual submeteu a concepção positivista a uma crítica radical do que se apresenta ao ser. O termo fenomenologia significa estudo dos fenômenos, daquilo que aparece à consciência, buscando explorá-lo.
A fenomenologia é o estudo da consciência e dos objetos da consciência. A redução fenomenológica (ou "epoche" no jargão fenomenológico), é o processo pelo qual tudo que é informado pelos sentidos é mudado em uma experiência de consciência, em um fenômeno que consiste em se estar consciente de algo.
A psicoterapia de enfoque fenomenológico-existencial cria a possibilidade de a pessoa entrar em contato com suas angústias e medos, entendendo a indeterminação da existência (nada é imutável e não há como parar a passagem do tempo) como possibilidade e liberdade e não somente como finitude e insegurança.
Mediante a intuição da consciência se chega à essência como natureza absoluta do fenômeno. As características da fenomenologia que se quer aprofundar, como intenção, significado, essência e subjetividade, fornecem subsídios fundamentais para refletir criticamente sobre um melhor entendimento do movimento humano.
É possível afirmar, que a autêntica e genuína concepção de psicologia fenomenológica é importante para a psicologia clínica e para a psiquiatria, porque é com o desenvolvimento desta disciplina que se poderá resgatar a subjetividade como fonte originária da vida humana e sua correlação com o Lebenswelt (p. 725).
Logo, segundo o que compreendemos, a Fenomenologia possibilita pensar a Educação na perspectiva de um processo que visa a humanização da pessoa que compreende a atribui significado as coisas, a si, aos outros, ao mundo da experiência vivida.
O pensamento husserliano evidencia a intuição originária e mostra a fonte primeira e última do conhecimento. O dado deve dar-se no original. ... Ou seja, somente a intuição é que poderá apresentar-se como origem de toda a demonstração. Com a intuição Husserl quer dar fundamento aos conceitos.
Intencionalidade é um conceito filosófico recuperado por Franz Brentano da Escolástica, uma subcategoria dentro da filosofia medieval para definir o estatuto da consciência, qualificada por estar dirigida para algo, ou de ser acerca de algo, possuída pela maior parte dos nossos estados conscientes.
Suspensão do juízo, também conhecida pelo termo grego epoché ou epokhé (εποχη), que significa 'colocar entre parênteses', é a atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição ou juízo.
A Belle Époque (expressão francesa que significa bela época) foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa, que começou no fim do século XIX, com o final da Guerra Franco-Prussiana, em 1871, e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Sexto explica que a suspensão do juízo, ou seja, a impossibilidade de afirmar ou negar algo, é o resultado do princípio metodológico cético que consiste em comparar e em opor entre si, de todas as maneiras possíveis, as coisas que os sentidos percebem (fenômenos) e que a inteligência concebe (númeno).
A redução eidética. Reconhecido o objeto ideal, o noema, o objeto da percepção, o passo seguinte é sua “redução eidética”, redução à idéia (do grego eidos, que significa idéia ou essência) ). Consiste na sua análise para encontrar o seu verdadeiro significado.
Nisso a redução fenomenológica - não uma teoria ou afirmação, mas um procedimento - desempenhará papel fundamental. Redução, redução fenomenológica, redução transcendental e epoché podem, aqui, ser tidos como sinônimos (Bell, 1991).
A redução fenomenológica, conceito fundamental na fenomenologia de Husserl, tem o sentido de tematizar a consciência pura. Começa com a colocação entre parênteses do mundo. ... A consciência é intencionalidade significa: dirige-se para, visa alguma coisa. Toda consciência é consciência de.
De um lado, o ser como ser "transcendente" (o mundo exterior que transcende a consciência, mundo para o qual nos encontramos naturalmente orientados e sobre o qual a epoché será exercida) e, de outro, o ser como um dado imanente, presença absoluta, in-existindo sob o modo de "coisa pensada", apreendida e constituída ...
Ou seja, a fenomenologia transcendental se abstém, sem negar a existência do mundo, de tecer considerações sobre a existência ou não existência dos fatos ou das coisas, para reter, então, o sentido (ou a alma) do mundo, para reter este "resíduo fenomenológico" que, na condição de conteúdo intencional da consciência ...
A fenomenologia é um estudo que fundamenta o conhecimento nos fenômenos da consciência. Para ele, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma como se manifesta, ou seja, como aparece para a consciência humana. ... Não há um mundo em si e nem uma consciência em si.
Para Susan Greenfield, pesquisadora da Universidade de Oxford, a consciência não é um lampejo, mas um contínuo de conexões dos seus neurônios, que vão ocorrendo do momento em que você nasce até o fim da sua vida. A cada nova experiência, seu cérebro faz uma representação mental que é armazenada em sua memória.