Substâncias tóxicas são aquelas substâncias capazes de causar efeitos nocivos em um organismo vivo , quando entram em contato com ele ou quando ingeridas. Uma substância tóxica é qualquer composto dotado de toxicidade, capaz de produzir intoxicações.
Glicose IV (50 mL de solução a 50% para adultos, 2 a 4 mL/kg de uma solução a 25% para crianças) deve ser administrada para os pacientes com alteração da consciência ou depressão do sistema nervoso central, a menos que a hipoglicemia tenha sido descartada por dosagem imediata da glicemia à beira do leito.
Maximizar o reconhecimento da intoxicação e a identificação do veneno específico considerando a possibilidade de intoxicação para todos os pacientes com alterações inexplicáveis da consciência e pesquisando exaustivamente os indícios na anamnese.
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Se o esvaziamento gástrico é utilizado, lavagem gástrica é o método preferido. A lavagem gástrica pode causar complicações como epistaxe, aspiração ou, raramente, lesão orofaríngea ou esofágica. O xarope de ipecacuanha tem efeitos imprevisíveis, frequentemente causa vômitos prolongados e, às vezes, não remove quantidades substanciais de tóxicos do estômago. Esse xarope pode ser garantido se o agente ingerido for altamente tóxico e o tempo de transporte até o departamento de emergência for excepcionalmente longo, mas isso não é comum nos Estados Unidos.
Desde os mais antigos tratados de saúde , é conhecido o efeito dos venenos e toxinas, bem como sua relação com a concentração e a dose, uma vez que praticamente qualquer substância conhecida é capaz de produzir intoxicações, desde que administrada na dose adequada.
Na maioria dos casos, os exames laboratoriais auxiliam muito pouco. Testes padronizados facilmente disponíveis para identificar drogas ilícitas comuns (denominadas “triagem toxicológica”) são qualitativos, não quantitativos. Esses testes podem fornecer resultados falso-positivos ou falso-negativos, e só analisam um limitado número de substâncias. Além disso, a presença de uso abusivo de fármacos não necessariamente indica que o fármaco causou os sinais e sintomas do paciente (isto é, um paciente que tenha tomado recentemente um opioide pode, na verdade, estar inconsciente em razão de uma encefalite, não por causa do fármaco). Exame de urina é recomendado, mas tem valor limitado e detecta classes de drogas ou metabólitos em vez de drogas específicas. Por exemplo, identificação de opioides na urina por imunoensaio não detecta fentanila ou metadona, mas reage com pequenas quantidades de morfina ou análogos da codeína. O teste usado para identificar cocaína detecta um metabólito em vez da própria droga.
Toxinas inaladas produzem sintomas e danos às vias respiratórias superiores se forem solúveis em água (p. eg., cloro, amônia) e sintomas e danos às vias respiratórias inferiores (parênquima pulmonar) e edema pulmonar não cardiogênico se forem menos solúveis em água (p. eg., fosfogênio). Inalação de monóxido de carbono, cianeto ou sulfeto de hidrogênio pode causar isquemia dos órgãos ou parada cardíaca ou respiratória. O contato dos olhos com as toxinas (sólidas, líquidas ou vapores) pode danificar córnea, esclera e cristalino, causando dor nos olhos, rubor e perda de visão.
A história é a ferramenta mais valiosa. Como muitos pacientes (p. ex., crianças que ainda não falam e adultos psicóticos ou suicidas, pacientes com alteração de consciência) não apresentam uma informação fiel, deve-se solicitar auxílio de amigos, parentes e pessoas do resgate. Mesmo pacientes nos quais se pode confiar, às vezes, relatam incorretamente o tempo de ingestão da substância. Quando possível, a residência do paciente deve ser inspecionada para se obterem indícios (p. ex., caixas de comprimidos parcialmente vazias, uma nota de suicídio, evidência de uso de drogas recreativas). Farmácia e registros médicos podem fornecer indicações úteis. Em locais de trabalho com potencial de envenenamento, outros trabalhadores e supervisores devem ser interrogados. Todos os produtos químicos industriais precisam ter um informativo a respeito dos dados da segurança (IRDS) prontamente disponível no local de trabalho; o IRDS fornece informação detalhada acerca da toxicidade e de qualquer tratamento específico.
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Descarte imediato de fármacos vencidos misturando-as na caixa de areia de gato ou em outra substância não tentadora e colocando-as em um recipiente de lixo que é inacessível a crianças
Em muitas regiões do mundo, informações a respeito de químicos industriais e domésticos podem ser obtidas em centros de controle de intoxicações. A consulta aos centros é estimulada, pois ingredientes, medidas de primeiros socorros e antídotos impressos nas embalagens dos produtos são às vezes imprecisos ou antiquados. Também, o recipiente pode ter sido substituído ou a embalagem alterada. Os centros de controle de intoxicações devem estar aptos a auxiliar a identificação de comprimidos desconhecidos com base em sua aparência. Eles possuem também acesso rápido a toxicologistas. O número do telefone do centro mais perto é frequentemente relacionado com outros números de emergência na página frontal da lista telefônica local. Informações adicionais estão disponíveis no American Association of Poison Control Centers web site.
Hipotensão e arritmias induzidas por fármacos podem não responder aos tratamentos usuais. Na hipotensão refratária, deve-se pensar em utilizar dopamina, adrenalina, outros vasoconstritores, balão intra-aórtico com bomba ou mesmo circulação extracorporal.
Hidratação venosa na hipotensão. Se não forem eficazes, monitoramento invasivo hemodinâmico é necessário para conduzir a terapia com líquidos e vasopressores. O vasopressor de primeira escolha na maioria dos casos de hipotensão induzida por intoxicação é a infusão de noradrenalina, 0,5 a 1 mg/min IV mas o tratamento precisa ser imediato se outro vasopressor estiver imediatamente disponível.
Convulsões são inicialmente tratadas com benzodiazepínicos. Utilizam-se fenobarbital e propofol quando os benzodiazepínicos são ineficazes. É necessário controlar a forte agitação com benzodiazepínicos em altas doses, muitas vezes outros sedativos potentes (p. ex., propofol) ou, em casos extremos, indução de paralisia e ventilação mecânica.
As indicações para internação hospitalar compreendem alteração da consciência, persistência de anormalidade dos sinais vitais e previsão de toxicidade prolongada. Por exemplo, a internação é considerada se os pacientes ingeriram preparações de liberação contínua, particularmente fármacos com potencial de causar sérios efeitos, tais como fármacos cardiovosculares. Se não houver outras razões para a internação, se os resultados dos exames laboratoriais forem normais e se os sintomas desaparecerem após a observação dos pacientes durante 4 a 6 horas, a maioria dos pacientes pode receber alta. No entanto, se a ingestão tiver sido intencional, os pacientes precisam de avaliação psiquiátrica.
A maioria das intoxicações é dependente da dose. A dose é determinada pela concentração ao longo do tempo. A toxicidade pode ser o resultado da exposição a excessivas quantidades de substâncias normalmente não tóxicas. Alguns envenenamentos ocorrem por exposição a substâncias que são tóxicas em todas as doses. A intoxicação diferencia-se das reações de hipersensibilidade e idiossincráticas, as quais não são previsíveis e não estão relacionadas com a dose, e da intolerância, que é uma reação tóxica à dose não usual de uma substância.
Encontrar abuso de fármaco em um teste de triagem não necessariamente indica que o fármaco causou os sinais e sintomas do paciente (isto é, um paciente que tenha tomado recentemente um opioide pode, na verdade, estar obnubilado em razão da encefalite, em vez do fármaco).
A maioria dos sintomas (p. ex., agitação, sedação, coma, edema cerebral, hipertensão, arritmias, insuficiência renal, hipoglicemia) é tratada com medidas de suporte usuais (ver em outras partes deste Manual).
Em pacientes com alteração da consciência ou sinais vitais alterados por ingerirem determinadas substâncias, os exames devem incluir eletrólitos séricos, creatinina, ureia, osmolaridade, glicemia, estudos de coagulação e hemogasometria. Outros exames (p. ex., nível de metemoglobina, nível de monóxido de carbono, TC de crânio) podem ser indicados em caso de suspeita de alguns venenos ou em algumas situações clínicas.
Uma solução comercialmente preparada de polietilenoglicol (que não é absorvível) e eletrólitos, às vezes usada para limpar o intestino para colonoscopia; é administrada a uma taxa de 1 a 2 L por hora para adultos ou de 25 a 40 mL/kg/hora para crianças até que o efluente retal esteja claro; este processo pode exigir muitas horas ou mesmo dias. A solução é, geralmente, administrada por tubo gástrico, apesar de alguns pacientes motivados conseguirem beber grandes volumes.
A toxicidade de uma substância química refere-se à sua capacidade de causar dano em um órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar um sistema enzimático.
Concentração Letal em Bioensaios com Extratos Vegetais Já a concentração letal média (CL50) refere- se à concentração de um produto químico no ar ou na água que leva à morte de 50% dos indivíduos num tempo pré-estabelecido (QUEIROZ, 2015).
Neste estudo, a toxicidade aguda é caracterizada pela administração ou exposição da substância química numa dose única (ou múltipla num espaço de 24 horas), onde os efeitos adversos ocorridos nesse intervalo de tempo são analisados.
Nas intoxicações agudas decorrentes do contato/exposição a apenas um produto, os sinais e sintomas clínico-laboratoriais são bem conhecidos, o diagnóstico é claro e o tratamento definido. Em relação às intoxicações crônicas, o mesmo não pode ser dito.
Intoxicação Crônica Manifestação clínica, através de sinais e sintomas, do efeito nocivo resultante da interação de uma substância química com um organismo vivo, e que são resultantes de uma exposição crônica, ou seja, exposição a pequenas doses, durante vários meses ou anos.
Aguda - O contato ocorre em um período de tempo não superior a 24 horas. Crônica - Exposições se repetem durante um longo período de tempo (meses, anos ou toda a vida).
A toxicidade por sobredosagem refere‑se a reações tóxicas graves, muitas vezes nocivas e algumas vezes fatais, provocadas por uma sobredosagem acidental de um medicamento (por erro causado pelo médico, farmacêutico ou pela pessoa tomando o medicamento) ou por uma sobredosagem intencional (homicídio ou suicídio).
Isso pode ocorrer através de um erro deliberado ou acidental de dose, alterações na farmacociné- tica da substância (por exemplo, devido a doença hepática on renal ou a interações com outras substâncias) e alterações na farmacodinâmica da interação substância-receptor, alterando a resposta farmacológica (por exemplo, ...
Esses acidentes acontecem geralmente por serem os medicamentos deixados ao alcance de crianças, mas também por outros descuidos, como a ingestão de doses excessivas, por interpretação errônea das instruções de uso, troca de medicamentos em suas embalagens, uso do medicamento errado por confusão de nomes ou por erro na ...
Quando testam um fármaco, os pesquisadores observam sua eficácia no combate a uma doença específica, e também olham a ocorrência de eventuais danos ao organismo. Depois, registram se são moderados ou intensos, qual a duração deles e o padrão segundo o qual se manifestam. Esses danos são os chamados efeitos colaterais.
A principal diferença entre o efeito colateral e o efeito adverso(também conhecido por RAM – Reação Adversa ao Medicamento) é que neste último caso, as consequências são consideradas sempre prejudiciais, enquanto que um efeito colateral, dependendo da situação, pode ser benéfico.
Efeito colateral: qualquer efeito não intencional de um produto farmacêutico que ocorra em doses normalmente utilizadas em humanos relacionado com as propriedades farmacológicas do fármaco 2. O efeito colateral é um tipo de RAM previsível.
Exemplos de tais reações adversas medicamentosas incluem erupções cutâneas, icterícia, anemia, redução na contagem de glóbulos brancos, lesão renal e lesão nervosa que pode prejudicar a visão ou a audição. Essas reações tendem a ser mais graves, mas ocorrem tipicamente em um número muito pequeno de pessoas.
Eventos adversos (EAs) são definidos como complicações indesejadas decorrentes do cuidado prestado aos pacientes, não atribuídas à evolução natural da doença de base.
O Sistema Nacional de Notificação de Eventos Adversos é um dos módulos para notificação do Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária – NOTIVISA e foi desenvolvido para receber as notificações de eventos adversos que ocorreram com os pacientes durante a internação/ atendimento do paciente em serviços e ...
O que é um evento adverso a medicamento? O que é uma reação adversa a medicamento? É qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas.
Evento adverso inesperado: um evento adverso cuja natureza ou severidade não são coerentes com as informações constantes na bula do medicamento ou no processo do registro sanitário no país, ou que seja inesperada de acordo com as características do medicamento.
De um modo geral, o evento adverso é um incidente com dano ao paciente causado pelo cuidado e o evento sentinela é um incidente grave, seja pelo dano, seja pelo risco do dano, ou mesmo pelo desgaste da imagem institucional, que merece ser investigado através de um método mais robusto coma análise de causa raiz.
A notificação consiste na comunicação através do Sistema NOTIVISA, feita por profissionais de saúde e usuários, de suspeitas de queixas técnicas e/ou reações adversas não desejadas manifestadas após o uso de medicamentos, produtos para saúde, cosméticos, saneantes, derivados do sangue, entre outros.
Uma das maneiras de reduzir esse número e tornar a assistência mais eficaz e segura é adotar um modelo de notificação de incidentes. Trata-se de um registro dos erros e procedimentos equivocados que causaram algum tipo de dano ao paciente.