Hobbes emprega a imagem do monstro bíblico Leviatã para simbolizar um Estado poderoso capaz de promover a preservação da vida. A intenção de Hobbes é apropriar-se do temor que inspira o monstro bíblico para impor a obediência dos indivíduos ao Estado soberano.
Grande defensor do absolutismo, Hobbes defende essa forma de governo utilizando argumentos lógicos e estritamente racionais (excluindo quaisquer preceitos ou argumentos religiosos). Sua teoria baseia-se na ideia de que é necessário um Estado Soberano para controlar a todos e manter a paz civil.
No entanto, contra Hobbes, Rousseau defende que a vontade do individuo é inalienável e irrepreensível, pois abdicar desses direitos é renunciar a sua própria condição de homem. ... O único aspecto que une Hobbes e Rousseau é que ambos são chamados de contratualistas, ou seja, defendem que um CONTRATO dá origem ao Estado.
A ideia de democracia em Rousseau situa-se no nível do dever ser, necessitando de uma ação efetiva que conduza à sua concretização. Os interesses arbitrários do indivíduo devem dar lugar à construção coletiva daquilo que permite que todos possam ser iguais.
Como veremos, em Do Contrato Social (1762), Rousseau diferencia a Soberania do Governo, considerando a primeira como o poder legislativo, enquanto o segundo é o poder executivo. Para o autor, o poder soberano deve ser constituído por todos os cidadãos, garantindo que esse poder seja a expressão da vontade geral.