Onde Fica A Maior Colnia De Japoneses No Brasil?

Uma das maiores colônias de japoneses presentes no Brasil está no estado de São Paulo, na capital. O bairro que se tornou praticamente só de japoneses é o Liberdade, uma das regiões da cidade que pode ser reconhecida desde sua decoração até a arquitetura como uma colônia japonesa. Região de classe média, conta com cerca de boa parte do 1 milhão de japoneses que vive em São Paulo, o número exato é de 1.8 milhões que resulta na maior colônia japonesa do mundo.

Maiores colônias de japoneses no Brasil

Quem visita a cidade a turismo, além de encontrar esses marcos da imigração, também costuma conhecer o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (SAFTA) e a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), grande produtora de óleos e polpa de frutas da Amazônia. Ambos implantados pelos japoneses.

Em 1945, a Guerra chegou ao fim. E, na década de 1950, Tomé-Açu começou a viver sua maior prosperidade econômica com a pimenta-do-reino. Hajime volta a rir: "O preço era absurdo, aí colocaram o nome de 'Diamante Negro'. Todo mundo começou a plantar pimenta".

Colônia Japonesa em São Paulo

Hajime diz que sua mãe não só ajudou a família a quebrar barreiras culturais, como os protegeu durante a 2ª Guerra Mundial. O Japão, por lutar junto com a Alemanha, passou a ser visto como inimigo do Brasil. Japoneses e descendentes, também.

Aos 65, mesmo com um sotaque ainda forte, Michinori se sente em casa na Amazônia. "Se tiver farinha com açaí, para mim, é prato feito. Eu virei paraense. Vou pro interior com a minha rede e durmo com os indígenas, tomo banho de igarapé. Não tem banheiro? Vou para o mato! E aí quando falo que nós, japoneses, temos o mesmo sangue dos indígenas daqui, começam a tirar foto e comparar. Eles vieram de lá [da Ásia]. Eu tenho traços indígenas".

A 3ª maior colônia japonesa no Brasil fica em Tomé-Açu no Pará. A maior comunidade de habitantes japoneses fica em São Paulo e completará 115 anos em 2023. Já a 2ª maior colônia japonesa no Brasil fica em Curitiba.

De estudante para estudante

Silvio explica: "O sistema imita ao máximo a natureza intacta, com plantações de frutas como açaí, cupuaçu e mangostão. Tem a fazenda do Valter Oppata, Alisson Inada, Dai Takaki, Francisco Sakaguchi... A mais famosa hoje é a do Michinori Konagano".

Contei que, quando eu estava passando fome, ela dividia o prato dela comigo e me deu aulas de reforço. Ela não era nem da minha sala. Ela chorou e respondeu: 'Eu não lembro disso, tive tantos alunos'. Mas eu lembro. E hoje eu estendo a mão lembrando disso"

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Campo de concentração

Diferente dos nipônicos enviados ao centro-sul para trabalhar para os barões do café, os que chegavam à Amazônia recebiam outra proposta: teriam suas próprias terras para cultivo.

Os nipônicos que residiam em outras cidades eram enviados pelo governo do Pará ao campo de concentração. "O administrador da colônia era o Capitão Evangelista, que era um homem que entendeu que os japoneses não tinham nada a ver com a guerra. Ele foi muito bem-quisto", lembra Hajime.

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Quando era moleque, mamãe comprou pupunha [fruta típica da Amazônia], mas não soube preparar. A pupunha tem que cozinhar bem. Senão, dá coceira na boca. E eu a comi meio crua, deu a maior bronca"

Na Nippon House, Maria Tomoe Kikuchi diz que o que mais costuma servir são unha de caranguejo (espécie de coxinha paraense recheada de carne de caranguejo) e lámen. E o seu tempurá é preparado com jambu (erva amazônica).

Início da imigração

Hajime muda o semblante e fica sério ao detalhar o período que descreve como "anos de sofrimento". "Minha mãe era muito comunicativa e ninguém da minha família foi preso. Mas 90% das pessoas que moravam aqui, foi".

A 3ª maior colônia japonesa no Brasil fica na cidade de Tomé-Açu, no Pará. A imigração dos japoneses para a região já completou um século, e grande parte dessas pessoas estão envolvidas em serviços de agricultura.

No outro extremo do país, na região Norte está a cidade com a terceira maior colônia japonesa do Brasil. Os primeiros imigrantes chegaram a Tomé-Açu, no Pará, em 1926, quando um grupo de cientistas japoneses foram ao estado para localizar áreas nas quais pudessem ser instaladas colônias agrícolas e, a partir delas, dinamizar a economia com práticas modernas de cultivo.

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