O homem é fruto do meio, isto segundo o determinismo freudiano, então ele não tem domínio sobre seu livre-arbítrio, não consegue vencer as circunstâncias de onde vive. Essa ideia pode ser lógica para o senso comum, pela sua simplicidade cognitiva, ou para os homens comuns. Todos nós somos produtos do nosso meio.
Tornar-se produto do seu meio é a razão maior daqueles que não sabem distinguir o lugar onde estão, que não conhecem os seus limites e não buscam reagir contra o que não está inerente com a sua sensibilidade humana, com o seu poder de domínio sobre o que lhe causa danos, tornando-o âs vezes incapaz de adaptar-se ao seu ...
A filosofia de Jean-Jacques Rousseau tem como essência a crença de que o Homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo da vida em sociedade, a qual o predispõe à depravação. ... Por esta razão o filósofo idealiza o homem em estado selvagem, pois primitivamente ele é generoso.
Segundo o filósofo Jean-Jacques Rousseau, “o ser humano nasce bom, a sociedade o corrompe” a corrompe”. A frase nos leva a perceber que as ações do ser humano não passam de um reflexo do meio em que o sujeito indivíduo vive e se constrói.
Rousseau
O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe” (Contrato Social, livro I, cap. 1), à qual se acrescenta a ideia de que “o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”.
Os contratualistas afirmam que antes do contrato social, todos os seres humanos eram livres e iguais, vivendo de acordo com as leis da natureza. Entretanto, vão firmar um pacto social e abandonar a sua liberdade natural para a construção de uma sociedade que lhes garantam o direito à propriedade.
Rousseau afirmava que a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua segurança seriam preservados através do contrato social. ... Segundo Rousseau, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.
Enquanto Hobbes concebe o estado natural como guerra e o estado social como fonte de segurança individual, Rousseau afirma o estado natural como fonte da liberdade e da igualdade, sendo essencialmente bom, enquanto que a sociedade política era a fonte da guerra, posto que instaurava a desigualdade entre os homens.
Enquanto em Hobbes há o medo da própria natureza e uma visão negativa (em duplo sentido) da liberdade, em Rousseau a natureza é o ponto de referência moral e a liberdade é o que permite a expressão de tal natureza benigna.
Rousseau afirma que o ser humano é naturalmente bom. Em estado de natureza, viveria uma vida isolada dos demais, plenamente livre e feliz. ... Pela extinção dessa insegurança, o contrato social faz com que os indivíduos abandonem o estado de natureza e assumam a liberdade civil.
Para Rousseau o Estado livre é aquele em que os cidadãos participam diretamente dele não substituindo essa participação por dinheiro, onde os negócios públicos são majoritários na mente dos cidadãos, seguindo a mesma linha do pensamento ateniense, pois só era feliz aquele que participava da Ágora (Coisa pública).
A relação liberdade-igualdade está presente em toda a obra de Rousseau, chegando a constituir-se como o cerne de sua filosofia. Rousseau afirma que uma pessoa só consegue ser feliz se estiver livre para desenvolver suas vontades e instintos naturais. Rousseau em sua obra sugere a existência de um homem bom.
Rousseau acreditava que existia dois tipos de desigualdade:A primeira, a desigualdade física ou natural, que é estabelecida pela força física, pela idade, saúde e até mesmo a qualidade do espírito e a segunda desigualdade era moral e política, que dependia de uma espécie de convenção e que era autorizada e consentida ...
O diagnóstico de Rousseau foi no sentido de que a origem da desigualdade está na instituição da propriedade. Propriedade ilegítima que substituiu a justa posse. Para ele, a riqueza, que gera a vaidade, corrompe a moralidade e a desigualdade, que gera a inveja e o ódio, corrompe a política.
A razão como instrumento de mudanças sociais, políticas e econômicas. O iluminismo foi um movimento intelectual que começou na Europa a partir do século XVII e ganhou força no século XVIII. A França é considerada o país que liderou intelectualmente o iluminismo europeu.
O Iluminismo incluiu uma série de ideias centradas na razão como a principal fonte de autoridade e legitimidade e defendia ideais como liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação Igreja-Estado.