Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes, das quais cerca de 90% ocorrem em África. Nas regiões do mundo onde a doença é endémica, vivem cerca de mil milhões de pessoas.
A primeira epidemia que atingiu o Brasil foi a de febre amarela, com um grande surto no Rio de Janeiro em 1850. Em 1889, grande parte da zona cafeicultora paulista também foi afetada pela doença, que, além da febre e da pele amarela, causa calafrios, dores musculares e pode levar à morte.
Henrique de Azevedo Penna colaborou para as pesquisas que conduziram ao descobrimento do ciclo selvagem da febre amarela, no Vale do Canaã, Espirito Santo, mas a sua grande contribuição foi para o desenvolvimento e produção da vacina de febre amarela, que é reconhecida internacionalmente.
Um dos motivos tem sido a redução das áre- as silvestres e a consequente am- pliação das cidades. O Brasil tem se urbanizado de forma muito rápida e pouco planejada e o ressurgimento da febre amarela urbana pode estar relacionado a esta infiltração do ser humano no habitat natural do vírus da doença.
Depois de inoculado sob a pele dos seres humanos ou macacos, os vírus da febre amarela concentrados nas glândulas salivares das fêmeas dos mosquitos invadem os vasos linfáticos do doente. Dali, caem na circulação e infectam as células do fígado, rins, coração, pulmões, a mucosa do sistema digestivo e até do cérebro.
Na icterícia, a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas. Ela ocorre quando há excesso de bilirrubina (um pigmento amarelo) no sangue - uma condição denominada hiperbilirrubinemia.
A pele amarelada pode ser um sintoma de várias doenças do fígado, como hepatite ou cirrose, por exemplo, especialmente se a pessoa apresentar também a parte branca dos olhos amarela, sendo nestes casos a pele amarelada chamada de icterícia.