Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma em cada sete pessoas vive com alguma espécie de deficiência no mundo, o que equivale a um bilhão de pessoas.
A tecnologia assistiva representa uma área de conhecimento interdisciplinar que ajuda a desenvolver, criar e aprimorar produtos, metodologias, serviços, recursos e tecnologias que ajudam a melhorar o cotidiano de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Enquanto o ensino inclusivo é uma modalidade de ensino em que todas as pessoas participam da escolarização, a segunda é um modelo que compreende desenvolver as habilidades das pessoas com deficiência.
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Essa igualdade de oportunidade é, inclusive, pautada na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas, que foi ratificada no Brasil em 2006.
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Dentro dessa política de inclusão escolar, se faz necessário ter, por exemplo, salas multifuncionais, sistemas educacionais inclusivos e professores capacitados com o AEE (Atendimento Educacional Especializado).
Como as informações disponíveis são oriundas do Censo Escolar, os dados sobre as crianças e jovens com deficiência que não possuem acesso à Educação ficam na invisibilidade. São insuficientes, ainda, as informações sobre as pessoas com superdotação ou altas habilidades na Educação Básica e no Ensino Superior, embora haja a determinação legal, desde 2015, da criação de um cadastro nacional. O Censo Escolar de 2017 aponta que há cerca de 20 mil pessoas com superdotação ou altas habilidades na Educação Básica no Brasil.
De acordo com o Raio-X da Educação Inclusiva, houve um aumento no número de alunos com deficiência, espectro autista e altas habilidades ou superdotação. Em classes comuns na Educação Básica, eles passaram de 387 mil em 2009 para mais de 1 milhão em 2019.
Isso porque a escola tem um papel fundamental para o desenvolvimento humano, e os modelos de ensino inclusivo se mostram eficientes em vários aspectos para o avanço da educação e aprendizagem.
Esse ponto foi definitivamente superado, em 2016, quando do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5357, proposta pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN), ao afirmar que são constitucionais as normas do Estatuto da Pessoa com Deficiência que estabelecem a obrigatoriedade de as escolas privadas promoverem a inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular e prover as medidas de adaptação necessárias, sem cobrança de qualquer valor adicional nas mensalidades, anuidades e matrículas. O Ministro Edson Fachin, Relator do caso, deixou claro que “à escola não é dado escolher, segregar, separar, mas é seu dever ensinar, incluir, conviver”.
Os professores precisam encontrar os métodos de ensino que melhor alcancem os alunos com variadas habilidades de aprendizagem, o que beneficia todos os alunos, pois aumenta o envolvimento no processo de aprendizagem. O mais importante é encorajar um diálogo aberto sobre as diferenças, bem como o respeito por aqueles com diferentes habilidades, origens culturais e necessidades especiais.
O atendimento educacional especializado é uma garantia não somente aos estudantes que possuem alguma espécie de deficiência de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, mas também àqueles que possuem superdotação ou altas habilidades. As salas de recursos multifuncionais para o atendimento educacional especializado, porém, estão presentes apenas em 31,5% das escolas urbanas e 17,9% das rurais.
Novas abordagens, investimento em equipamentos e tecnologias, corpo docente capacitado e relação de troca de informações com as famílias dos alunos, são alguns pontos que devem ser estruturados nesse processo.
Lailla Micas é jornalista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e está há nove anos no terceiro setor, atuando em gestão de projetos de educação. Faz parte da área de consultoria do Instituto Rodrigo Mendes.
Para realmente preparar uma instituição de ensino para o ensino inclusivo, é necessário contar com a elaboração de um planejamento e projeto pedagógico específico, bem como com a promoção de diversas mudanças, tanto estruturais como na capacitação de profissionais.
As pessoas portadoras de necessidades especiais precisam enfrentar desafios diários, podendo se deparar com dificuldades quanto a locomoção, alimentação, higiene pessoal, se vestir, entre outras questões. Da mesma forma, as necessidades especiais no esporte exigem mais do atleta profissional.
Existem várias modalidades praticadas no esporte adaptado e no Brasil as mais praticadas são: atletismo, arco e flecha, basquete em cadeira de rodas, xadrez para deficientes visuais, basquete para deficientes mentais, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol e futsal para paralisados cerebrais e ...
Ao contrário de outras modalidades paraolímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência – neste caso a visual. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10.
As provas são divididas por grau de deficiência visual (B1, B2 e B3) e as regras são adaptadas para os atletas B1 e B2. É permitido o uso de sinais sonoros e de um guia, que corre junto com o competidor para orientá-lo. Eles são unidos por uma corda presa às mãos, e o atleta deve estar sempre à frente.
O atletismo para deficientes visuais tem as seguintes provas: corridas de velocidade (100, 200 e 400 metros), corridas de meio fundo (800 e 1500 metros), corridas de fundo (5000 e 10000 metros), corridas de revezamento (4x100 e 4x400 metros), corridas de pedestrianismo (provas de rua e maratona), saltos (triplo, ...
Resposta: De acordo com a Federação, só existem três provas que os atletas com deficiência visual não podem competir: as de obstáculos, as corridas com barreiras e o salto em altura. ... Além disso, guia e atleta “devem sempre correr juntos e os guias não podem impulsionar e empurrar seu atleta”.
História. A primeira competição do atletismo paralímpico foi organizada em Stoke Mandeville (Inglaterra) em 1952 como parte das corridas em cadeiras de rodas de os Stoke Mandeville Games organizadas para os veteranos da Segunda Guerra Mundial. Está no programa paralímpico desde a sua primeira edição em Roma, 1960.
Ao lado dos velocistas paralímpicos estão os atletas-guia, cuja função é orientar a direção da corrida no caso de paratletas com deficiência visual total ou baixa visão. ... No atletismo paralímpico, o paratleta é ligado ao seu guia pelo braço, que não pode ser puxado, sob pena de desclassificação.
O atletismo paraolímpico é praticado por atletas com deficiência física ou visual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. ... Já entre os deficientes físicos, há corridas com o uso de próteses ou em cadeiras de rodas.
São 23 as modalidades esportivas paralímpicas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo de estrada, ciclismo de pista, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com ...