A partir de 3500 a.C., mais de mil cidades surgiram no noroeste do subcontinente indiano estendendo-se pelos atuais Paquistão, parte da Índia e Afeganistão. Harappa, o primeiro sítio escavado, batizou essa enorme sociedade de Civilização Harapense ou Harapeana.
Por outro lado, o planejamento das cidades, o sistema de saneamento, a padronização de pesos e medidas e a rede de comércio exterior demandam decisões complexas e controle na execução dos trabalhos. Quem teria se encarregado disso?
[…] O lápis-lazúli, de azul intenso, o calcáreo vermelho e o ouro eram materiais inexistentes na Mesopotâmia e vinham de locais distantes, comercializados com os povos do vale do Indo, onde, naquela época, florescia as civilizações de Harappa e Mohenjo-Daro. […]
Foram encontrados entre 400 até 600 sinais diferentes gravados em selos de terracota, potes de cerâmica e outros materiais. As inscrições, contudo, são sempre pequenas, em geral utilizam 4 ou 5 caracteres. A mais longa sobre uma superfície única tem 17 sinais. Foi encontrada uma inscrição em um objeto com três faces com 26 símbolos.
As ruínas de Harappa foram descritas pela primeira vez em 1842 pelo aventureiro britânico Charles Masson, mas, somente em 1856, quando engenheiros britânicos estendiam os trilhos da East Indian Railway Company elas despertaram interesse utilitário: seus tijolos duros e bem queimados foram usados na construção da ferrovia.
As descobertas da cidade de Rakhigarhi, contudo, estão causando uma reviravolta nos estudos e nas teorias até agora aceitas pelos especialistas. A cronologia e a geografia da civilização harapeana certamente serão revistas.
A civilização harapeana foi uma das primeiras a desenvolver um sistema de pesos e medidas padronizado. Uma régua de marfim encontrada em Lothal (a mais antiga régua conhecida), está dividida em 1,7 milímetros, a menor divisão já registrada em uma escala de medida da Idade do Bronze. Os pesos de sílex tinham como unidade padrão 28 gramas.
Em 1999, haviam sido encontrados 1.056 cidades e assentamentos, dos quais somente 96 foram escavados. Destes, os principais são: Harappa, Mohenjo-Daro (Patrimônio Mundial da Unesco desde 1980), ambos no Paquistão; Rupar, Lothal e Rakhigarhi na Índia.
A civilização de Harappa foi a primeira do mundo a desenvolver um projeto urbano. As cidades possuíam avenidas largas e quarteirões geometricamente exatos. Os tijolos de suas construções seguiam um padrão de medida.
A civilização do Vale do Indo foi uma antiga civilização que floresceu por dois mil anos entre 3500 a.C. e 1400 a.C. no vale do rio Indo e do agora seco rio Sarasvati e seus afluentes no território do atual Paquistão e Índia.
O mais surpreendente era a preocupação com o acesso à água e o saneamento. Os harapeanos desenvolveram uma engenharia hidráulica única no mundo da época. Individualmente ou em grupo, todas as casas eram servidas por poços de água. Possuíam, também vasos sanitários ligados a um canal de esgoto comum, coberto com lajes de pedra, e que percorria toda cidade.
Os registros arqueológicos não fornecem respostas imediatas sobre a existência de um centro de poder. Não existem representações de reis, sacerdotes nem exércitos. Não foram encontrados, também, grandes túmulos com funerais complexos destinados a um líder.
Os antigos sistemas de água e esgoto das cidades harapeanas eram muito mais adiantados que civilizações contemporâneas e mais eficientes do que os existentes hoje no Paquistão e na Índia.
Em 1872, o engenheiro e arqueólogo britânico Alexandre Cunningham publicou o primeiro selo de Harappa. Mas ainda levaria meio século para Harappa ser escavada (1922) e, dez anos depois, Mohenjo-Daro, mais ao sul.
Embora algumas casas fossem maiores do que outras, as cidades harapeanas não fornecem pistas sobre diferenças sociais. Não foram encontradas construções de palácios, templos ou um centro de poder.
As estatuetas de “bailarinas”, figuras femininas em aparente pose de dança, também surpreenderam os especialistas. Feitas de bronze, ouro ou terracota elas mostram uma modelagem de pernas e braços representando movimento que, até então, só fora conhecida no período helenístico da Grécia.
Além de curtas, as inscrições trazem combinações diferentes de símbolos tornando impossível obter uma interpretação. Faltam sequências mais longas e repetidas. Além disso, numerosas peças com inscrições desapareceram, perdidas ou roubadas, delas restando somente fotografias feitas nas décadas de 1920 a 1940. Essas dificuldades mantêm a escrita harapeana indecifrada.
As descobertas surpreenderam os pesquisadores que encontram cidades planejadas e tecnologicamente avançadas em metalurgia, sistema de escrita, padrões de medida etc. Os trabalhos arqueológicos entraram em ritmo acelerado. Após a independência, em 1947, a maior parte dos achados foi herdada pelo Paquistão que deu continuidade ao trabalho.
Na parte alta da cidade, havia uma piscina provavelmente utilizada para banhos públicos (um ritual?) com uma escadaria que permitia descer até seu interior. Este tipo de escada, em geral escavada na rocha, ainda é comum nas construções indianas.
Ela floresceu no vale do rio Indo e do agora seco Rio Sarasvati e seus afluentes cobrindo uma área de 1,25 milhões de km2 o que a coloca como a civilização antiga de maior extensão geográfica do mundo. No seu auge, entre 2.600 a.C. a 1900 a.C., pode ter tido uma população de mais de 5 milhões de pessoas.
A agricultura era importante para a civilização do Vale do Indo, que canalizava água dos rios até os campos. Pioneiro no plantio de algodão e em seu uso para fazer tecidos, esse povo talvez tenha sido o primeiro a criar galinhas.
Resposta. As maiores cidades da civilização do Vale do Indo foram Harapa e Mohenjo-Daro. Elas ficavam no atual Paquistão. Harapa pode ter tido 35 mil habitantes e Mohenjo-Daro foi ainda maior.
Mesopotâmia
Sabe-se que a história da escrita começou na antiga civilização mesopotâmica (atual Iraque) por meio dos povos sumérios. Essas pessoas desenvolveram a escrita cuneiforme por volta de 4.
A escrita surge como necessidade do desenvolvimento da economia e da sociedade que estavam ocorrendo principalmente no Oriente Médio. A primeira forma de escrita registrada nesta localidade é a cuneiforme que evoluiu dos registros de tempo de trabalho.
as pessoas se comunicavam por meio do tato e da visão, além de gestos feitos pelo corpo durante a interação. Antes da criação do celular, a comunicação era feita por meio de cartas. As pessoas mandavam cartas umas as outras para saber sobre acontecimentos do dia a dia, para felicitar no natal, etc.
As primeiras comunicações escritas (desenhos) de que se têm notícias são das inscrições nas cavernas 8.
Muitos dos grupos que viviam no Paleolítico instalavam-se em cavernas para sobreviver, enquanto outros preferiam montar tendas com o uso de madeira, ossos e pele de animais. As cavernas, inclusive, foram locais de uma das principais representações dos indivíduos dessa fase, a arte rupestre.
argila, gordura, clara de ovos de animais, carvão, terra das mais diversas tonalidades, sementes, e minerais moídos e aplicados com as mãos, plumas de aves, peles de animais, lascas de madeira, Os Pelos de animais serviam como pinceis e gordura animal ou, óleo vegetal era utilizado para fixar o pó colorido na pedra.
As tintas eram feitas de restos de carvão, pigmentos de planta e da terra, que eram misturados ao sangue de animal. Como pincel os homens das cavernas utilizavam ossos e pelos de animais ou mesmo as próprias mãos.
A maioria dessas pinturas, feitas com restos de carvão, pigmentos de plantas e terra colorida, combinadas ao sangue de animais, representavam animais selvagens, pessoas, geralmente em situação de caça, plantas e símbolos abstratos. Para tanto usavam pinceis feitos com pelos de animais e as próprias mãos.
Usavam, principalmente sangue animal, e alguns outros tons encontrados nas vísceras desses animais, e também argilas, musgos, carvão,e barros originados das diferentes camadas do solo, com diferentes colorações...
A subsistência do homem nesse período era inicialmente conseguida através da caça de animais e coleta de frutos silvestres. Para isto o homem utilizou ferramentas, que eram lascas de pedras ou ossos. ... Para o homem da Pré-história conseguir seus instrumentos, ele lascava pedras.
A primeira forma de energia que o homem conseguiu dominar foi o fogo. O Homem sempre necessitou do fogo para se aquecer, cozinhar, iluminar e se proteger. Antigamente, juntavam um montinho de mato seco, dois pedaços de madeira, que friccionados, esquentavam rapidamente, queimando o mato seco com seu calor.
A arte rupestre objetivava criar uma espécie de magia e informação para os moradores de cavernas. Com os desenhos rupestres, os homens e mulheres primitivos visavam o sucesso na caça. No período da pré-história ser nômade era a forma de vida mais comum.
Resposta. As Pinturas Rupestres. Elas foram as primeiras formas de registro e também um tipo de arte realizada em vários continentes,desde tempos muito remotos,por isso são consideradas arte universal.As mais antigas são datadas de cerca de 40.
O que conhecemos como mais antigo na arte rupestre são as imagens pintadas em paredes, rochedos e estalactites de cavernas, as chamadas pinturas rupestres. Tais pinturas representam principalmente animais e os seres humanos, muitas vezes em cenas de caça.
É chamado de arte rupestre o conjunto de figuras encontradas em paredes de cavernas e outros abrigos. Estes desenhos começaram a ser feitos pelos homens há cerca de 40.
As mais antigas figuras feitas pelo ser humano foram desenhadas em paredes de rocha, nas cavernas. Esse tipo de arte é chamado de rupestre. ... Para pintar, o homem produzia suas próprias tintas misturando terra com carvão, sangue e gorduras de animais.
É desconhecido o motivo pelo qual os homens pré-históricos desenhavam nas paredes das cavernas. A teoria mais aceita é a que esses desenhos eram feitos por caçadores. Como num sentido mágico, eles poderiam interferir na captura de um animal desenhando-o ferido na parede, podendo dessa forma, domina-lo com facilidade.
Além dos desenhos de mãos, a caverna apresenta imagens de seres humanos, felinos, emas e outros animais; desenhos geométricos, linhas, pontos e o sol. As figuras aparecem em diferentes cores: vermelho, ocre, amarelo, verde, branco e preto. A caverna foi classificada como Monumento Histórico Nacional Argentino.