Muitas crianças quando começam a falar acabam aprendendo algum palavrão. O ponto é que ele escapa sem querer e nem sempre é aprendido em casa, mas na escola, no parque ou qualquer outro lugar de convivência da criança.
Há palavrões e há gírias. Hoje em dia, muitas gírias são derivadas de palavrões, e precisa-se tomar cuidado dobrado com elas. Às vezes também, eles podem achar que uma gíria comum é um palavrão. Um dia, a criança pode chegar da escola e dizer que alguém lhe disse um palavrão. Peça a ela que repita, se não for um palavrão, explique a ela que não é um palavrão, mas que pode ou não ser configurada como um xingamento.
O que podemos fazer é entender o que representa aquela palavra que a criança está dizendo. Ela vem para acompanhar um sentimento intenso de raiva ou aparece como uma palavra solta que a criança não sabe o significado e apenas repetiu?
Filhos pequenos são como gravadores, repetem o que escutam, e todo cuidado é pouco, pois eles podem repetir a palavra suja na frente de pessoas que podem não entender como ele sabe daquilo. Já ouviram aquela história da professora perguntando ao Joãozinho, “Onde você ouviu isso?”, e ele responde, “Ah tia, meu pai fala toda hora!”? Então, tome cuidado para não ensinar algo que não deseja que ele repita. O mesmo serve nas conversações entre adultos, principalmente na hora das confusões… O importante é não rir, e deixar claro que dizer algumas palavras não é educado ou correto. Se caso você distraidamente disser uma palavra suja na frente de seu filho, corrija-se e peça desculpas. Dizer algo como “Eu não deveria ter perdido a paciência e dito o que disse, porque não foi respeitoso”, é bem melhor que não dizer nada e punir a criança quando ela repetir. Tome muito cuidado e pense antes de falar.
Se observarmos os filmes, novelas, conversas na escola, no trabalho, o linguajar das pessoas, comparado a nossa época parece que piorou muito. Hoje em dia adolescentes chegam a usar palavrões em seu palavreado, tentando se parecerem com os adultos. Muitos adultos falam palavrões e consideram certas palavras normais de serem ditas em seu vocabulário.
Agora, o que não soa bem é ouvir palavrões da boca de uma criança. Mesmo sendo inocente e às vezes até engraçado, pode sair no momento errado e fazer os pais passarem vergonha, pois serão julgados como pais que não educam bem seus filhos e não dão bons exemplos.
Caso ela esteja imitando um palavrão que vem da família, peça a ajuda dela para avisar a pessoa que estiver falando o palavrão. Muitas vezes os pais querem interromper esse hábito, mas nem percebem que ofenderam alguém no trânsito, telefone ou assistindo um jogo de futebol. Procurem trocar o palavrão por palavras neutras, como “poxa vida”, “porcaria” ou qualquer outro termo novo que possa ser usado sempre que alguém ficar irritado. Os pequenos gostam desses desafios e acabam entrando na brincadeira do não falar o palavrão.
Então, uma boa estratégia a adotar é fingir que não ouviu o que a criança disse. Quando ela fala um palavrão, espera ganhar a atenção dos pais, então, se ninguém der ouvidos, perderá o sentido dizer.
Normalmente a fase dos palavrões passa quando os filhos crescem e vão aprendendo paulatinamente coisas melhores e mais produtivas, assim não mais será necessário o uso do sabão para esse fim.
Não importa se a família tem o hábito de usar palavrões ou se a criança escuta essas expressões na escola, será apenas a partir dos 8 anos que ela vai começar a entender o real sentido que eles carregam. Antes disso, há grandes chances de elas simplesmente repetirem atribuindo um significado errado. Por isso, sempre que possível, tente explicar o sentido correto das palavras, dentro do nível de entendimento do seu filho. Seja sucinto e claro, sem ficar tentando dar muitos detalhes.
É comum que ao aprender uma nova palavra a criança queira repeti-la algumas vezes, então tudo o que falamos deve ser cuidado para que os pequenos não aprendam a se expressar de forma inadequada.
A partir dos 7-8 anos a criança já começa a entender o que os palavrões significam. Dizê-los deixa de ser uma repetição inocente. Esse é o momento em que os pais precisam ter mais cuidado, pois o filho dessa idade fala palavrões com a mesma intenção que um adulto.
A maioria dos jovens e adultos usa palavrões para se expressar nas mais diferentes situações do dia a dia. Há quem considere abominável e há quem não veja problema com os palavrões, principalmente quando são usados só para expressar uma emoção, sem ofender ninguém.
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Quando você bate o dedinho do pé na quina de um móvel, toma uma fechada no trânsito ou seu time leva um gol, são altíssimas as chances de deixar escapar um sonoro palavrão para desanuviar. E isso pode acontecer na frente do seu filho. Lave a boca com sabão quem nunca soltou um “Mas que mer#$...” ou um ecoante “Vai tomar no #$” - mesmo sem pensar - na frente das crianças.
Estabeleça uma conversa saudável entre os adultos da casa, sem acusações e julgamentos, bem como uso de palavras gentis e aceitáveis. Preste atenção se o fato de seu filho falar palavrões com frequência não configura um sintoma de algum problema mais profundo, rebelião ou frustração.
Se seu filho quer desabafar depois de uma frustração verbalmente, o que nós também fazemos, e muitas vezes é menos ruim que descontar a raiva fisicamente batendo no irmão mais novo por exemplo, dê-lhe algumas palavras que são aceitáveis em sua casa e não se configuram como palavrões, como alguma palavra engraçada, tipo marmelada, barbaridade, paralelepípedo. Também não aceite palavras usando o nome de Deus em vão, ou qualquer forma de expressão religiosa, o que soa muito desrespeitoso em relação as outras pessoas.
- Explique que é ofensivo. Com muita calma, mostre o quanto xingamentos podem magoar as pessoas, sempre fazendo um exercício de empatia: “Você ia gostar se alguém falasse assim com você?”. Quem não quer ser ofendido também não deve ofender o outro.