Na idade média, o corpo ideal é marcado pelos quadris "arrebitados", ventres arredondados e cintura fina proeminente, caracterizando a feminilidade. Também na era do Renascimento, o conceito de corpo belo era ter ombros largos, cintura fina, quadris grandes e redondos e pernas roliças.
O grego desconhecia o pudor físico, o corpo era uma prova da criatividade dos deuses, era para ser exibido, adestrado, treinado, perfumado e referenciado, pronto a arrancar olhares de admiração e inveja dos demais mortais. ... Os corpos não existiam apenas para mostrar-se, eles eram também instrumentos de combate.
O renascimento compreendeu um período de retomada de elementos da cultura clássica e sua confluência com a cultura cristã herdada da Idade Média. ... Essa visão supõe ser a Idade Média um período decadente e obscuro que nada ofereceu de significativo ao universo cultural que sobreveio com o Renascimento.
Durante quase toda a Idade Média, o corpo foi visto pela Igreja como algo pecaminoso. Nessa postura de pensamento a igreja passou a emitir padrões durante o ato sexual, para que houvesse controle da população, e para que todos passassem a ter uma noção de pecado quanto ao ato sexual fosse praticado de forma desvairada.
Desde a Antiguidade, com efeito, os vivos se ocupavam dos corpos dos membros de suas famílias. As mulheres, em particular, eram encarregadas de lavá-los, de prepará-los para juntarem-se ao reino dos mortos que, segundo a crença, retornavam às vezes para atormentar a alma dos vivos.
Os homens medievais sabiam que já eram "outros homens", diferentes dos da Antiguidade. Queriam o poder, a ciência, a arte e a filosofia dos antigos adaptada ao seu mundo. Fazer renascer a produção intelectual da Antiguidade não significava retornar ao mundo antigo, significava criar a partir dos antigos.
O culto ao corpo era uma das principais características dos Jogos Olímpicos da Grécia antiga, onde o aspecto físico do homem era glorificado e exaltado. ... A idéia era que o ideal olímpico da "superação da força do corpo humano" ficaria mais puro se os atletas estivessem totalmente nus durante as competições.
As Olimpíadas, ou Jogos Olímpicos, era uma homenagem pan-helênica a Zeus, principal deus do panteão grego. O propósito da competição era reunir gregos das diversas cidades-estados e colônias para homenagear o deus dos deuses. ... Esses jogos eram organizados em um ciclo de quatro anos, chamados de Olympiad.
Os jogos olímpicos são realizados há mais de 2 mil anos para estimular a competição sadia entre os povos dos cinco continentes. ... Como já dizia o Barão de Coubertin (Pierre de Coubertin), considerado o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”.
"Dos eventos de corrida antigos, só sobreviveram (nos Jogos Olímpícos atuais) os 200 metros rasos, os 400 m e a prova dos 5 mil metros", explica Cartledge. ... A luta também era um dos cinco eventos do pentatlo antigo, junto com a corrida de 200 m, o arremesso de dardos, o arremesso de disco e o salto em altura.
Esporte na Grécia Antiga
Dólico (em grego: Δολιχος; romaniz.: Dolichos), nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, era a corrida de longa distância, introduzida na décima-quinta olimpíada (720 a.C.). ... Nesta corrida, a distância era de 7 a 24 estádios. Os corredores corriam nus, e seu primeiro vencedor foi Acanto da Lacônia.
Nove modalidades esportivas foram disputadas: atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta, natação, tênis e tiro.
A participação das mulheres não era considerada importante especialmente porque os antigos gregos eram altamente competitivos e acreditavam muito no conceito de 'agon', ou seja, competição para a excelência.
Em Atenas, as mulheres ainda estavam proibidas de competir. Participaram 285 atletas de 13 países, nas provas de atletismo, ciclismo, luta, esgrima (era a única que admitia profissionais na época), ginástica, halterofilismo, natação e tênis.
6 de abril de 1896