A expressão — arraial — era facilmente compreendida pelos judeus convertidos como uma referência a Israel e a Jerusalém. Eles foram chamados a sair fora do arraial, porém não somente isto. O apelo é para que definitivamente se dirigissem a Ele (Cristo). Disto se deduz que o Senhor Jesus está fora do arraial.
Spinalonga, a ilha grega onde leprosos eram abandonados para esperar a morte. A primeira vez em que vi Spinalonga foi quatro anos atrás.
Os leprosos não podiam aproximar-se das cidades e os lugares onde eles moravam; eram considerados impuros, como os cemitérios. Alguns afirmavam que, se cruzassem com um leproso, atirariam pedras nele e gritariam para ele: "Volta ao teu lugar e não contamines outras pessoas".
Para os hebreus a lepra, como era chamada, era considerada uma maldição, um castigo divino, citada inclusive pela bíblia. O estigma, a discriminação com a doença e com quem sofre a ação em seu corpo, foram construídos pela associação do termo lepra às deformidades causadas ao paciente.
A lepra é uma doença transmissivel causada por uma bactéria. Afecta maioritáriamente a pele e os nervos. Ela progride lentamente com uma média de período de incubação de 3 anos. A lepra pode afectar todas as idades e ambos os sexos.
Foi interpretada como uma praga dos deuses, ou a punição do pecado, ou de uma doença hereditária. Realizava-se em 1873, sobre cem anos há, que o médico norueguês Gerhard Hansen viu o bacilo de lepra sob o microscópio e mostrou que a lepra era uma doença infecciosa e não uma praga.
Hanseníase ou lepra, nome pelo qual a enfermidade era conhecida no passado, é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, em memória de seu descobridor. É provável que a transmissão se dê pelas secreções das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva.
A transmissão do M. leprae se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase.
Diferentemente da chamada lepra, em que uma série de doenças acabavam sendo acopladas no nome, inclusive doenças sexualmente transmissíveis, a hanseníase é uma doença causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que se aloja na pele e em nervos periféricos.
Tratamento atual da doença no Sistema Único de Saúde (SUS) Os pacientes acometidos pela hanseníase e que são resistentes a medicamentos são tratados com poliquimioterapia (PQT) – reúne três medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina. As drogas precisam ser utilizadas por um período de até 24 meses.