O Apoio Matricial é uma ferramenta estratégica da Política de Saúde Mental para garantir o princípio da integralidade das ações em saúde. Ele se dá a partir da oferta de saberes-fazeres técnicos especializados às equipes da Atenção Básica, a fim de que possam incluir as demandas de saúde mental em suas ações.
O apoio matricial do Nasf para ESF se materializa por meio do compartilhamento de problemas, da troca de saberes e práticas entre os profissionais, bem como da articulação pactuada de intervenções, levando em conta a clareza das responsabilizações comuns e as específicas da equipe de APS.
Alguns instrumentos do processo de matriciamento
Em outras palavras, o matriciamento consiste em uma prática voltada à estruturação da rede de saúde por meio do fortalecimento das relações entre os profissionais e, consequentemente, destes com os outros atores sociais, incluindo usuários e gestores.
O Sistema de Referência e Contrarreferência caracteriza-se por uma tentativa de organizar os serviços de forma a possibilitar o acesso pelas pessoas que procuram os serviços de saúde.
A interconsulta é o instrumento da interface entre a Psiquiatria e a Psicologia e a Medicina Geral. Com ela os profissionais de saúde mental que trabalham nos hospitais gerais e outras unidades gerais de saúde vêm cada vez mais buscando a prática da Integralidade preconizada pelo SUS.
A interconsulta psicológica no hospital geral representa uma modalidade de atendimento clínico e um instrumento metodológico utilizado pelo psicólogo na assistência ao paciente internado, mediante solicitação de outros profissionais da saúde.
Segundo o Ministério da Saúde5, o matriciamento consiste em um arranjo organizacional que visa outorgar suporte técnico-pedagógico em áreas específicas às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população.
O Projeto de Saúde no Território (PST) é mais uma das estratégias de orientação e organização do trabalho das equipes de saúde que compõe o rol de ferramentas tecnológicas idealizadas para apoiar a Estratégia Saúde da Família e colaborar com a ampliação das ações da Atenção Básica no Brasil.
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas para um indivíduo, uma família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar com Apoio Matricial, se esse for necessário.
É importante observar que não há diferença entre o NASF 1 e 2 quanto aos profissionais que os compõem, diferindo apenas na carga horária semanal e no número de equipes de Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas.
O PTS envolve um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, direcionadas a um indivíduo, família ou coletividade. Tem como objetivo traçar uma estratégia de intervenção para o usuário, contando com os recursos da equipe, do território, da família e do próprio sujeito 5.
6) Descreva os objetivos da equipe ao propor o Projeto Terapêutico Singular. Proponha um plano de intervenção com cronograma de ações para o caso identificando quem é o profissional de referência para o sujeito. 7) Descreva as pactuações a serem feitas entre a equipe, o sujeito e sua família.
Para realizar a análise dos PTS optou-se por utilizar como referência conceitual as etapas (momentos) preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) para elaboração de um PTS: Etapa 1 - Diagnóstico e análise; Etapa 2 - Definição de ações e metas; Etapa 3 - Divisão de responsabilidades e Etapa 4 - Reavaliação.
A construção de um PTS exige a presença e colaboração de sujeitos comprometidos com propostas e condutas terapêuticas articuladas, envolvendo quatro pilares: hipótese diagnóstica, definição de metas, divisão de responsabilidades e reavaliação6.
O PTS envolve um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, direcionadas a um indivíduo, família ou coletividade. Tem como objetivo traçar uma estratégia de intervenção para o usuário, contando com os recursos da equipe, do território, da família e do próprio sujeito 5. Oliveira GN.
PTS – conhecimento sobre o tema Conceitos e conhecimentos de construção do PTS estão em acordo com o preconizado, são colocados nesta ordem: equipe de referência; incentivo a autonomia e corresponsabilidade do usuário; clínica ampliada; integralidade do cuidado; e equipe multidisciplinar capaz de atuar ...
Em pesquisa realizada com profissionais de CAPS, Barros12 apontou desafios e dificuldades para a operacionalização do PTS, relacionados à reorganização dos serviços e do trabalho em equipe, à dificuldade de articulação com as redes institucionais e sociais e à inserção dos usuários como participantes efetivos nessa ...
Logo, conclui-se que o plano terapêutico é uma ferramenta híbrida, com função tanto na comunicação entre profissionais e pacientes quanto na parte administrativa do gerenciamento de leitos. Ele deve ser revisitado toda vez que ocorre alguma alteração no quadro clínico ou não se consegue cumprir determinada meta.
A criação do Projeto Terapêutico Singular (PTS) surgiu para dar conta de desafios impostos pela Reforma Psiquiátrica e pelo SUS no que se refere à superação do modelo manicomial e a reestruturação da assistência à Saúde Mental a partir da organização dos serviços substitutivos, entre eles os Centros de Atenção ...
Os CAPS – assim como os NAPS (Núcleos de Atenção Psicossocial), os CERSAMs (Centros de Referência em Saúde Mental) e outros tipos de serviços substitutivos que têm surgido no país, são atualmente regulamentados pela Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002 e integram a rede do Sistema Único de Saúde, o SUS.