A fáscia é formada pelo tecido conjuntivo e o próprio músculo inteiro está envolvido por uma capa de tecido conjuntivo, chamado Epimísio. Algumas projeções de colágeno penetram desde o Epimísio até ao interior do músculo, formando uma membrana que rodeia todos e cada um dos fascículos, essa membrana é o Perimísio.
Sarcolema. A fibra muscular é revestida por uma membrana delicada chamada de sarcolema. Consiste de uma membrana celular verdadeira, de uma fina camada de material similar ao da membrana envolve os capilares sanguíneos; contém também finas fibrilas colágenas.
O músculo, constituído por agrupamento de feixes, é envolvido pelo epimísio, também de tecido conjuntivo. Portanto, na constituição do músculo, estão intimamente associadas as fibras musculares e o tecido conjuntivo. A miofibrila é uma organela especificamente do tecido muscular (Fig. 3, 4, e 5).
O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos (miosina) e finos (actina).
O tecido muscular é formado por células alongadas com capacidade de contração que recebem a denominação de fibras musculares. Essas fibras apresentam vários filamentos de proteínas contráteis, ou seja, com capacidade de contração. Entre eles estão os filamentos de actina e miosina.
As principais diferenças entre o músculo esquelético e o cardíaco não estão na bioquímica da contração, e sim nas propriedades do potencial de ação que inicia a contração. A contração muscular cardíaca possui três características principais que a diferenciam daquela no músculo esquelético.
O potencial de acção da célula muscular apresenta a fase 0 (repolarização), as fases 1, 2 e 3 (repolarização) e a fase 4 (repouso); O nodo sinusal apresenta automatismo ou despolarização espontânea devida a um limiar mais alto (isto é, menos negativo) e ao influxo lento e gradual de iões Na+ durante a diástole.
O potencial de ação cardíaco é distinto de outros potenciais de ação em outros tipos de células eletricamente excitáveis, como os nervos. ... Os potenciais de ação também variam dentro do próprio coração, devido à presença de diferentes canais iónicos em diferentes células.
O potencial de ação cardíaco apresenta um platô, uma despolarização mantida, por pelo menos 100 vezes o tempo de um potencial de ação em um nervo ou músculo estriado esquelético. A presença do platô no potencial de ação do miocárdio se deve a abertura específica de canais de cálcio voltagem-dependentes.
O potencial de ação ocorre quando o estímulo é suficiente para atingir o limiar de excitabilidade e dessa forma gerar a despolarização da membrana e propagação do impulso nervoso. Portanto, fica claro que se o estímulo não atinge esse limiar, nada ocorre.
O batimento cardíaco tem início no nodo sino-atrial (SA), com um potencial de ação gerado de maneira espontânea. Esse potencial de ação se dissemina por todo o miocárdio atrial direito, e chega ao miocárdio atrial esquerdo, levando à contração do miocárdio atrial.