Em recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer, especialmente os prematuros, deve-se repetir a triagem de hipotireoidismo congênito (dosagem de TSH) algumas semanas depois para detectar aqueles recém-nascidos cuja imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide possa mascarar o hipotireoidismo congênito primário.
O teste do pezinho, para triagem neonatal, deverá ser realizado, preferencialmente, a partir do 3º até o 7º dia de vida (1,2). Nunca antes de 48 horas de vida, pois os resultados podem não ser confiáveis.
Considerado como exame padrão ouro para o diagnóstico da Fibrose Cística, o Teste do Suor é simples, indolor, não invasivo e fundamental para o diagnóstico precoce e seguro da doença. Ele é feito por meio do estímulo do suor da pessoa examinada e uma análise de condutividade.
O suor é composto principalmente de cloreto de sódio (sim, o mesmo composto do sal de cozinha). Por isso, quando você seca, sente que o corpo fica cheio de sal (a água evapora e sobra o sal).
É só seguir os passos a seguir.
O sódio tem ainda outras funções, entre elas atuar na condução do impulso nervoso e na contração muscular. No Brasil, o sal de cozinha também é fonte importante de iodo. O efeito direto de ter mais sódio no corpo é o aumento da pressão arterial – quanto mais água nos vasos, mais “tensos” eles ficam.
A pele viscosa acontece quando o corpo tem algum tipo de crise circulatória, que pode ser devida à adrenalina, à diminuição do fluxo sanguíneo para as extremidades a fim de direcionar mais sangue para os órgãos vitais, ou outros fatores.
Mas por quê o suor é mais salgado? Isso acontece porque quem tem a patologia possui mais sal no suor quando comparado com as pessoas sem a doença, situação causada porque as glândulas sudoríparas de quem tem Fibrose Cística possuem canais CFTR em menor número ou que não funcionam corretamente.
Isso ocorre porque além de água, o suor retira do nosso sangue algumas substâncias e entre elas estão os chamados eletrólitos – cloro (Cl–) e sódio (Na+) – que quando juntos formam o sal (NaCl).
Histórico familiar é o principal fator de risco para fibrose cística, já que a doença é hereditária. Ela também é mais comum em pessoas caucasianas, principalmente descendentes de europeus.
A Fibrose Cística não é contagiosa e não afeta questões cognitivas. É normal que algumas pessoas nem aparentem ter a doença em caso de sintomas mais brandos. Mas ressaltamos que o tratamento deve ser mantido e seguido à risca para que o paciente mantenha a melhor qualidade de vida possível.