Na venda de títulos pelo órgão que controla a política monetária, a oferta de moeda é reduzida, o que reflete em uma política restritiva. Já na compra de títulos, o órgão está inserindo moedas na economia, o que gera fluxo econômico e traz a expansão econômica.
A regulamentação do Banco Central, portanto, é feita sempre a fim de forçar os bancos a manter taxas de encaixe mais altas do que as que manteriam autonomamente. Isso reduz a capacidade de os bancos concederem empréstimos, reduzindo, portanto, a oferta de moeda.
A quantidade de moeda na economia é definida pelo Banco Central (BC) e a demanda é definida pela quantidade de moeda que as pessoas querem portar. Ou seja, a teoria quantitativa da moeda faz uma ponte entre a política monetária do BC e a inflação.
Em suma, é o conjunto de medidas que um Governo estabelece para que exista o controle da oferta da sua moeda na economia, ou seja, a sua liquidez. ... Assim, a política monetária interfere diretamente na economia de um país, já que o Estado tem o poder de impactar diretamente a inflação e a taxa de juros.
Uma vez que a inflação representa uma elevação dos preços monetários, ela significa que o valor real da moeda é depreciado pelo processo inflacionário. Assim por definição, a inflação é um fenômeno monetário.
A consequência inevitável é a desvalorização da moeda e o aumento de preço das mercadorias e bens ofertados. ... Isso acontece porque as pessoas não compram as coisas ao mesmo tempo, e porque não consomem exatamente as mesmas mercadorias ou a mesma quantidade das mercadorias em comum que consomem.
Quanto menor a oferta de moeda na economia, maior sua escassez e, consequentemente, maior a taxa de juros.
Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. ... A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.
Uma contração monetária ocorre com uma redução na oferta de moeda (M1),tendo como consequência um aumento na taxa de juros e redução na demandaagregada.
Enquanto a demanda por moeda é mais rígida no curto prazo, a oferta de moeda apresenta uma maior flexibilidade. E é através dos instrumentos de política monetária (open-market, compulsório e redesconto) que o governo controla a oferta de moeda na economia e consequentemente, determina a taxa de juros.
Quando a taxa de juros sobe, a moeda doméstica tende a se valorizar (o dólar fica mais barato frente ao Real), diminuindo o nível de preços dos bens comercializáveis internacionalmente quando expressos em moeda nacional. A taxa de câmbio afeta a inflação por dois mecanismos.
Muitas razões interferem na subida da taxa básica de juros, mas o principal motivo é a alta da inflação, pressionada principalmente pelo aumento do preço do combustível e pelo aumento do dólar. ... Assim, a demanda diminui e os preços dos produtos também, o que reduz a inflação.
O conceito de taxa de juros pode ser entendido como o valor do dinheiro no tempo, isto é, o preço que os tomadores de empréstimo pagam aos emprestadores para usarem um dinheiro que não é seu durante um determinado período. Na prática, é uma compensação pelo tempo que o dinheiro ficou emprestado.
A Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação.
5%
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, em março de 2021, aumentar a taxa Selic de 2% para 2,75%. Essa mudança afeta diversos produtos financeiros da vida das pessoas, como os investimentos.
A projeção do mercado financeiro, em média, é que o país encerre o ano com Selic em 4% ao ano, mas previsões mais pessimistas apontam para uma taxa básica de juros em 5% a 6%. Veja Também: Por que a inflação aumentou e obriga o Banco Central a subir os juros. Governo prevê que o PIB brasileiro vai crescer 3,2% em 2021.
Outra oportunidade está nos fundos imobiliários de crédito, também conhecidos como fundos de recebíveis ou de papel. Apesar de se tratar de um investimento de renda variável, esse produto tem rendimento geralmente atrelado ao IPCA ou à Selic, somado a uma taxa fixa.
Os ativos indicados são os que priorizam a proteção e mantém a liquidez. Por isso, a classe que mais combina com esse perfil é a renda fixa. Títulos do Tesouro Direto, LCI (Letra de Crédito Imobiliário), Fundos DI e CDB são exemplos de títulos indicados para perfis conservadores.
O raciocínio é simples: com a subida da Selic, os investimentos em renda fixa voltam a ficar mais atrativos, dado o menor risco da classe, e passam a concorrer com outros de maior volatilidade, como é o caso dos Fundos Imobiliários.
Aumentar a Selic causa uma desaceleração da economia, o que impede que a inflação fique muito alta; Baixar a Selic causa um estímulo ao consumo que aquece a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.
Essa taxa é considerada a taxa básica de juros. Ela influencia os juros de toda a economia brasileira, já que é usada em operações do governo federal e de bancos. O Selic é um sistema eletrônico que atualiza as operações e posições das instituições financeiras.