Eles enfrentam condições precárias na fuga, o perigo dentro e fora de casa e, ainda, retornos forçados aos cenários caóticos que haviam deixado para trás.
São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados.
“Esse preconceito, como o que acontece com o Norte e o Nordeste, também se enquadra como xenofobia, porque é uma aversão ao não nativo, ou ao que não parece nativo”, disse Fuentes. O próprio uso do termo “nordestino” também pode ser visto como xenófobo, dependendo do contexto.
O Nordeste, em função de sua heterogeneidade, não pode ser visto apenas como uma “região da seca”. É bastante recorrente, no âmbito do senso comum e dos meios de comunicação, o ato de entender a região do Nordeste como o sinônimo da seca, da miséria e da pobreza.
Há duas razões diferentes. A primeira é a típica do racismo e da intolerância e os economistas a chamam de animus. Ela é gerada pelo desejo de ferir certos tipos de pessoas, mesmo que isso prejudique financeiramente quem está discriminando.