Desde 2017, o Ministério da Saúde seguindo a orientação da Organização Mundial da Saúde, recomenda apenas uma dose da vacina por toda a vida. No entanto, estudos têm mostrado a relevância de administrar pelo menos uma dose de reforço 10 anos após a imunização contra a febre amarela.
A vacina surgiu em 1937 e está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, os medicamentos necessários mais eficazes e seguros em um sistema de saúde. Em 2014, o preço de atacado em países em desenvolvimento é de US$ 4,30 a US$21,30 por uma dose.
A primeira vacina de que se tem registro foi criada por Edward Jenner no século XVIII. Jenner nasceu em maio de 1749, na Inglaterra, e dedicou cerca de 20 anos de sua vida aos estudos sobre varíola.
Em 1936, o médico sul-africano Max Theiler (1899-1972) concluiu o desenvolvimento de uma vacina contra a febre amarela nos laboratórios da Divisão Internacional de Saúde (IHD) da Fundação Rockefeller, em Nova York, com uma versão atenuada do vírus já reconhecido como agente causador da doença.
A primeira epidemia que atingiu o Brasil foi a de febre amarela, com um grande surto no Rio de Janeiro em 1850.
O Brasil vive um grande aumento de número de casos de febre amarela. Desde julho de 2017, foram confirmados 779 casos e 262 pessoas morreram em decorrência da enfermidade. Segundo o Ministério da Saúde, o país vive o maior surto da doença já registrado nas últimas cinco décadas.
A Grande Gripe foi a pandemia mais mortal da história: foram 50 milhões de óbitos entre 1918 e 1920 — 35 mil só no nosso país.
A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. E o personagem principal, o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz. A oposição política, ao sentir a insatisfação popular, tratou de canalizá-la para um plano arquitetado tempos antes: a derrubada do presidente da República Rodrigues Alves.
Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento da Amazônia. Permitiu, também, o término das obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes entre os operários, provocadas pela malária.
Em 1894, o cientista franco-suíço Alexandre Yersin e o japonês Shibasaburo Kitasato finalmente identificaram o bacilo da doença. Dois anos mais tarde, o russo Waldemar Haffkine criou uma vacina contra a peste, e, em 1898, Yersin usou os primeiros soros antipestosos em seres vivos.
Em 1976, foi criado, na Fiocruz, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos – e implantado um centro de produção de vacinas contra a meningite meningocócica A e C. A vacina contra meningite meningocócica foi a primeira em polissacarídeos.
Uma nova tecnologia de vacina vem sendo desenvolvida pelo laboratório Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para combater a meningite C — a mais temida das meningites, que assusta a população desde a ocorrência de uma grande epidemia na década de 1970.
Apesar da situação, a letalidade, que de 1970 a 1972 variou entre 12% e 14% dos casos, a partir de 1973 declinou acentuadamente, atingindo o valor mais baixo (7%) em 1974. O maior número de óbitos foi observado em 1975, quando foram registrados 411, média de 1,15 ao dia.
Já a edição de 30 de dezembro de 1974 do jornal O Globo divulgou que, só naquele ano, a epidemia deixou um saldo de 111 mortos no Rio Grande do Sul, 304 no Rio de Janeiro e 2,5 mil em São Paulo.
Foram registrados 24 óbitos nesse período, sendo as meningites de outras etiologias com a maior letalidade 40,0% (2/5) seguidas da meningite meningocócica com 35,7% (10/28). Em 2020, no mesmo período, foram notificados 157 casos de meningite, destes, 66,8% (105/157) foram confirmados.
Os números sobre as mortes causadas pela epidemia (de 1970 a 75) são divergentes. Há levantamentos que apontam para 1,6 mil apenas em São Paulo. Já uma edição do jornal O Globo, de 30 de dezembro de 74, diz que foram 2,5 mil mortos em São Paulo, 304 no Rio de Janeiro e 111 no Rio Grande do Sul.
Série histórica de 2007 a 2021 - DVE - COVISA