Congestão polivisceral: Os órgãos que se apresentam mais congestos são o fígado e o mesentério, sendo que o baço, na maioria das vezes, se mostra com pouco sangue devido as suas contrações durante a asfixia (Sinal de Étienne Martin).
A asfixia ocorre quando há falta de oxigenação no cérebro e nos órgãos do bebê. Ela pode levar à morte ou deixar graves sequelas.
O exame das vias aéreas superiores e da traquéia é que permite o diagnóstico de lesão inalatória. Os sinais mais sugestivos de lesão inalatória são a presença de edema ou eritema, com ulcerações nas vias aéreas inferiores ou ainda presença de fuligem em ramificações mais distais.
A lesao inalatória resulta do processo inflamatório das vias aéreas após a inalaçao de gases tóxicos e produtos incompletos da combustao, sendo responsável pela mortalidade de até 77% dos pacientes queimados1-3.
Perigo à saúde humana “Por conter vários elementos tóxicos ao nosso organismo, a fumaça liberada durante as queimadas agrava algumas doenças respiratórias, como a asma, bronquite, sinusite, rinite e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)”.
Fazer uma queimada sem controle pode causar sérios prejuízos à fauna e à flora, reduzindo a cobertura vegetal, diminuindo a fertilidade do solo e comprometendo a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde humana, provocando vários tipos de doenças, principalmente respiratórias.
Todos esses fenômenos encontram-se na atividade humana como motivadora de incêndios e queimadas na área do Pantanal. O avanço da fronteira agrícola e da pecuária tem como início o desmatamento de áreas que mais tarde se tornam pastos. Após desmatar, queima-se essas áreas para a retirada do resto da cobertura vegetal.
Segundo a professora Andreza, os atuais incêndios no Pantanal têm causas humanas, geralmente relacionadas ao desenvolvimento e à expansão de atividades agropecuárias: prática da queima da área de pastagem, incêndios em equipamentos agrícolas e fogo nas raízes das árvores para extração de mel.