A história de A Guerra dos Mundos desenrola-se no final do século XIX, na Inglaterra Vitoriana. O narrador, um personagem não identificado, relata os eventos de uma invasão alienígena ao nosso planeta. Marcianos com tecnologia avançada, utilizando tripods gigantes, começam a atacar a humanidade, causando caos e destruição por onde passam.
Ao longo da história, vemos como a humanidade lida com a ameaça extraterrestre e como os marcianos, com sua tecnologia avançada, são capazes de destruir tudo o que encontram pela frente. O autor explora a ideia de que, diante de uma ameaça desconhecida e superior, as pessoas tendem a se unir e a superar suas diferenças para sobreviver.
Se você é fã de ficção científica ou se gosta de histórias emocionantes e cheias de reviravoltas, não pode deixar de ler A Guerra dos Mundos. Essa obra é um clássico da literatura mundial e ainda hoje é uma das mais populares e influentes do gênero. Então, não perca mais tempo e embarque nessa aventura incrível!
Existem personagens como a esposa do protagonista, seu irmão, e outros sobreviventes encontrados ao longo do caminho. Esses personagens ajudam a criar empatia e a explorar os efeitos psicológicos da invasão alienígena na população humana.
Como podem ver, a clássica invasão imaginada por Wells em fins do século XIX ainda não esgotou suas possibilidades, demonstrando ser uma obra moderna, apesar de ser a pioneira no tema, alargando margens e infinitas possibilidades e incontáveis meios de adaptação. É só saber aproveitá-la.
Descritos pelo autor como se tivessem a pele similar à couro molhado, os marcianos locomovem-se em máquinas com tripés metálicos, usam armas como raios carbonizadores e fumaças intoxicantes e letais, alimentam-se de fluídos humanos e dizimam tudo que encontram pela frente.
Mas não se limitou a isso apenas: aproveitando-se da ficção científica e de uma história fantasiosa e improvável, o escritor lançou uma profunda crítica aos métodos colonizadores europeus de sua época, que brigavam, numa luta ferrenha e mesquinha, pela chamada “Partilha da África“, que ocorreu em fins do século XIX. Ou seja, para se compreender profundamente A Guerra dos Mundos (pelo menos o lado social que Wells tanto explorava em suas obras) é necessário estudar os seus antecedentes políticos e sociais. Estudando-os, vemos claramente o que o escritor quis dizer: Os europeus – os marcianos conquistadores com nenhuma consideração pelos nativos; Os africanos – os terrestres indefesos e vítimas de uma cultura tecnologicamente mais avançada. É uma temática profundamente contestadora e irônica, mas não é esse lado socialmente mordaz que fascina os leitores, e sim a sua ideia pura e simples de uma invasão alienígena. E versões radiofônicas, cinematográficas e televisivas não pouparam a obra.
Versões em quadrinhos também não pouparam o clássico da ficção científica, sendo adaptado centenas de vezes em todo o mundo, além de inspirar milhares de histórias de invasões.
O planeta Marte sempre foi e com certeza sempre será um dos mais interessantes e misteriosos do sistema solar, a despeito de ser o nosso vizinho. Na literatura ele já foi explorado exaustivamente em inúmeros trabalhos de qualidade, e no cinema a história não é outra. Na década de 50, por exemplo, houve a incrível marca de pelo menos um filme por ano que focalizava sua atenção no planeta vermelho. Ainda que nem todas sejam verdadeiramente competentes e de qualidade, essas obras se mostram incrivelmente agradáveis e nostálgicas exatamente pelo seu modo inocente e despretensioso de conduzir a história, como podemos notar em filmes como O Mistério do Disco-Voador (1950), Voando para Marte (1951), O Planeta Vermelho Marte (1952), Invasores de Marte (1953), Devil Girls from Mars (1954) e Vinte Milhões de Léguas de Marte (1955), entre outros.
É o que torna a história tão fascinante e, consequentemente, atemporal. A essência dela continua sendo a mesma. O ser humano continua se mostrando uma raça autoritária e prepotente, e a mensagem, mesmo tendo sido escrita há mais de 100 anos, mantém-se atual. A crítica social foi uma marca do trabalho do HG Wells, que também ficou conhecido por outros livros marcantes como A Máquina do Tempo e O Homem Invisível.
Um dos aspectos que tornaram esse livro simbólico foi o fato de HG Wells ter usado o gênero da ficção científica, com todos os elementos lúdicos que ele proporciona, para fazer uma crítica à sociedade vitoriana da época. No livro, os marcianos desembarcam nos arredores de Londres em cilindros metálicos que são inicialmente confundidos com meteoros. Não leva muito tempo para as pessoas descobrirem que dentro destes cilindros há seres alienígenas extremamente hostis e coordenados.
Além de ser uma história emocionante e cheia de suspense, A Guerra dos Mundos também traz uma mensagem profunda sobre a natureza humana e a nossa relação com o universo. O autor, H.G. Wells, era um pensador crítico e visionário, que via a ciência como uma forma de melhorar a vida das pessoas e tornar o mundo um lugar melhor.
Com esse argumento pesado e que, creio, todos já devem conhecer “de-cór-e-salteado“, Wells criou a mais fantástica e envolvente história de invasão alienígena de todos os tempos.
A edição especial da Editora Suma vem com um prefácio de Bráulio Tavares, onde ele faz uma reflexão sobre a história: “os marcianos somos nós amanhã, quando a atmosfera do nosso planeta finalmente estiver irrespirável, quanto tivermos esgotado todos os lençóis de água potável, quando o desequilíbrio entre as espécies animais e vegetais tiver precipitado sua extinção… será nossa vez de olhar em torno à procura de um ecossistema habitável, e certamente vamos fazê-lo um dia com os mesmos intelectos vastos, frios e insensíveis que Wells nos apresenta no livro.”
Neste resumo, vamos explorar os principais pontos da trama, os personagens e a mensagem que o autor quis passar através dessa história incrível. Além disso, vamos mostrar por que você não pode deixar de ler A Guerra dos Mundos e como essa obra pode mudar sua visão sobre a vida e o universo.
resenha redondinha, saborosa e cheia de informações. parabéns, está perfeita! tenho este livro também, em breve lerei e resenharei também. só pra constar, ter braulio tavares no prefácio é espetacular… gosto dele como escritor e pesquisador, desde que li seu conto “cão de lata ao rabo” em uma revista (não me lembro qual) e tornei-me fã.
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