Tudo, em O Cortiço, é justificado pelo clima e pelo ambiente em que os personagens vivem. O sol e o calor são motivos para a preguiça e a luxúria, confirmando teorias muito em voga na época em que o livro foi escrito.
Contudo, a partir de 1895 se focou na carreira de diplomata, tendo sido cônsul do Brasil em diversos países: Japão, Espanha, Itália, Uruguai e Argentina. No dia 21 de janeiro de 1913, com cinquenta e cinco anos, Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo morreu em Buenos Aires, Argentina.
O Cortiço, de Aluísio Azevedo, é parte da Coleção Clássicos Ateliê
Durante o enredo, João se aproveita de seus empregados em busca de ter uma vida como Miranda: um comerciante de tecidos que mora no sobrado ao lado. Ele trai a sua mais fiel funcionária, Bertoleza, uma escrava que pensa ter sido alforriada por ele, mas acaba sendo entregue para seu antigo dono.
Estela é esposa de Miranda há treze anos e já deu vários desgostos ao marido devido aos seus adultérios, que começaram no segundo ano do casamento. Mãe de Zulmira, ela jura que Miranda é o pai.
O período em que a ação acontece não está definido, mas sabemos que ocorre no Rio de Janeiro do século XIX. Este dado é fundamental, já que durante esse tempo, aquela era sede do império, se tornando a primeira cidade modernizada.
O Cortiço é um romance naturalista escrito pelo brasileiro Aluísio Azevedo em 1890. Focada numa habitação coletiva, o cortiço São Romão, a obra retrata o cotidiano dos moradores e suas lutas diárias pela sobrevivência.
O contraste social é evidenciado principalmente pela proximidade das casas: cortiço e sobrado. Vale lembrar que esses espaços assumem a função de personagens da obra, pois são retratados com vida e sentimentos.
Bertoleza trabalhava como quitandeira e tinha sido escrava, mas se libertou. Vizinha de João Romão, começou um relacionamento com ele, mas era explorada, trabalhando nos seus negócios de sol a sol.
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O casal de portugueses parece ter sido “contagiado” pelos costumes do cortiço e cai em desgraça. Jerônimo se envolve com Rita e acaba destruindo o seu casamento. Piedade, após ser abandonada, sucumbe ao alcoolismo. Quando se descobre o caso entre os dois, Firmo desafia o rival para uma luta e acaba sendo assassinado.
Miranda também é um emigrante português que vive num sobrado do lado do cortiço São Romão. Pelo seu estatuto social burguês, ele desperta a inveja do protagonista e eles entram numa disputa por um pedaço de terra.
Para isso ele conta com a ajuda de Bertoleza, a sua companheira, uma antiga escrava que conseguiu se libertar. Através de pequenos furtos de materiais de construção, eles conseguem ir aumentando as dimensões do cortiço.
João Romão: português ambicioso, é dono de uma venda, do cortiço e da pedreira. Se aproveita da amante Bertoleza, mas acaba se casando com Zulmira para subir na vida e alcançar uma posição de mais prestígio na sociedade.
Já Jerônimo era um português muito honesto. Em determinado momento da história ele é corrompido e se seduz por Rita Baiana, uma moradora do cortiço. Ele mata Firmo, o namorado de Rita, e abandona a sua esposa Piedade, que acaba virando alcoólatra.
Marcada por grande desigualdade social, a história é baseada nas relações de João Romão, um homem muito ambicioso e dono de um cortiço, e Jerônimo, um potuguês que veio ao Brasil, fazia parte dos seus trabalhadores e morava no cortiço.
O maior exemplo disso é a transformação que Jerônimo sofre durante a sua estadia no cortiço. Sendo primeiro descrito como um trabalhador esforçado e homem cumpridor dos seus deveres, ele vai começando a ficar preguiçoso com o calor, a comida e a bebida do Rio de Janeiro.
Três anos depois, no entanto, o autor entrou para a história da literatura nacional com a publicação de O Mulato, livro que marcou o início do movimento naturalista no Brasil. Na obra, eram evidentes as questões raciais e a postura abolicionista de Aluísio Azevedo.
Muitos estudiosos referem que o personagem principal é precisamente o cortiço, uma entidade coletiva, o que faz sentido à luz do Naturalismo, que valoriza mais o coletivo que o individual.
cidade do Rio de Janeiro
Os cortiços são um problema habitacional grave em diversos centros urbanos e não têm recebido a devida atenção dos órgãos públicos e da sociedade em geral. São espaços exíguos, aluguéis exorbitantes, situações de exploração e desrespeito ao locatário, insalubridade e insegurança nas instalações, entre outros.
O personagem principal da história é o cortiço, porque nele as ações acontecem de forma tão dinâmicas que o espaço ganha vida, como se fosse uma pessoa.
A obra é um texto narrativo, pois segue uma ordem cronológica: O tempo da obra é um tempo linear, consiste em inicio, meio e fim, aprece com esta linealidade lembrando que isto também é uma caracteristica do naturalismo. ...
zoomorfização
VerdadeiroFalsoÉ possível fazer uma comparação entre O Cortiço com um filme brasileiro de grande sucesso. Qual é esse filme? Tropa de EliteCidade de DeusSe Eu Fosse VocêOs PenetrasConferir respostas.
Aluísio Azevedo