Médica Assistente da Unidade de Arritmia, responsável pelo ambulatório de síncope e laboratório de avaliação autonômica do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Das síncopes cardíacas, é válido pontuar os sintomas clássicos da estenose aórtica: dor torácica, dispneia ao esforço e síncope. Suspeite de estenose aórtica em pacientes que apresentem achados semiológicos condizentes, como sopro ejetivo em foco aórtico de caráter mesossistólico (em diamante, crescendo-decrescendo), com irradiação para carótidas e que diminui com handgrip, ou ainda pulso carotídeo com caráter parvus et tardus.
Além desse tipo, também existem outras formas de síncopes neuromediadas com quadro clínico que podem te ajudar: as síncopes situacionais. Elas ocorrem durante ou logo após tosse, micção, defecação ou deglutição, por reflexos causados por essas situações (daí o nome situacionais).
Especialmente, o ponto da abordagem diagnóstica na emergência é afastar a hipótese de perda de consciência por causa cardíaca. Caso o paciente a apresente, investigação e tratamento mais importantes são necessários.
A estenose aórtica é uma causa comum e importante de perda de consciência em idosos. A síncope por estenose aórtica é vista apenas em pacientes com alto grau de estenose e submetidos a exercício físico, uma vez que há incapacidade em aumentar o DC frente às necessidades metabólicas aumentadas. Esteja atento aos sinais, valendo lembrar a tríade da estenose aórtica: insuficiência cardíaca, angina e síncope.
A hipersensibilidade ao seio carotídeo é mais comum em idosos, homens e naqueles com doença cardíaca isquêmica, hipertensão ou algumas doenças malignas de cabeça e pescoço.
As manifestações da síncope variam de acordo com a causa, mas há de se pontuar que a síncope em geral não possui um quadro muito característico. Dentre elas, as que mais nos chamam atenção em termos de quadro clínico são as síncopes vasovagais e as síncopes cardíacas.
O exame geral observa o estado mental do paciente, incluindo qualquer confusão ou hesitação, sugerindo um estado pós-ictal e quaisquer sinais de lesão (p. ex., contusão, edema, dor e mordida na língua).
Síncope é definida como uma perda da consciência e tônus postural, de caráter transitório, com rápida e espontânea recuperação, causada por hipoperfusão encefálica transitória.
A síncope que ocorre, geralmente, ao se assumir a posição ortostática (particularmente em pacientes idosos após repouso prolongado no leito ou naqueles que utilizam fármacos de certas classes) sugere síncope ortostática.
Se a etiologia benigna não está clara, dirigir e usar máquinas devem ser proibidos até que a causa seja determinada e tratada — a próxima manifestação de uma causa cardíaca não reconhecida pode ser fatal.
A síncope precipitada por estímulo físico ou emocional desagradável (p. ex., dor e medo), ocorrendo, geralmente, na posição em pé é, geralmente, precedida de sintomas de alerta mediados pelo vago (p. ex., náuseas, fraqueza, bocejos, apreensão, visão turva e sudorese) sugere síncope vasovagal.
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O posicionamento do paciente na horizontal, com as pernas elevadas tipicamente encerra o episódio de síncope se as doenças potencialmente fatais forem excluídas. Se o paciente sentar-se muito rapidamente, a síncope pode recidivar; a colocação do paciente na posição sentada ou seu transporte na posição ereta pode prolongar a hipoperfusão cerebral e impedir a recuperação.
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Associação comum é a de síncope vasovagal com lugares quentes e cheios, donde os pacientes são obrigados a ficar em pé por longos períodos. Você vai se deparar bastante com esse tipo de síncope caso atue como médico ou médica das forças armadas, em virtude dos treinamentos, formaturas e marchas, os quais exigem que os indivíduos fiquem em pé no sol por períodos mais prolongados.
Ainda, há diversos achados que podem sugerir síncope cardíaca no ECG, e, por conseguinte, investigações diagnósticas mais aprofundadas. Veja abaixo alguns achados que podem sugerir alterações cardíacas no paciente que sincopou.
Outra causa comum em idosos é a síncope ortostática por uso inadequado de diuréticos. O paciente comumente é cardiopata em uso dessas medicações, mas o faz irregularmente ou seguindo um esquema terapêutico inadequado. Isso leva a depleções de volume no curto prazo e alterações indesejáveis no tônus simpático a médio e longo prazo, gerando a perda de consciência.
O retorno venoso pode ser reduzido por hemorragia, aumento de pressão intratorácica, de tônus vagal (que também pode diminuir a frequência cardíaca) e perda do tônus simpático (p. ex., por fármacos, pressão no seio carotídeo e disfunção autonômica). A síncope que envolve esses mecanismos (exceto por hemorragia), geralmente, é denominada vasovagal ou neurocardiogênica, sendo comum e benigna.
Verifique mais sobre a abordagem diagnóstica da síncope em nosso texto detalhado sobre o tema.
Publicou artigos científicos sobre saúde sexual e reprodutiva e sobre a abordagem do alcoolismo na adolescência. Da mesma forma, colaborou em trabalhos científicos da Direção de Saúde Mental e Dependências do Ministério da Saúde da Argentina .
A avaliação deve ser realizada o mais cedo possível após o evento. Quanto mais remoto for o evento da síncope, mais difícil será o diagnóstico. A informação de testemunhas é bastante útil e obtida com mais precisão o mais cedo possível.
Os principais tipos de Sincope (desmaios) são: Cardíaca, Cardiovascular e Vasovagal.
A síncope vasovagal geralmente é precedida por pródromos (enjoo, mal-estar, palidez, sudorese, calor, visão embaçada, desequilíbrio). Já os desmaios de causa cardíaca não apresentam pródromos e podem ser precedidos por palpitações.
O desmaio, que cientificamente é conhecido por síncope, é a perda da consciência que leva à queda e, geralmente, antes de desmaiar surgem sinais e sintomas, como palidez, tontura, suores, visão turva e fraqueza, por exemplo.
Quais são os primeiros socorros para desmaio?
Se a pessoa estiver dormindo durante as primeiras duas horas após o trauma, o acesso ao seu nível de consciência fica indisponível. Ou seja, não existe nenhum risco de o quadro piorar, mas o médico talvez não obtenha informações importantes para estabelecer a gravidade da lesão.
As convulsões podem ser desencadeadas por diversas situações, sendo as principais: