Assim, o MHC representa o conjunto de genes responsável por codificar as moléculas de histocompatibilidade em uma determinada espécie, sendo chamado no ser humano de sistema HLA (Human Leukocyte Antigen) (1).
Tais genes são divididos em três principais categorias: MHC classe I (equivalente ao HLA A, B e C em humanos), MHC classe II (HLA DP, DQ e DR em humanos) e MHC classe III, que inclui componentes do sistema complemento (Boulanger&Shatz, 2004).
3.
Rejeição hiperaguda Caracteriza-se por disfunção súbita e irreversível do enxerto, minutos a horas após revascularização, com oclusão trombótica da microvasculatura, ao que se segue infiltrado neutrofílico e hemorragia no miocárdio.
A rejeição crônica é caracterizada por vasculopatia, principalmente uma arteriosclerose acelerada, que leva a oclusão arterial, causando dano isquêmico.
Os sintomas de rejeição variam dependendo do órgão transplantando e quando ocorre a rejeição. Se a rejeição ocorrer logo após o transplante, os sintomas são febre, calafrios, náusea, cansaço e mudanças bruscas da pressão arterial.
Existem três tipos de rejeição: hiperaguda, aguda e crônica (ABTO, 2003). A rejeição hiperaguda acontece devido a rejeição dos anticorpos IgA contra a classe I HLA no órgão transplantado, ocorrendo minutos ou dias após o transplante.
A rejeição de transplante ocorre quando o sistema imunitário do receptor ataca o órgão ou tecido transplantado. A resposta imune protege o corpo contra substâncias potencialmente nocivas ("antígenos"), como micro-organismos, toxinas e células cancerígenas.
Na verdade, os linfócitos T são os pivôs na rejeição dos transplantes, e muitos dos conhecimentos sobre a fisiologia e função das células T advêm dos estudos dos transplantes. A resposta alogênica pode ocorrer de duas maneiras distintas, porém não mutuamente exclusivas.
A medula óssea desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas, pois é lá que são produzidos os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, nos defendem das infecções.
Várias citocinas estão implicadas na rejeição do enxerto intestinal, uma vez que o processo da rejeição corresponde ao mecanismo inflamatório. As pró-inflamatórias incluem fator de necrose tumoral-a (TNF-a) e interleucina-1 (IL-1)(3).