Poeta
Cordisburgo, Minas Gerais
19 de novembro de 1967
Guimarães Rosa foi um dos principais representantes do regionalismo brasileiro, característica da terceira fase do modernismo. Com uma linguagem fiel à popular, o escritor conseguiu inovar a literatura. Como atuou como médico e diplomata, Rosa começou a publicar seus textos mais tarde, apenas com 38 anos.
– Faz uso do ritmo, aliterações, metáforas e imagens para criar uma prosa mais poética ficando no limite entre a poesia e a prosa. – Temas envolvendo destino, vida, morte, Deus; – A língua falada no sertão está presente em sua obra (fruto de anotações e pesquisas linguísticas).
Quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia. O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
as frases lapidares de Guimarães Rosa utilizadas nos títulos das seções deste breve texto: "Quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia"; é tempo de desafios a todos, o que demanda esforços redobrados, inclusive na proteção da pessoa humana....
Mestre Guimarães Rosa
Leia a frase: “...o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia...” João Guimarães Rosa. Com a frase acima, Guimarães Rosa está dizendo que o importante é a travessia ou o processo.
Caio Fernando Abreu
“É junto dos bons que a gente fica melhor”, disse. Ao lado de Fernando Pessoa e Maquiavel, Guimarães Rosa figura entre os autores citados por Pereira em palestras proferidas dentro e fora da Serasa.
Trata-se de um dos grandes clássicos da literatura brasileira, obra-prima do ilustre Guimarães Rosa, escritor mineiro e um dos maiores autores nacionais.
"É junto dos bão que a gente fica mió." - João Guimarães Rosa.
Cordisburgo, Minas Gerais, Brasil
Tinha também paixão por aprender outros idiomas. Seus conhecimentos nesse campo impressionavam pela amplitude: falava fluentemente alemão, francês, inglês, espanhol, italiano e esperanto, além de um pouco de russo. Lia em sueco, holandês, latim e grego.
As obras de Guimarães Rosa estão inseridas na terceira geração modernista (ou no pós-modernismo). Devido a isso, e também a particularidades estéticas do autor, seus livros apresentam as seguintes características: Uso de termos arcaicos. Linguagem poética.
O sertão de Minas Gerais se tornou terra fértil no engenho criativo do médico Guimarães Rosa. Foi lá que ele colheu depoimentos, histórias e conheceu um vaqueiro, o Manuelzão guia de um universo repleto de elementos, uma jazida descoberta pelo garimpeiro certo.
Essa tentativa de configuração de enredos universalistas é auxiliada pela linguagem, que se torna um recurso altamente expressivo. Nas palavras do próprio autor, “o idioma é a única porta para o infinito”, e, com o intuito de adentrar essa porta, Guimarães Rosa portou-se como um verdadeiro arqueólogo da língua.
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG), em 27 de junho de 1908. Filho de um pequeno comerciante, mudou-se para Belo Horizonte em 1918, para dar continuidade aos estudos. Formou-se em Medicina, em 1930, e exerceu a profissão em cidades do interior mineiro, como Itaúna e Barbacena.
Guimarães Rosa escreveu contos, novelas, romances. ... Rosa foi um estudioso da cultura popular brasileira. Sua obra que merece maior destaque e por ter sido a mais premiada, é “Grande Sertão: Veredas”, publicada em 1956 e traduzida para diversas línguas.
Sagarana
“Grande Sertão: Veredas” é uma narrativa do pós-modernismo brasileiro (geração de 45). Consiste em um longo diálogo/monólogo em que o protagonista, Riobaldo, velho jagunço que trocara a vida da jagunçagem pela tranquilidade da fazenda, narra a sua vida a um jovem doutor que chegou a suas terras.
Ler “Grande Sertão” depois de outra obra de Rosa também facilita o contato com o livro. “Você tem que se aclimatar ao novo código, ir lentamente entrando naquele universo linguístico. É um universo estranho a princípio, pois está ali uma língua que não existe em lugar nenhum. É uma alquimia verbal”.
O Parque Nacional Grande Sertão Veredas situa-se na divisa dos estados de Minas Gerais e Bahia, com sede localizada no município de Chapada Gaúcha. Possui uma área de 231.
Guimarães Rosa
1956
Diadorim se veste de homem justamente porque a condição feminina naquela época era complicada. Ela não podia se dedicar a explorar o sertão, como queria, porque apenas homens poderiam fazer isso.