A alergia ao frio é uma alérgica que ocorre imediatamente após o contato da pele com algum objeto frio, levando ao surgimento de sintomas como placas ou manchas vermelhas, coceira, inchaço e dor nas extremidades, como dedos dos pés e das mãos.
Por fim, é possível destacar uma lista de bons hábitos para quem sofre com a alergia ao frio, que podem amenizar os sintomas. Um ótimo exemplo, é se manter hidratado. Neste caso, além de beber bastante água, é importante também usar um hidratante para ajudar a combater as irritações na pele.
Para saber se você tem alergia ao frio, deverá consultar o seu médico para que ele possa diagnosticar seus sintomas, já que existem algumas condições que apresentam sintomas semelhantes, como por exemplo:
Evitar que a pele fique seca ajuda a aliviar a coceira, algo comum em quem sofre de urticária crônica. Uma sugestão é usar um creme hidratante sem fragrância várias vezes ao dia. 7
Esse tipo de reação é grave e pode colocar a vida em risco. Por isso, nesses casos, deve-se atendimento médico imediato ou o pronto socorro mais próximo. Veja como deve ser os primeiros socorros para o choque anafilático.
De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia em 2020, a urticária ao frio é a segunda forma mais comum de urticária induzida física (aquelas que são desencadeadas por um agente externo e causam lesões na pele), sendo mais frequente em mulheres entre 20 e 30 anos3.
Uma ideia pode ser tentar a dessensibilização. Esse é um processo que consiste em expor gradualmente o corpo a temperaturas mais frias para aumentar a sua tolerância3. Mas é importante destacar que essa tentativa só deve ser feita com acompanhamento médico, para evitar complicações.
1. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Cuidados com a Pele no Inverno. Disponível em: https://www.sbd.org.br/cuidados/cuidados-com-a-pele-no-inverno/. Acesso em 25 de maio de 2023.
Nesse cenário, há riscos de ocorrer uma reação generalizada, que leva à queda de pressão, perda de consciência e pode até colocar a vida em perigo. Essa é uma complicação chamada anafilaxia2. Nesse quadro pode ser necessário adotar um plano emergencial que inclui a prescrição de injeções de adrenalina para aliviar os sintomas3.
Após o período estipulado, se o(a) paciente apresentar vermelhidão e inchaço na área testada, sensação de coceira ou queimação, quer dizer que essa pessoa tem urticária ao frio.
A alergia ao frio pode ter origem genética ou ser adquirida ao longo da vida2.
Nos casos em que a alergia ao frio é acompanhada de sintomas graves, como inchaço da língua ou dos lábios ou dificuldade para respirar, por exemplo, o médico pode recomendar o uso de uma caneta de adrenalina (epinefrina) para que seja injetada imediatamente na pessoa assim que surgirem estes sintomas, pois podem colocar a vida em risco.
O tratamento para essa alergia, assim como qualquer outra, consiste especialmente em evitar o fator desencadeante, que nessa condição é o contato com o frio ou coisas geladas.
A caneta de adrenalina é indicada pelo médico para pessoas com alto risco de ter uma reação alérgica grave, devendo ter orientação do médico para os sinais de alarme e de gravidade que possam surgir, assim como a forma de usar esse remédio. Após uso da caneta de adrenalina é muito importante ir imediatamente ao hospital ou consultar o médico que receitou o seu uso. Saiba como aplicar a caneta de adrenalina.
Então, se você quiser saber como ter uma vida mais saudável e conhecer mais sobre a alergia ao frio, continue a leitura para sanar todas as suas dúvidas.
O Dr Andre Aguiar Gauderer é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 2004 e fez residência em Otorrinolaringologia pela UFRJ. Fez Pós-Graduação em Alergia e Imunologia pela UFRJ e estagiou no serviço de Alergia e Imunologia da Uni Rio. Atualmente é chefe do Serviço de Alergia da Policlínica de Botafogo no Rio de Janeiro. É membro da IAPO, Interamerican Association of Pediatric Otorhinolaryngology, membro da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia, membro da Sociedade de Otorrinolaringologia do estado do Rio de Janeiro, membro do Colégio Americano de Alergia e Imunologia e membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia.
Referências:
Sofro com alergia ao frio há quase 15 anos, hj em dia faço tudo com mais cautela, se vou entrar em piscina por exemplo não entro de uma vez, vou sentindo a temperatura, pois quase tive um choque anafilalático.
No geral, as doses regulares de anti-histamínicos convencionais provaram ser ineficazes no tratamento da alergia ao frio, porém altas doses de anti-histamínicos não sedativos podem ser eficazes, como por exemplo até 40 mg por dia de cetirizina.
O diagnóstico é feito a partir da avaliação clínica dos sintomas por um(a) especialista. Além disso, costuma-se aplicar um teste, no qual um cubo de gelo, devidamente envolvido em um saco plástico, é colocado na região interna do antebraço.
Outro cuidado válido é no momento do banho. Evite tomar banho com água fria, mas também é preciso cuidar para que a água não esteja muito quente. Busque encontrar um meio termo, já que os extremos também podem trazer problemas.
Uma das complicações da urticária ao frio é a anafilaxia, um quadro de alergia grave que pode levar o(a) paciente à morte. Para evitar que isso aconteça, portanto, é preciso fazer acompanhamento médico regular e seguir com as orientações médicas.