Ela faz isso graças a um coquetel de substâncias como adrenalina (que aumenta sua capacidade de concentração) e opioides endógenos (analgésicos da família da morfina, só que produzidos pelo próprio organismo), que bloqueiam o caminho da dor pelos nervos.
O cérebro é o órgão que recebe os sinais de dor captados pelo corpo, mas ele mesmo não tem terminações nervosas que captam a dor.
Ao recebermos um beliscão na pele tem-se que impulsos nervosos são enviados ao cérebro e devolvidos como resposta em dor. Vale salientar que isso ocorre em menos de segundos, ou seja, dá-se a sensação de algo automático.
Seja uma pancada, uma infecção causada por micro-organismos ou um corte na pele, quando algo de errado atinge o nosso corpo, sentimos dor. Isso acontece porque os nervos do local enviam uma informação ao cérebro, que estimula o córtex motor e gera a dor como reação.
A dor é uma sensação que se manifesta quando algo de errado ocorre em nosso organismo por meio de estímulos enviados pelos nervos ao cérebro e esse, por sua vez, envia os estímulos ao córtex motor para que esse libere alguma reação. A reação liberada pelo córtex motor é enviada para o local da dor por meio dos nervos.
“A dor é um sintoma fundamental, pois alerta o indivíduo para a necessidade de assistência médica, que algo está errado e precisa ser verificado", explica Marucia Chacur, professora e pesquisadora do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo).
A cólica menstrual é uma sensação de dor do tipo cólica na região mais baixa do abdome que se associa à menstruação, podendo surgir junto ou pouco antes do sangramento. A sensação de dor ocorre devido às contrações uterinas mediadas por algumas substâncias inflamatórias (as prostaglandinas).
A cólica menstrual ou dismenorreia é uma dor na região pélvica que aparece um pouco antes ou junto com a menstruação e pode variar de intensidade. Em alguns casos ela pode ser tão forte que incapacita as mulheres de seguir com suas rotinas, podendo causar até mesmo transtornos gastrointestinais e cefaleia.
Por mais que você não costume sofrer muito com as cólicas menstruais, certamente, em algum momento da vida, já pensou que fosse morrer por causa delas (sem drama, claro).
A cólica fora do período menstrual pode ser bastante incômoda e ter diversas causas, sendo normal durante a ovulação ou no início da gravidez, no entanto pode também ser indicativo de doenças como endometriose, mioma ou doença inflamatória pélvica, principalmente se acontecer com frequência ou todos os meses.
Alguns sinais, como dor no útero, corrimento amarelado, coceira ou dor durante a relação podem indicar a presença de alterações no útero, como cervicite, pólipos ou miomas.
Cólicas que se iniciam antes de menstruar e que duram por todo período de sangramento não devem ser consideradas normais. Mais ainda se vierem acompanhadas de alteração no hábito intestinal (como intestino solto ou dor para evacuar). Isso pode ser endometriose e deve ser devidamente pesquisado pelo médico.