O idealismo é uma corrente filosófica que está presente na filosofia desde a Antiguidade Clássica. De acordo com essas teorias metafísicas, o mundo é fundado a partir de elementos mentais, metafísicos. Desse modo, a realidade, tal como a conhecemos, é assentada na imaterialidade. Conheça as características e os principais filósofos idealistas.
Platão, discípulo de Sócrates e um dos filósofos mais importantes da Antiguidade Clássica era um pensador idealista. Para ele, o mundo era dividido em duas naturezas: o mundo sensível e o mundo ideal. De acordo com Platão, o mundo sensível, também conhecido por mundo das sombras, é uma cópia imperfeita do mundo das ideias.
Barkeley fala de espiritualidade. Ele afirma que existe apenas a subjetividade humana, sendo a realidade uma mistura do que é com interpretação daquilo. Para o pensador, a matéria são ideias trocadas entre Deus e os humanos.
Nessa matéria, vimos que o idealismo é a corrente filosófica que considera a primazia da ideia e tem, como principal representante, o filósofo alemão, Hegel. Gostou do tema? Conheça outra corrente filosófica, a Fenomenologia.
Em termos gerais, o Idealismo é caracterizado por considerar que as ideias constituem uma realidade única ou mais perfeita, dependendo do tipo de Idealismo a que pertença. Ao mesmo tempo, apenas a mente (e, em alguns casos, o espírito) tem acesso a esta realidade única e verdadeira.
O ser humano não tem acesso a estes universais por meio de nenhum dos seus sentidos, mas pode concebê-los, pode inteligir. Nisso se diferenciam dos “particulares”, perfeitamente tangíveis, que são os objetos ao nosso redor e constituem uma cópia da forma original universal, ou seja, uma cópia das ideias.
Logo, a partir disso entende-se que a realidade é aquilo que conhecemos na ideia. A abordagem da razão subjetiva, portanto, é válida para qualquer pessoa, espaço e tempo. Apesar dessa relação com a antiguidade, o idealismo recebeu influência modernista e é uma das correntes mais importantes desse período.
No idealismo, a mente é considerada como a fonte primordial do conhecimento. Através da razão e do pensamento, é possível acessar as ideias e compreender a realidade. A experiência sensorial é vista como secundária e limitada.
Outra característica comum a todas as formas de Idealismo é considerar que as ideias, a consciência, o intelecto ou o espírito estão sempre em uma graduação maior de perfeição do que o mundo material. Este é considerado, de forma geral, como uma cópia ou degradação do mundo ideal. Em alguns casos, inclusive, é apenas uma projeção ou invenção da mente.
Portanto, as filosofias idealistas tem o foco em idealizar a realidade, dessa forma, deixando de lado as considerações práticas. Sendo assim, existem várias vertentes desse mesmo pensamento:
Ao Idealismo platônico, seguiu o neoplatonismo. Este, que foi uma escola filosófica que se desenvolveu entre os séculos I e V. Tanto o platonismo como o neoplatonismo são formas de um Idealismo transcendental, pois acreditam que a realidade verdadeira está além do alcance do mundo físico, em um plano existencial cujo acesso é obtido somente de maneira parcial e por meio do intelecto ou nôus (como se o chama em grego antigo). Alguns acadêmicos, no entanto, sugerem que o Idealismo platônico original pode ser entendido como um dualismo metafísico devido à sua teoria das duas realidades ou, pelo menos, constitui certa forma de Idealismo objetivo.
A única forma de se obter conhecimento verdadeiro é, para Platão, no mundo das ideias, em que o conhecimento é concebido intelectualmente. Ou seja, conhecer as ideias e as formas é o único jeito válido de se chegar à verdade. Quanto aos sentidos, Platão enuncia que eles não são confiáveis e, portanto, qualquer percepção que provenha dos sentidos é, na verdade, a cópia de uma ideia.
Em um primeiro momento do idealismo alemão com Kant, o postulado era de que a “coisa-em-si” era incognoscível, ou seja, não era passível de conhecimento. O que se podia conhecer eram as representações da coisa-em-si no mundo. A partir do século XIX, os pós-kantianos deixam de trabalhar o conceito de coisa-em-si e se concentram no conceito de razão e racionalidade.
No vídeo do canal do professor Mateus Salvadori, você poderá entender os conceitos da filosofia de Fichte, a partir das ideias do Eu Puro e como esse conceito se relaciona com o idealismo fichteano. Além disso, mostra a diferença do sujeito em Fichte e em Kant.
A divergência entre os idealistas e os materialistas consiste em definir qual é a natureza desse princípio incausado. Para os materialistas, a matéria é o elemento eterno, que sempre existiu e deu origem ao mundo. Para os idealistas, a ideia, o espírito ou uma deidade que é o princípio incausado. É, portanto, da ideia que surge o mundo e a materialidade do real.
Outro filósofo importante para o idealismo foi Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Hegel desenvolveu uma filosofia do espírito absoluto, em que a realidade é vista como um processo dialético de contradições e superações. Segundo Hegel, a história humana é impulsionada pelo conflito entre ideias opostas, que se resolvem em uma síntese superior.
O idealismo é uma corrente filosófica que defende e é baseada na subjetividade. Acredita-se que o início dessa escola de pensamento está na Grécia Antiga, especialmente em Platão. O filósofo discorria sobre a existência do mundo das ideias, que seria o verdadeiro mundo firmado na razão. Enquanto o mundo que vemos é apenas uma extensão imperfeita deste outro.
Assim, os objetos são o resultado do trabalho conjunto da sensibilidade (que oferece “o dado” a ela pelo noúmeno) e a razão (que usa diferentes categorias “aplicadas” pelo sujeito para unificar a multiplicidade sensível percebida).