O primeiro a acontecer foi o exílio dos israelitas do reino do norte (Samaria) efetuado pelos assírios, que é conhecido como cativeiro assírio. Ele ocorreu em duas fases, a primeira em 734 a. C. sob Tiglate-Pileser III (2 Reis 15:29). Logo após, em 722 a. C., sob Salmaneser e seu sucessor, Sargão II, quando a cidade de Samaria foi destruída e o reino do norte deixou de existir (2 Rs 17:5-6).
Para quem argumenta que as datas não se encaixam com exatidão, é necessário entender que o número 70 possui um peso simbólico muito grande, ou seja, não se deve interpretá-lo apenas como uma simples cronologia.
[…] Nos versículos restantes dessa porção, o Eterno promete trazer desgraças sobre a nação de Israel daquele tempo devido a infidelidade deles para com Ele. E isso foi se cumprindo por etapas ao longo do tempo, tendo seu ápice acontecido no ano 586 AEC, quando Jerusalém foi finalmente destruída e mais pessoas foram levadas para o cativeiro na Babilônia. […]
Este vídeo do Rodrigo Silva também dá muitos detalhes a respeito deste período da história de Israel, e confirmar as informações trazidas neste estudo bíblico:
No quinto mês e no sétimo dia do mês que eles já estavam em cativeiro, veio um capitão da guarda chamado Nebuzaradã, ele era servo do rei da babilônia, ele foi para Jerusalém, chegando lá, ele:
[…] Na verdade a primeira tradução foi para o aramaico, o idioma que muitos judeus que retornaram do exílio babilônico e do assírio começaram a falar. O texto de Neemias 8:7-8 é uma das provas das traduções […]
Daí por diante o povo inclinou-se à idolatria e por isso à maldade, e vários outros reis idólatras também se levantaram, que abandonaram os caminhos de JAVÉ, Deus de Davi, e embora Seus profetas tentassem fazer o povo voltar para os caminhos dele, o povo tornou-se tão obstinado que não houve outro remédio para eles, a não ser sofrer a disciplina e o juízo com o cativeiro na Babilônia (2 Cron. 36:14-20).
No cativeiro, os judeus choraram com saudade de Jerusalém, choraram pelo Templo destruído, mas não choraram por terem se esquecido da Palavra do Senhor. Eles oraram pedindo vingança, mas não oraram pedindo perdão (Sl 137:5-9).
O período que envolve o pré-cativeiro, o cativeiro e o pós-cativeiro foi marcado por uma grande atividade literária, onde notáveis profetas do Senhor se destacaram, como: Habacuque, Ezequiel, Jeremias, Obadias, Daniel, Zacarias e Ageu. Foi nesse período também onde surgiu o conceito de sinagoga.
Ele pregava que todo o Israel, além de outras nações, deveriam render-se ao rei da Babilônia (porque, através dele, JAVÉ estava disciplinando seu povo devido à sua rebeldia e iniquidade – vide Jr 28:14), e por isso foi tratado até como traidor do povo de Deus (Jr 37:6-15; 38:1-6).
O exílio dos judeus na Babilônia se deu, principalmente, por sua rebeldia e apostasia frente aos mandamentos de Deus. Os judeus se afastaram e se esqueceram de Deus, ignorando também os profetas que anunciaram o arrependimento.
Portanto, o exílio só pode ter começado depois dessas datas, então tudo indica que iniciam-se os 70 anos em 586, quando Jerusalém é completamente tomada e seu templo destruído.
Contemporâneo a isso, também precisamos destacar que o profeta Jeremias, e seu escriba Baruque, foram também levados, juntamente com um grupo de judeus, para longe de Judá, na ocasião, para a terra do Egito. É verdade também que Jeremias foi levado contra sua própria vontade.
Na história do povo de Israel, existem várias ocasiões em que os hebreus estiveram longe de sua terra. Se considerarmos o período que ficaram no Egito como um tipo de cativeiro, já que não tinham permissão para partirem, então desde antes de se estabelecerem na Palestina os israelitas já experimentaram essa realidade.
O Salmo 137, ao mesmo tempo em que relata a tristeza dos judeus no cativeiro babilônico, também mostra o quão distante eles estavam da presença de Deus, a ponto de nos revelar que o grande lamento daquele povo era por sua adorada Jerusalém e não por estarem arrependidos pela desobediência aos mandamentos do Senhor.
Desde muito antes das grandes quedas frente à Assíria e a Babilônia, alguns hebreus já eram levados cativos em algumas situações. Um exemplo disto é a própria invasão do Faraó Sisaque a Palestina em aproximadamente 930 a.C. (1Rs 14:25-28).