Ademais, a dor é percebida no cérebro em grande parte pelas mesmas áreas que processam as emoções, ou seja, as mesmas áreas que nos fazem sentir tristeza, medo e sensação de ameaça. Ela está intimamente ligada à depressão, sendo causa e consequência da mesma.
O cérebro é o órgão que recebe os sinais de dor captados pelo corpo, mas ele mesmo não tem terminações nervosas que captam a dor.
O fenômeno sensitivo doloroso é a transformação dos estímulos ambientais em potenciais de ação que, das fibras periféricas, são transferidos para o Sistema Nervoso Central (SNC). Todo estímulo intenso, exceto o vibratório, de qualquer modalidade energética, poderá produzir dor.
A definição amplamente aceita da dor foi elaborada pela Associação Internacional para o Estudo da Dor: "A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão tecidular real ou potencial, ou é descrita em tais termos."
“A dor é um sintoma fundamental, pois alerta o indivíduo para a necessidade de assistência médica, que algo está errado e precisa ser verificado", explica Marucia Chacur, professora e pesquisadora do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo).
A dor é um tipo de sensação que é muito importante para a sobrevivência. Ou seja, a dor é uma forma de sinalizar traumas e perigo, tanto ambiental como endógeno. É uma sensação de defesa.