As vestimentas mais comuns aos índios brasileiros “não civilizados” ou com pouco contato com a sociedade são a tanga, o saiote ou os cintos que lhes cobrem o sexo, feitos de penas de animais, folhas de plantas, entrecasca de árvores, sementes ou miçangas. ... Os índios brasileiros usam muitos adornos e pinturas corporais.
Os índios têm um jeito bem característico de se vestir e se enfeitar. Penas na cabeça, saias, pinturas corporais e colares estão entre os adornos que os próprios índios confeccionam e utilizam no dia-a-dia. ... A vestimenta dos índios sofre influência da natureza e das estações do ano.
Um dos costumes que os Pataxós conservam é o grafismo usado na pintura corporal. Essas pinturas, quando usadas em seus rituais sagrados, contam a história do seu povo. ... Para os índios Pataxós, através do canto e da dança eles estabelecem a comunhão com a natureza, com as energias da terra, do fogo, da água e do ar.
Eis porque os missionários impunham roupas aos índios. Inspirados pelas “descobertas”, vários tratados sobre indumentária e costumes foram então escritos na Europa. A idéia era a de que se cobrissem os nus, retirando-lhes as armas da sedução.
Por que índio não tem barba? * Os índios fazem parte da etnia dos mongoloides, na qual uma das principais características do grupo é a ausência de pelos no corpo, inclusive no rosto. Assim, os índios brasileiros somente herdaram de seus ascendentes, os grupos asiáticos, que também têm poucos pelos.
Mesmo vestindo "roupas de branco" e consumindo, em sua maioria, produtos manufaturados pela indústria brasileira, os Guarani persistem em sua projeto cultural alternativo. No qual os principais problemas são a luta pela terra e subsistência.
No Brasil, os guaranis vivem nos estados brasileiros do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina e Tocantins. Somente no País, há 57 mil pessoas, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os indígenas que falam o tupi-guarani estão concentrados principalmente na região Norte e no litoral sul do Brasil.
Esses grupos reconhecem a origem e proximidade histórica, linguística e cultural e, ao mesmo tempo, diferenciam-se entre si como forma de manter suas organizações sociopolíticas e econômicas. Os grupos guarani que hoje vivem no Brasil são: ... Avá Guarani, denominados no Brasil Ñandeva.
A maior concentração de índios da tribo Guarani no Paraná está concentrada em Espigão do Alto Iguaçu, Chopinzinho e Coronel Vivida. Há indícios de que a tribo chegou ao estado há mais de 2 mil anos.
No Paraná vivem mais de 10 mil índios que pertencem a dois povos distintos: os Kaingang, da família lingüística Je e os Guarani, da família lingüística Tupi-guarani. Vivem alguns sobreviventes do povo Xetá que desapareceu na década de 60.
Os Guarani vêm seu mundo como uma região de matas, campos e rios, como um território onde vivem segundo seu modo de ser e sua cultura milenar. Do território tradicional, historicamente ocupado pelos Guarani, que se estende por parte da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, os Guarani ocupam hoje apenas pequenas ilhas.
Terras indígenas
No Estado do Paraná existem atualmente três etnias indígenas: Guarani, Kaingang e Xetá. A grande maioria vive nas 17 terras indígenas demarcadas pelo governo federal, onde recebe assistência médica, odontológica e educação diferenciada bilíngüe.
O primeiro é formado por cinco famílias e vive em uma aldeia encravada na Reserva Biologica Bom Jesus, uma área com 342 quilômetros quadrados localizada na região próxima a Guaraqueçaba, no Litoral do Paraná.
A presença mais forte no estado, considerando-se as áreas de reservas já demarcadas, é da etnia Guarani, grupo do tronco linguístico Tupi-Guarani, presente em 16 das 24 terras indígenas. Os Kaingang, pertencentes a família linguística Jê, aparecem logo em seguida, com presença em 14 áreas.
Os Povos Indígenas têm direito a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária, conforme define a legislação nacional que fundamenta a Educação Escolar Indígena.
Historicamente, a educação indígena esteve ligada à catequese dos índios, apaziguando-os, tornando-os dóceis e submissos às necessidades do colonizador. Ensinava-se a língua portuguesa, desconsideravam-se os mitos, as crenças, os hábitos indígenas, e as aulas eram ministrados por professores brancos.
231 da Constituição Federal de 1988, direito originário dos povos indígenas, cujo processo de demarcação é disciplinado pelo Decreto n.º 1775/96.
Funai
Terra Indígena (TI) é uma porção do território nacional, a qual após regular processo administrativo de demarcação, conforme os preceitos legais instituídos, passa, após a homologação por Decreto Presidencial para a propriedade da União, habitada por um ou mais comunidades indígenas, utilizada por estes em suas ...
A demarcação de uma terra indígena tem por objetivo garantir o direito indígena à terra. Ela deve estabelecer a real extensão da posse indígena, assegurando a proteção dos limites demarcados e impedindo a ocupação por terceiros.
A demarcação de terras indígenas contribui para a política de ordenamento fundiário do Governo Federal e dos Entes Federados, seja em razão da redução de conflitos pela terra, seja em razão de que os Estados e Municípios passam a ter melhores condições de cumprir com suas atribuições constitucionais de atendimento ...
Resposta. Porque demarcação das terras indígenas visa proteger-los de possíveis invasões e ocupações por partes dos não índios.
A demarcação de terras indígenas tem como principal propósito possibilitar que as terras dos índios sejam preservadas. Assim, é prática muito comum a tomada das terras indígenas por parte de grandes latifundiários para exploração dos minérios da terra bem como a utilização das mesmas para atividades da agropecuária.
Porque se assemelha a uma UC (unidade de conservação), ou seja, este ambiente serve para conservar tanto a parte cultural como para preservar a vegetação nativa do meio onde os povos indígenas estão situados. Livrando de problemas antrópicos assim como a invasão de espécies animais e vegetais.
A demarcação de terras de comunidades tradicionais é importante para o reconhecimento do direito à terra e à preservação das culturas de cada um dos povos que vivem em áreas de florestas. Como exemplo de comunidade tradicional que tem o seu direito à terra preservado, podemos citar: os indígenas.
É um direito de todos os brasileiros a tutela do patrimônio dos povos indígenas e quilombolas. É uma forma de autoconhecimento da história nacional e proteção das manifestações culturais que compõem não apenas a identidade dessas comunidades, como também a identidade brasileira.