O atendimento do Sebrae é destinado a pequenos negócios. A empresa é de porte. Você está utilizando os serviços do Sebrae porque possui parcerias que atuam em benefício dos pequenos negócios?
Ou seja, como em 1990 o comércio eletrônico era praticamente inexistente, não havia nenhum tipo de legislação para ele, e para se evitar um vácuo jurídico, essa lei foi criada.
A lei é uma extensão do Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas com o foco nas negociações feitas pela internet. De maneira simples, podemos resumir como o conjunto de obrigações que e-commerces precisam seguir para ter uma atividade responsável, com foco no bem-estar do consumidor e que proteja os direitos dessas pessoas enquanto clientes.
De um modo geral, a Lei do E-commerce não traz exigências que possam dificultar empresas do setor a manter suas atividades. E como estamos falando de legislações, não há outro caminho a não ser a adequação. Como você viu, há os fatores positivos e as vantagens que podem ser aproveitadas por empresas que trabalham corretamente.
A lei é baseada em três pilares essenciais que devem ter toda atenção da gestão da loja virtual: informações sobre produtos, atendimento e trocas e devoluções. A seguir, explicamos um pouco mais sobre esses pilares e o que a Lei do E-commerce descreve sobre cada um deles.
Ou se não tivesse nenhuma forma de registro da empresa que está realizando a venda também.
A Lei do E-commerce é bastante clara quanto aos seus termos e isso não pode ser ignorado por quem deseja manter uma loja virtual que funcione adequadamente. Considerar esses fatores vai ajudar seu negócio a atender melhor o consumidor e se manter funcionando de maneira legal, o que é indispensável.
Isso é muito favorável para a imagem da empresa. Hoje, os consumidores têm acesso fácil às avaliações da sua empresa na internet. Sites como o Reclame Aqui mostram o número de reclamações que sua empresa tem e como o negócio lida com elas. Se seu e-commerce desrespeita os termos da lei, automaticamente também desrespeita o cliente.
O primeiro ponto a se investir é em um bom atendimento. Comece definindo quais serão os canais de contato que seu e-commerce vai oferecer. Se sua equipe é mais enxuta, ou você trabalha sozinho, reduza essas possibilidades. Um atendimento por e-mail pode ser o suficiente. Agora, se o time é grande, adicione WhatsApp, alguma rede social e até mesmo telefone, se for possível.
Vender online pode parecer muito fácil para a maioria dos empreendedores e, do ponto de vista operacional e técnico, realmente é. Mas isso não isenta de responsabilidade quem deseja se posicionar como uma empresa e conseguir faturar na internet. A Lei do E-commerce foi estabelecida para que essas atividades se tornarem mais seguras e qualificadas para todas as partes envolvidas.
A partir de agosto de 2021, as sanções para aqueles que não cumprirem as novas normas estabelecidas começaram a ser aplicadas, como forma de garantir que todos apliquem a lei.
A Lei do E-commerce é a principal legislação que rege o setor atualmente, mas ela não é a única lei que vai se aplicar em ambientes de lojas virtuais. Empreendedores precisam estar atentos a outras questões importantes voltadas para a proteção dos direitos do consumidor. Outras normas essenciais precisam ser conhecidas e seguidas por essas lojas virtuais, e mostramos quais são na sequência.
Você saberia diferenciar propriedade intelectual de propriedade industrial? Apesar de serem semelhantes, esses dois conceitos são coisas distintas e representam direitos diferentes, embora sejam dependentes um do outro. A propriedade intelectual garante que você tenha recompensa por suas criações. É um conceito ligado às invenções, relacionando-se com obras artísticas, literárias, científicas e marcas industriais, entre outros. A propriedade intelectual assegura, portanto, que nenhuma pessoa se aproprie da invenção/ideia como sendo sua. Ela é a soma dos direitos relativos a: Obras literárias, artísticas e científicas; Interpretações dos artistas intérpretes; Execuções dos artistas executantes; Fonogramas e emissões de radiodifusão; Invenções em todos os domínios da atividade humana; Descobertas científicas; Desenhos e modelos industriais; Marcas industriais, comerciais e de serviço; Firmas comerciais e denominações comerciais; Proteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico. Já a propriedade industrial é um dos ramos da propriedade intelectual e serve para proteger alguns tipos de propriedade. Ela protege o inventor/empresário em diferentes frentes, seja na criação e exploração de um produto inovador ou do próprio registro de marca do empreendimento. No Brasil, a propriedade industrial é regulamentada pela Lei nº 9.279/1996 – Lei de Propriedade Industrial (LPI) –, que visa garantir a exclusividade da exploração da propriedade industrial. Em 1970, o governo federal criou o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) com o objetivo de facilitar o registro da propriedade industrial. A autarquia federal é um órgão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, responsável por proteger os registros de: Marcas; Patentes; Desenho industrial; Indicação geográfica; Programas de computador; Topografias de circuitos; Averbações de contratos de franquias. Registro de marca e patente O registro de marca é um título emitido pelo Inpi que assegura a propriedade sobre a marca e o direito de utilizá-la com exclusividade no segmento de atuação em todo o Brasil. O registro protege uma marca de ser utilizada ou copiada por terceiros sem autorização. O registro de patente garante o título de propriedade temporária por período determinado sobre uma invenção ou novidade. O registro de uma patente existe para garantir que nenhuma outra pessoa aproprie-se de algo que você inventou. Também regulamentado pelo Inpi, esse tipo de registro é fundamental para todos os inventores que criaram qualquer tipo de produto que tenha possibilidade de aplicação industrial. Outros tipos de Propriedades Industriais Desenho industrial – resguarda uma forma plástica, o design de um produto. Tudo o que se referencia a características e tecnologia de um produto é salvaguardado pelo registro de patente. Segredo industrial – empresas que têm práticas, processos fórmulas e padrões como grandes diferenciais podem manter uma confiabilidade dos seus registros por meio deste tipo de proteção. Quando estes itens são obtidos como propriedade industrial e, consequentemente, como propriedade intelectual, a aquisição, difusão ou utilização sem permissão de qualquer uma das informações sigilosas torna-se ilegal. Indicação geográfica – garante que as qualidades ou características de um produto seja exclusivamente utilizado por produtores de uma região específica. Um exemplo é um queijo produzido pelos produtores da Serra da Canastra/MG), que pode utilizar o termo “queijo canastra” como uma forma de endossar a procedência do produto alimentício. A propriedade industrial é um método de proteção à criação de um inventor e/ou empreendedor. Realizar o registro de um produto, marca ou invenção, entre outros, não é obrigatório, mas extremamente recomendável para que nenhuma outra pessoa ou empresa utilize a criação de forma negativa, ao mesmo tempo garantia de que ninguém vá se apropriar dela. A propriedade intelectual e a propriedade industrial dependem uma da outra para existir e ambas são fundamentais para que se tenha segurança em qualquer produto, arte ou descoberta. Saiba mais: Inovação na Indústria 4.0 Impactos da IBT na ODS 4 - Educação de qualidade
Portanto, de maneira geral, qualquer comércio precisa conhecer os termos mais importantes do CDC. Esses pontos também vão valer, mesmo que estejamos falando de compras na internet.
A segurança do seu cliente precisa ser garantida no ambiente do seu e-commerce. Essas pessoas estão confiando à sua loja dados importantes de ordem pessoal e financeira. Isso é bastante comum e necessário atualmente, mas cabe à empresa garantir que todas essas informações ficarão devidamente protegidas durante essas trocas.
Basicamente, essa parte da lei visa exigir algumas práticas que garantam que o cliente tenha acesso com facilidade a todas as informações necessárias para que ele consiga realizar a sua compra com segurança.
Além de gerar mais segurança nas transações, e passar também mais confiança para o cliente, muitas das práticas presentes na lei, ajudam no ranqueamento das pesquisas no Google.