No começo do livro o personagem principal senta-se no Ônibus com um homem que lhe fica contando vários poemas, o principal, não da atenção apenas fica com uma cara fechada assim o poeta o chamou de dom casmurro
Fazendo um balanço da sua vida desde a separação, revela que passou bem e teve a companhia de várias mulheres, mas não se apaixonou por nenhuma do mesmo modo que amava Capitu, "talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e dissimulada”.
Por fim, após se separar da mulher e do filho, se torna um homem de “hábitos reclusos e calados”, solitário, amargurado, que passa a ser apelidado de Dom Casmurro pela vizinhança, com a qual não se relacionava.
Dom Casmurro é um romance de Machado de Assis, publicado em 1899. Narrado na primeira pessoa, conta a história de Santiago, o protagonista, que pretende "atar as duas pontas da vida", lembrando e revivendo o seu passado.
O enredo tem lugar no Rio de Janeiro de meados / final do século XIX. Sede do império desde a Independência em 1822, a cidade assistia à ascensão da burguesia e pequeno-burguesia carioca.
Embora a interpretação mais frequente seja aquela que aponta Capitu como culpada de adultério, a obra tem originado outras teorias e leituras. Uma das mais populares, e que pode ser facilmente suportada com elementos do texto, é a de que ela foi fiel ao marido. Assim, o adultério teria sido fruto da imaginação de Santiago, consumida pelo ciúme doentio.
Ao confrontar Capitu com o suposto adultério com Escobar, a reação da mulher é de surpresa. Ela sublinha que, apesar do seu comportamento possessivo, o marido nunca havia suspeitado da relação entre os dois: “Você que era tão cioso dos menores gestos, nunca revelou a menor sombra de desconfiança".
Em Dom Casmurro, o tempo da narrativa mistura presente (quando Santiago escreve a obra) e passado (a adolescência, o namoro com Capitu, o seminário, a amizade com Escobar, o casamento, a suposta traição e os conflitos que daí resultaram).
Partem para a Europa onde Capitu fica morando com o filho, acabando por morrer na Suíça. Santiago leva uma vida solitária, que lhe vale o nome de "Dom Casmurro" na vizinhança. Ezequiel, já adulto, vai visitar Santiago e confirma suas suspeitas: é praticamente igual a Escobar. Tempos depois, Ezequiel morre, assim como todos os familiares e amigos de Santiago, ele fica sozinho e decide escrever o livro.
Ezequiel Escobar e Santiago se conhecem no seminário e se tornam melhores amigos e confidentes. Como acontece com Capitu, no caso de Escobar a suspeita também surge desde o início: embora seja descrito como um bom amigo, o narrador aponta que tinha "olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, como os pés, como a fala, como tudo” e que “não fitava de rosto, não falava claro”.
O narrador-protagonista passa por diferentes fases da sua personalidade ao longo do tempo, simbolizadas pelo modo como é chamado pelos outros. Na adolescência é Bentinho, um garoto inocente que se descobre apaixonado e dividido entre a vontade da mãe (o sacerdócio) e os desejos da namorada (o casamento).
Justina, prima de Glória e Cosme, é apresentada como uma mulher "do contra". É a primeira a questionar a ida de Bentinho para o seminário, por achar que o menino não tem vocação.
Mãe do protagonista, uma viúva ainda jovem, bonita e de bom coração. Durante a adolescência de Bentinho, vivia dividida entre a vontade de ter o filho por perto e a promessa que tinha feito durante a gravidez. Começando por ser um obstáculo no romance dos adolescentes, Dona Glória acaba apoiando a união dos dois.
Já depois da saída do seminário e de concluir os estudos, casa com Capitu e começa a ser chamado de Santiago. Aqui, já não é mais tratado e encarado como menino: é advogado. marido, pai. Totalmente dedicado à família e apaixonado até à obsessão por Capitu, começa a demonstrar, gradualmente, indícios de desconfiança e ciúme.
Ezequiel parece não lembrar dos motivos da separação e trata Santiago como pai, com carinho e mostrando saudade. Embora tente ignorar as semelhanças físicas, o narrador não consegue:
Um ano depois da morte de Escobar, Santiago continuava casado com Capitu, embora a dúvida acerca da traição fosse se transformando em certeza. Sua raiva aumentava e gerava uma sede de vingança que o narrador não procura esconder, com afirmações como “eu jurava matá-los a ambos”.
Aos dezessete anos, Bentinho consegue sair do seminário e começa a estudar direito, concluindo o bacharelato aos vinte e dois. Nessa altura, casa com Capitu e seu amigo Escobar casa com Sancha, amiga de infância da noiva de Santiago. Os dois casais são muito unidos. O narrador tem um filho com a mulher a quem dá o primeiro nome de Escobar: Ezequiel.
a) O “primeiro ímpeto” mencionado pelo narrador cor- responde à sua vontade de suicidar-se ao beber o café envenenado. b) O “segundo impulso” seria criminoso porque o nar- rador, desistindo de suicidar-se, pensou sugerir ao filho que tomasse o café envenenado, o que poderia justificar a sua designação de assassino.
Mas Bentinho estava predestinado a ser padre. Bentinho tentava conversar com a sua mae falando que seria qualquer coisa que a mae quisesse menos padre, mesmo sendo uma carreira bonita não tinha vocação! Bentinho por varias razões prometia que ia rezar mil Padre-Nossos e mil Ave-Marias como promessa.
Sancha: companheira de Colégio de Capitu, que mais tarde casa-se com Escobar. Ezequiel: filho de Capitu e Bentinho. Tem o primeiro nome de Escobar. Quando pequeno, imitava as pessoas.
Bentinho escuta uma conversa entre José Dias e dona Glória: ela pretende mandá-lo ao seminário no cumprimento de uma promessa feita pouco antes de seu nascimento. A mãe, que já havia perdido um filho, prometera que, se o segundo filho nascesse “varão”, ela faria dele padre.
CAPITU (Giovanna Antonelli) Apaixona-se por Fred (Luigi Baricelli), e os dois lutam para ficar juntos, enfrentando as artimanhas e maldades de Maurinho (Luiz Nicolau), pai do filho de Capitu, e de Orlando (Henri Pagnoncelli), seu ex-cliente.
Alguns atores, que na época eram crianças, hoje se tornaram adultos, como é o caso de Bruninho, filho de Capitu – interpretada por Giovanna Antonelli. Entretanto, o bebê não era vivido apenas por um ator, mas sim por duas crianças, os gêmeos Natã e Andrey Beltrão, que se revezavam no papel.
Na reta final de Laços de Família, Capitu acaba cedendo às investidas de Orlando (Henri Pagnoncelli) e aceita se casar com o magnata. ... Capitu ficará horrorizada com a tragédia, mas, ao mesmo tempo, aliviada por ter se livrado de dois estorvos de uma vez.
Carla Diaz