porque de alguma forma,o corpo precisa de informações nutricionais para se manter em equilibrio,de acordo com o conhecimento da saúde,dormir é um bom estado para se ter uma mente em manutenção.
Silva, L. B., & Gondin, S. M. G. (2019). Escala de trabalho emocional: adaptação e evidências de validade. Estudos de Psicologia, 36, 1-13. doi:10.1590/1982-0275201936e170065. [ Links ]
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A importância da energia indica que o autocontrole é uma forma de comportamento intrincado e biologicamente vantajoso, sugerindo que os seres humanos criam e sustentam fisicamente grupos interpessoais complexos, do qual fazem parte, além de sistemas culturais. Desse modo, boa parte do processo de socialização que estimula o desenvolvimento cognitivo do controle depende de aspectos evolutivos, fisiológicos e cognitivos e de treinamento do autocontrole com base nas regras do grupo e nas expectativas sociais. No modelo Top-down, o esforço para manter um agenciamento das emoções e dos pensamentos pelo desenvolvimento do autoconhecimento e pelo monitoramento constante das respostas e dos objetivos, ainda que seja interior ao Self, pode ser visto também como socialmente mediado. As perguntas sobre como gerenciar as emoções - se devem ser atendidas ou ignoradas, valorizadas ou suprimidas - dependem das respostas de cada cultura. Há, no entanto, um tema comum entre as culturas: é preciso exercer alguma medida de controle, no caso cognitivo, sobre as emoções (Gross, 1998).
Consideramos importante uma discussão histórica e conceitual, porque problemas teóricos, como o da definição da mente e do self, em geral, não são elucidados e, comumente, são confundidos com palavras similares. Esse é o caso da palavra mente sendo utilizada como sinônimo de consciência, atenção, razão etc., o que pode ser observado, igualmente, na definição do termo self que, predominantemente, é relacionado à razão/consciência, mas, por vezes, é visto como pertencente ao corpo de modo secundário e incontrolável. Em pouco mais de um século de existência, a Psicologia continua encontrando os mesmos problemas na tarefa de definições conceituais que indiquem um objeto de estudo e, consequentemente, na sua busca por cientificidade. Entretanto, a partir da Psicologia Cognitiva (processamento de informação - modelo da "caixa-preta"), a Psicologia tem sido caracterizada como o estudo da mente (Teixeira, 2000).
A dificuldade em compreender como uma coisa não-física, como a mente, pode ter qualquer interação causal com um corpo físico sugere uma quarta conclusão: as coisas não-físicas não podem interagir causalmente com as coisas físicas.
A partir dessa perspectiva de compreensão sobre a resposta emocional, da fisiologia à percepção do outro, do interno ao externo, de modo circular, redefinimos a Regulação Emocional: um processo que tem início nas sensações corporais e que se integra paulatinamente à medida que se associam sentidos da experiência em variados níveis, pessoais e sociais, o das sensações e o das elaborações cognitivas, podendo seguir o fluxo da experiência de modo imprevisível, pela sensação sentida com o outro, e/ou se dirigir para o alcance de uma determinada meta (autorregulação/autocontrole), sendo, portanto, vivida nos contextos relacionais (Ponciano, 2016; 2017; 2019). Essa redefinição respalda a necessidade da articulação, para a compreensão da experiência emocional e de sua regulação, a partir de uma perspectiva de complexidade que considera como relevantes todos os elementos envolvidos.
Vignemont, F. (2014). Shared body representations and the 'Whose' system. Neuropsychologia, 55, 128-136. doi:10.1016/j.neuropsychologia.2013.08.013. [ Links ]
Nesse sentido, Damásio (2011) complementa essas reflexões com uma definição complexa sobre a mente consciente, que é fruto de um processo biológico evolutivo, surgindo a partir da relação entre cérebro, corpo físico e meio ambiente, ou seja, descreve três etapas evolutivas do Self em uma perspectiva desenvolvimental, a saber: o Protosself, o Self central e o Self autobiográfico. A origem da mente está associada ao momento em que um processo do Self é adicionado a um processo mental básico, isto é, uma coleção dinâmica de processos neurais integrados centrada na representação do corpo vivo que encontra expressão em uma coleção dinâmica de processos mentais conectados.
Esse fluxo está tanto no interior quanto no meio ambiente e no entre as coisas, caracterizando-o como constantemente aberto e incompleto, tornando a Mente e o self formas distintas da organização desse fluxo de energia e de informação. Desse modo, definimos o self como estruturado no corpo físico em camadas filogeneticamente relacionadas enquanto definimos a mente como apoiada nessa filogenia, mas constituída para além do corpo físico, ou seja, relacional e situacional (Gendlin, 1992; 2006; Siegel, 2018).
O corpo, por sua vez, tem características exatamente contrárias: é físico, ocupa lugar no espaço, está sujeito às leis da natureza e, com o passar do tempo, vai degenerando até que deixa de existir.
Norman, G. J., Berntson, G. G., & Cacioppo, J. T. (2014). Emotion, somatovisceral afference, and autonomic regulation. Emotion Review, 6(2), 113-123. doi:10.1177/1754073913512006. [ Links ]
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