A uma hora de distância de Tel Aviv, a cidade de Jerusalém é uma das zonas mais simbólicas do planeta. Independentemente da devoção ou fascínio pela religião, vale a pena visitar a cidade onde identidade cultural se confunde com identidade religiosa.
Caso tenha só um dia e vindo de Tel Aviv (cidade para onde há voos diretos de Portugal), a melhor forma de fazer a deslocação até Jerusalém é de autocarro. A frequência horária é de 15 minutos.
Seja por uma noite ou mais, há alguns sítios chave onde pernoitar, de modo a estar mais próximo das principais atracções. Um deles é mesmo dentro da parte velha da cidade (old city). Esta poderá ser a solução ideal para quem está apenas uma noite e pretende visitar o máximo de monumentos possível num curto espaço de tempo.
Também conhecido como Western Wall (Muro Ocidental), o Muro das Lamentações é um expoente religioso e turístico, sobretudo para os judeus. Na verdade, o lugar considerado sagrado é do lado este do muro (o Monte do Templo), onde está o Santíssimo Lugar. Contudo, devido a restrições de entrada no monte, os judeus acabam por ter como lugar mais próximo o Muro das Lamentações.
Mas nem tudo é sagrado. Jerusalém é uma metrópole cosmopolita e até boémia, sendo que tem uma agitada vida nocturna. Atraindo milhões de turistas todos os anos e de todas as religiões, a cidade apresenta uma oferta cultural e gastronómica de grande variedade.
Neste monumento cristão, o ambiente, através das práticas seculares dos visitantes, já é religiosamente mais denso do que, por exemplo, na Via Dolorosa. Historicamente sinalizado como o lugar onde Jesus terá sido crucificado, sepultado e ressuscitado, o turismo religioso cristão atinge talvez o expoente na Igreja do Santo Sepulcro.
A Via Dolorosa, ou Sacra, encontra-se no rendilhado labiríntico da parte velha de Jerusalém. Para entrar no xadrez, aconselhamos o uso de uma app de navegação a pé, seja o google maps ou o maps.me. Isto é importante porque as ruas são tão estreitas que quase não se vê o céu e as indicações não garantem sucesso na chegada ao destino.
Este é um dos monumentos mais importantes da cidade e cuja antiguidade de confunde com a própria Jerusalém. Nesta zona do globo, quase tudo o que é histórico é religioso e a visita pode ser encarada tanto de uma forma como de outra. Por isso, o mais importante é saber o que vai encontrar. A Torre de David trata-se de um conjunto de ruínas, formando uma cidadela, mesmo ao lado de Jaffa Gate.
Vale a pena fazer a pé esta que é uma das ruas mais antigas e compridas da Jerusalém. Atravessando a cidade de Este a Oeste, é uma via com muitas lojas, serviços, restaurantes e que atravessa zonas importantes da cidade. Praças como a do municipio (Praça de Safra), Tzahal, Zion e Davidka. A certo ponto, junta-se à Rua Ben Yehuda, um agradável percurso pedonal repleto de lojas, cafés e restaurantes típicos.
Para os que estiverem mais folgados na agenda, poderá ser interessante ficar a “meio caminho” entre a cidade velha e as zonas mais recentes. Boas hipóteses são os bairros de Talbyia ou Rehavia. Já um pouco mais afastado do centro histórico mas perto de uma forte zona comercial está o bairro de Nakhalat Tsiyon.
Esse é o exemplo de não muçulmanos que pretendam circular por ali em horário reservado para os seguidores de Maomé. Para saber qual a melhor altura para visitar, o melhor é perguntar aos guardas, que terão a informação de quando passar. E atenção: o intervalo temporal é muito curto e a última hora de entrada é a meio da tarde.
Por outro lado, não vai encontrar nem carne nem peixe, dadas as restrições da filosofia kosher, que requerem certas práticas de tratamento de alimentos de origem animal. O Mahane Yehadua conta ainda com cafés, bares de cerveja e restaurantes, estes últimos na parte exterior.
Arquitectonicamente, a Igreja é intrincada, com várias câmaras inferiores e laterais. Nos pisos subterrâneos, o ar chega a ser bastante rarefeito. Para chegar ao Santo Sepulcro, o melhor é mesmo ir a pé a partir de qualquer ponto central na parte velha da cidade.
Dividida entre zona velha, onde estão reunidos todos os símbolos e locais sagrados das três religiões, e uma outra zona mais comercial e moderna, deslocar-se a pé em Jerusalém é relativamente simples. Mas caso prefira transportes públicos, pode sempre optar pelo metro de superfície. Serviços TVDE, como Uber ou Cabify, não são permitidos.
Estendendo-se a Este a partir da Estação Central de Autocarros e a Oeste no Portão de Jaffa (Jaffa Gate), é quase impossível visitar Jerusalém sem percorrer parcialmente a rua. Em relação ao transporte público, a própria rua faz uma linha completa do mapa do metro de superfície, com paragens como Jaffa Center, City Hall ou Ha’ Turim.
Qualquer das entradas que dá acesso à praça onde está o muro é antecedida por um posto de revista e detector de metais. Aquando da vista ao Muro, muitos turistas também aproveitam para ver as galerias subterrâneas nas proximidades.
Para chegar a este mercado basta sair na paragem do metro de superficie com o mesmo nome. Deslocar-se a pé até lá fará mais sentido se o ponto de partida for o centro da cidade, pois a partir da cidade velha demoram-se 30 minutos.
O mercado de Mahane Yehuda é um bom exemplo da miscelânea cultural enraizada em Jerusalem. Trata-se de um espaço de uma área considerável, mas onde principalmente se vende comida, ao contrário de outros que também apresentam oferta em vestuário. Fruta, doçaria e gomas, frutos secos, pão, bolos e muitas especiarias e condimentos é o que se encontra mais.
Este é um dos locais mais disputados do planeta, sendo que é sagrado para as três religiões: cristianismo, judaísmo e Islão. Por isso mesmo, a circulação é controlada e fora do horário estipulado é mesmo barrada a entrada no perímetro, por guardas armados.
Ao entrar no agora museu, é possível fazer o percurso à volta das muralhas e o acesso a determinadas zonas depende do preço do bilhete. O bilhete de entrada standard custa cerca de 15 euros.
Perpetuada pelos relatos bíblicos do caminho de Jesus com a cruz às costas, a atmosfera religiosa nesta via não é tão presente como seria de esperar. Com muitas lojas de lembranças e souvenirs, a rua percorre-se rapidamente, sendo que é muito idêntica a outras paralelas e perpendiculares.