A partir de dados brasileiros e espanhóis, este artigo aborda aspectos relevantes da doação e transplantes de órgãos, como a relação entre oferta e demanda, legislação vigente, custos e possíveis estratégias para aumentar taxas de doação e melhorar de forma geral o processo de transplantes. O objetivo deste artigo é apresentar dados empíricos atuais que incrementem o conhecimento relevante para a avaliação bioética. Os dois países se destacam: o Brasil por ter o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, e a Espanha por manter há décadas o maior índice de doadores efetivos por milhão de pessoas. Análise inicial dos dados sugere a necessidade de lidar mais abertamente com os interesses dos afetados e a opinião pública, criando articulação sistêmica entre legislação, políticas públicas baseadas em evidências e pesquisa.
Para amenizar a situação das pessoas que morrem na fila de espera por um transplante, a ciência desenvolveu os órgãos artificiais. Porém, esses órgãos são temporários, pois esses dispositivos não são adequados para uso a longo prazo. Após esse tipo de cirurgia, geralmente, o paciente fica no hospital até que surja um doador para um transplante permanente. Porém, em Cambridge, Inglaterra, um paciente recebeu alta após receber um coração artificial.
Morte encefálica e a espera por órgãos no Brasil
Porém, vale ressaltar que esse tabu ainda não foi totalmente dissolvido em nossa sociedade. Atualmente, boa parte das famílias brasileiras não autoriza a doação dos órgãos dos seus entes queridos.
A equipe responsável por esse transplante relatou que há uma necessidade urgente de encontrar mais órgãos para pessoas em listas de espera. E é preciso eliminar a questão de que seja necessário que alguém morra para que outra pessoa receba um órgão.
Tipos de doadores de órgãos
Ainda que soe como algo estranho, usar porcos para transplantes não é uma ideia nova. As válvulas cardíacas de porco já são amplamente utilizadas em humanos porque os órgãos do porco são parecidos em tamanho aos dos humanos.
No Brasil, o primeiro transplante de órgão aconteceu em 19 de abril de 1964, no Hospital do Servidor Público, no Rio de Janeiro. Um rim foi transplantado de doador post mortem. No ano seguinte (1965), aconteceu um outro transplante de rim, porém, de um doador que estava vivo.
De estudante para estudante
O rim do porco foi conectado às veias e artérias do paciente, que tinha insuficiência renal, e ficou fora do corpo para que os pesquisadores conseguissem avaliar melhor o que se sucederia. O rim do porco passou a funcionar imediatamente e produziu urina. Depois de 54 horas de observação, não existia sinais de rejeição.
Um porta-voz desse estudo ressaltou que encontrar mais doadores humanos é o objetivo primordial, mas que eles sabem que há um caminho longo antes que os transplantes desse modelo se tornem algo efetivo. Eles finalizaram frisando que o futuro é promissor, porém, tem muita gente que precisa de um transplante agora, logo, não é possível aguardar até que o xenotransplante seja uma realidade. Hoje, há milhares de pessoas esperando um órgão, então, todo mundo deve se registrar como doador e avisar a família.
A rede pública de saúde do Brasil oferece assistência integral e gratuita, abrangendo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
Segundo o Ministério da Saúde, na atualidade, a fila de transplante tem mais de 50 mil pessoas. E, recentemente, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) divulgou que houve queda no número de doadores ao longo da pandemia da Covid-19. Nos seis primeiros meses de 2021, aconteceu uma redução de 13% no número de doadores efetivos na comparação com o mesmo período do ano passado.
O corpo de um paciente recebeu o rim de um porco, esse receptor estava com morte cerebral, ou seja, sem chances de recuperação. Para que o órgão não fosse reconhecido pelo organismo do transplantado como algo “estranho”, o rim do porco foi geneticamente modificado. Os cientistas falaram que esse é o experimento mais avançado na área até agora.
Tópicos deste artigo
O objetivo deste trabalho é estruturar dados empíricos atuais que incrementem o conhecimento relevante para a avaliação bioética. Valores e princípios bioéticos, como autonomia do paciente e beneficência pública, incidem primeiro sobre os fatos a que se propõem avaliar, e depois sobre possíveis protocolos de conduta. Tanto os fatos do caso como as expectativas relacionadas às prescrições dependem de conhecimento empírico correto para que a avaliação bioética seja racional e responsável.
Apesar das pesquisas de Leonardo da Vinci (1452-1519), a era moderna dos transplantes se iniciou por volta de 1950. Nesta época, o índice de rejeição era bem alto (por conta da incompatibilidade genética). Porém, em 1980, a medicina avançou e descobriu os medicamentos imunossupressores, que reduzem a possibilidade de rejeição dos órgãos transplantados.
Como ser um doador de órgãos?
Caso você esteja se perguntando: “como essa traqueia artificial foi criada?”, não se preocupe, pois explicaremos. Através de mapeamento 3D, os cientistas produziram um arcabouço poroso com o formato da estrutura traqueal do paciente, e introduziram nele células tronco de sua medula óssea. Depois de dois dias, as células desenvolveram um ambiente igual ao original e viável para o transplante sob as condições desejadas.
Portanto, deve-se priorizar ao máximo esses potenciais doadores como meio de reduzir o abismo entre procura e oferta de órgãos. Nesse sentido, nota-se que a recusa dos familiares é o principal obstáculo a ser superado pelos programas de doação de órgãos.
No Brasil a realização de transplante de órgãos começou em 1964 no Rio de Janeiro e é regulamentada pela Lei 9.434 de 4 de fevereiro de 1997 e pela Lei 10.211 de 23 de março de 2001 que determinam que a doação de órgãos e tecidos pode ocorrer em duas situações: de doador vivo com até 4º grau de parentesco desde que não ...
Como era a doação de órgãos antigamente?
A primeira experiência de transplante de rim em seres humanos foi feita na URSS, pelo ucraniano Yuri Voronoy, um pioneiro nessa prática, em 1933, que transplantou o rim de um homem de 60 (doador falecido) anos em uma mulher de 26 anos, e o órgão funcionou bem por dois dias.
Como fazer uma redação sobre doação de órgãos?
A seguir propomos os seguintes passos para garantir uma redação de sucesso sobre o tema, inclusive atendendo uma possível proposta de redação do Enem.
Entenda o que é doação de órgãos. ...
Delimite o assunto. ...
Faça um levantamento de dados. ...
Inclua uma citação. ...
Estruture e redija o seu texto.
23 de jun. de 2020
Por que existem poucos doadores de órgãos?
A recusa familiar contribui para que o número de doadores seja insuficiente para atender à demanda crescente de receptores em lista de espera e, dessa forma, vem sendo apontada como um dos fatores responsáveis pela escassez de órgãos e tecidos para transplante.
Quando foi realizado o primeiro transplante de órgão no Brasil?
Em 16 de abril, comemora-se 55 anos do primeiro transplante no Brasil. Foi um transplante renal, ocorrido em 1964 no Hospital Servidores do Estado, no Rio de Janeiro.
Porque é importante ser um doador de órgãos?
A doação de órgãos proporciona o prolongamento da expectativa de vida de pessoas que precisam de um transplante, permitindo o restabelecimento da saúde e, por consequência, a retomada das atividades normais. Devido ao número de partes do corpo que podem ser cedidas, cada doador pode salvar oito vidas ou mais.
Como funciona o sistema de doação de órgãos no Brasil?
No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
Quais as dificuldades para acontecer a doação de órgãos no Brasil?
Maria Constança Velloso Cajado – Diversos fatores contribuem para a recusa familiar para doação de órgãos e tecidos no Brasil: a falta de informação da população; a insatisfação na assistência hospitalar; a dificuldade de compreensão referente à morte encefálica; a entrevista familiar para doação inadequada; o ...
O que falta para a doação de órgãos se popularizar no Brasil redação?
Redação mediana: O Brasil vive uma crise em relação à doação de órgãos em toda a sua sociedade. Apesar de a doação poder salvar diversas vidas, muitas pessoas continuam se negando a aderir ao método de adoção, já que existem alguns conceitos que são desconhecidos pelas pessoas, como a questão da morte encefálica.
O que impede a doação de órgãos no Brasil?
Maria Constança Velloso Cajado – Diversos fatores contribuem para a recusa familiar para doação de órgãos e tecidos no Brasil: a falta de informação da população; a insatisfação na assistência hospitalar; a dificuldade de compreensão referente à morte encefálica; a entrevista familiar para doação inadequada; o ...
Porque as pessoas doam órgãos?
A doação de órgãos pode salvar várias vidas. Uma única pessoa pode salvar cerca de 10 pessoas quando opta por ser um doador. Após autorizada a doação de órgãos, o hospital comunica a Central de Transplantes, responsável por procurar possíveis receptores tendo como base a compatibilidade entre os envolvidos.
Quais são as dificuldades encontradas na doação de órgãos?
Maria Constança Velloso Cajado – Diversos fatores contribuem para a recusa familiar para doação de órgãos e tecidos no Brasil: a falta de informação da população; a insatisfação na assistência hospitalar; a dificuldade de compreensão referente à morte encefálica; a entrevista familiar para doação inadequada; o ...
Como foi o primeiro transplante de coração no Brasil?
No Brasil, o primeiro transplante dessa nova fase foi feito em 1984, no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, inaugurado em 1977 graças à verba obtida logo após o transplante de João Boiadeiro, retomou seu programa em 1985.
Quando foi realizado o primeiro transplante de coração?
O coração de uma pessoa morta palpitou pela primeira vez no peito de outro ser humano às 5h35 de 3 de dezembro de 1967, na África do Sul. O primeiro transplante de coração, realizado no hospital Grote-Schuur, na Cidade do Cabo, foi bem-sucedido.
O que você acha da doação de órgãos?
A doação de órgãos e tecidos é um ato de amor à vida de uma pessoa em situação crítica de saúde, que depende do ato de amor do próximo para continuar vivendo. ... As equipes de procura, captação e transplantadoras de órgãos e tecidos também sofrem com o alto índice de negação familiar para a doação.
Quem não pode ser um doador de órgãos?
Não podem ser doadores as pessoas com doenças infecciosas incuráveis e câncer generalizado, ou ainda as pessoas com doenças, que pela sua evolução tenham comprometido o estado dos órgãos. Também estão excluídos do direito de doar as pessoas sem identidade, ou menores de 21 anos sem a autorização dos responsáveis.
Como funciona a doação de órgãos e transplantes?
No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
Quais os principais motivos para a família recusar a doação de órgãos?
RESULTADOS: A pesquisa destacou que os principais motivos de recusa relacionados são: não compreensão do diagnóstico de morte encefálica (21%), religiosidade (19%), falta de competência técnica da equipe (19%), tempo longo processo (10%), falecido não era doador (9%), medo da mutilação (5,2%), enterrado como veio ao ...
Quais os principais desafios para a doação de órgãos no Brasil?
Os 4 principais desafios da doação de órgãos no Brasil