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Provavelmente, você já ouviu falar sobre As Crônicas de Nárnia. O universo de Nárnia foi criado pelo escritor irlandês C.S. Lewis, rendendo sete livros cultuados até os dias de hoje e, no Brasil, vendidos em uma edição única.
Os livros escritos por Lewis narram várias aventuras envolvendo grupos de crianças (cada uma delas em épocas diferentes) que encontram o mundo mágico de Nárnia. Neste universo encantado, seres humanos encontram criaturas místicas, animais e árvores falantes, feiticeiras e um leão mágico, chamado Aslam.
Em 2005, a obra de Lewis ganhou sua primeira adaptação para o cinema. O primeiro filme O leão, a feiticeira e o guarda-roupa foi sucesso de bilheteria. Ademais, o longa fez com que a saga de livros, na época pouco conhecida no Brasil, se popularizasse.
Há 67 anos, a pequena Lúcia se escondia em um guarda-roupa durante um jogo de esconde-esconde contra os irmãos. Entre jaquetas e casacos, ela acabou encontrando um novo mundo: trata-se de Nárnia, uma terra onde animais falam, um leão é a autoridade máxima e crianças humanas têm o poder de mudar a história.
Isso se deu porque Lewis sempre fez questão de fazer paralelos com a sua história e a Bíblia, o que se torna mais evidente no livro final da série, “A Última Batalha”, onde Aslam é responsável por guiar aqueles fiéis a ele para um reino divino a fim de viver a vida eterna. O fato de Aslam ser um leão também impactou negativamente a comunidade cristã, que condenou a representação zoomórfica de Jesus Cristo.
As Crônicas de Nárnia foram originalmente escritas para crianças – por isso a linguagem simples e personagens cativantes, entre crianças e seres fantásticos. Mas, acho que se pretende mais que tudo ser lida por adultos, em função da quantidade de referências que são feitas. Lewis era grande amigo de Tolkien – que também escreveu para crianças. E foi por influência de Tolkien que Lewis abraçou o cristianismo – daí a quantidade de analogias encontradas.
Já o terceiro filme, lançado em 2010, é A viagem do Peregrino da Alvorada. Os produtores dos longas tentaram criar uma linha narrativa e cronológica própria para o cinema. Apesar disso, os personagens e o enredo geral são os mesmos nas páginas ou nas telas.
C. S. Lewis era cristão, e este fato sempre ficou evidente em sua obra - principalmente quando falamos de Aslam, o famoso leão das Crônicas de Nárnia, que era uma representação de Deus Pai, Filho e Espírito. No entanto, o autor já foi condenado por outros seguidores da doutrina cristã por incluir elementos pagãos em sua obra, uma vez que Nárnia era um reino regado de magia e animais mitológicos, o que os cristão consideram ser uma prática herege.
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Antes de mais nada, é importante entender que Lewis não tinha a intenção de escrever um livro sobre a religião católica. No entanto, por ser muito religioso, o escritor criou metáforas e alegorias que remetem ao catolicismo.
Primeiramente, Clive Staple Lewis nasceu na Irlanda, em 1989. Inicialmente é importante ter em mente que diversos fatos da vida dele influenciaram sua escrita. O primeiro dele, certamente, foi o falecimento precoce de sua mãe.
Sendo assim, o primeiro livro escrito por Lewis foi O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. Inicialmente, o autor não pensou em escrever uma série de histórias. Mas, quando decidiu continuar a escrever, resgatou parte do enredo que não havia sido explorado.
Aqui temos um velho macaco (Manhoso) e um burro (Confuso), que encontram uma pele de leão. Confuso “veste” a pele e começa a proclamar que é o porta-voz de Aslam. Manhoso faz uma aliança com os calormanos para conquistar Nárnia. Com a invasão iminente sobre o reino, o atual rei de Nárnia precisa da ajuda das crianças (com exceção de Susana, que acabou deixando as aventuras de Nárnia de lado), para desmascarar o impostor. E, aqui chegamos ao apocalipse…
No entanto, há biógrafos que relatam que a recepção de Tolkien ao manuscrito de As crônicas de Nárnia não foi boa. Mesmo amando fantasia, o autor de Senhor dos Anéis não gostou do modo como Lewis abordou a história. Inegavelmente, C.S. ficou chateado e se afastou um pouco do amigo.
O Cavalo e seu Menino se passam na Calormânia, um país inspirado no Oriente Médio, e seguem Shasta, Aravis, Bree e Hwin em sua fuga de Calormânia para Nárnia, onde se encontram com os irmãos Pevensie.
Há uma teoria, criada pelo pesquisador Michael Ward, de que Lewis se inspirou na teoria dos sete céus. Isso porque Copérnico no século XVI acreditava haver sete céus e sete planetas girando em torno da terra. Apesar da teoria ter sido revogada, Lewis teria se baseado nela para escrever os sete livros.