Do cinema para o jornalismo. Amante de filmes e games, fã filmes de terror trash e joguitos que duram meses. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.
O verdadeiro ponto de virada na trajetória do Nintendo Switch, contudo, foi no final do ano, quando dois jogos chegaram ao mercado bem no fim de 2018. O primeiro deles foi a dobradinha de Pokémon Let’s Go Pikachu & Let’s Go Eevee. Levando os jogadores de volta à Kanto, os remakes foram alvos de bastante controvérsia por conta da sua abordagem, que visava capitalizar tardiamente em cima do sucesso passado de Pokémon Go, o que levou à casualização da estrutura do gameplay. Entretanto, mesmo o pior dos Pokémon já chega ao mercado com a garantia de venda de pelo menos cinco milhões de cópias.
Nota-se que alguns títulos third parties antes exclusivos ao Wii U também conseguiram respirar novos ares, como Lego City: Undercover e Fatal Frame V: Maiden of Black Water. The Wonderful 101 Remastered é um caso curioso. Em situação similar, ele não só saiu do Wii U para o Switch como também conseguiu aporte para desembarcar em outras plataformas, como o PC e o PlayStation 4 (graças a uma campanha de crowdfunding organizada pela própria Platinum).
A pandemia mexeu com os planos da Nintendo, mas nada que não pudesse ser contornado. Justamente por não trabalhar no mesmo ritmo que o mercado, não havia algo engessado. E, enfim, no dia 18 de setembro o Nintendo Switch chegava ao Brasil. “Foi quando estava pronto para estar nas lojas.”, conta.
A Nintendo revelou nesta sexta-feira (04) os valores e data de lançamento oficiais do Switch no Brasil. O console chega às prateleiras nacionais no dia 18 de setembro custando R$ 2.999 em sua versão tradicional, com controles destacáveis e a doca que permite o uso do aparelho tanto como um console portátil quanto conectado à televisão. As opções de cores também são as mesmas do lançamento original, com opções em cinza ou azul e vermelho neon.
Nota-se que ambos foram casos de ports em edições de luxo, com conteúdo extra, se comparadas as suas encarnações originais. No ano seguinte, em 2018, o Switch recebeu ports mais tradicionais e sem grandes incrementos, como Donkey Kong: Tropical Freeze e Captain Toad: Treasure Tracker.
A maioria das pessoas perguntaria ‘por que vocês não lançaram no período de festas, quando as vendas são muito maiores?’ E a resposta é porque a nossa missão é trazer sorrisos para as pessoas. Então ao invés de esperar por quando poderíamos “fazer mais dinheiro”, nós lançamos as coisas quando elas estão prontas.
O primeiro sinal de que a empresa queria retornar para cá foi em 2018, quando ela promoveu uma aparição surpresa na BGS em uma sala de imprensa fechada. Na época, a ação pontual foi para promover o lançamento da Loja Nintendo, um e-commerce virtual focado em lançamentos first party que não estava disponível no próprio console, afinal, ele sequer tinha sido lançado por aqui. O que ela cedia eram as chaves de produto para eventual desbloqueio. Depois de um tempo, tal loja passou a aceitar o boleto como pagamento.
Quando levamos em consideração produtos licenciados, a situação é um pouco diferente. A marca trabalha com empresas nacionais para entregar roupas, colecionáveis e outros produtos ao público brasileiro.
Anteriormente, o Switch tradicional, o Pro Controller, os Joy-Con e a versão Lite do console receberam registros de homologação no site da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Contudo, Bill confirmou que a Nintendo pretende lançar o Switch Lite no país apenas em 2021.
Por fim, em setembro o Switch recebeu suas primeiras revisões de hardware. O Nintendo Switch V2 (como é informalmente chamado) é uma segunda edição com bateria extra e uma leve atualização do processador (foi do Nvidia Tegra X1 T2010 para o Nvidia Tegra X1 T214) e do modelo da RAM (fornecida pela Samsung). Embora nunca formalmente anunciado, a tela aparentemente também recebeu um aprimoramento, reproduzindo cores e brilhos mais intensos.
Quanto a localização dos jogos, o executivo da Nintendo não tem novidades para o público no momento. “Isso é algo que ouvimos muito dos Nintendistas. É provavelmente o primeiro tópico que ouvimos do público. Estamos passando essa informação dentro da companhia, e algo que estamos vendo. No momento, não temos nada para compartilhar, mas é um momento importante, certo? Estamos celebrando o aniversário de 35 anos do Mario e o lançamento do Switch no Brasil, mas reconhecemos que ainda há muito a ser feito.”
Outro acontecimento durante o período da pandemia, inclusive, diz respeito a uma terceira revisão. Rumores de uma edição mais potente do console já rondavam a indústria há algum tempo, mas ela se confirmou — embora não do jeito que se esperava, no caso, um incremento pesado na potência — com o anúncio e lançamento do Nintendo Switch OLED.
É possível acreditar, contudo, que no futuro a produção não será mais centralizada na China, ainda mais considerando os esforços recentes de retirada da montagem do Switch do país. Em 2019, o Wall Street Journal noticiou que a Nintendo estava relocalizando parte de sua produção para fora do país asiático -- e, para Roberto Dumas, este movimento reflete o atual cenário econômico internacional.
Foram apenas três anos, mas nesse período de tempo o valor do dólar subiu mais de 50% em relação ao real e tanto a Sony quanto a Microsoft revelaram seus novos videogames — que serão lançados por aqui ainda em 2020. Com um console “da geração passada” e a desvantagem de chegar em meio a uma crise econômica, a fabricante japonesa apostou em estratégias para tornar seus produtos acessíveis para os brasileiros.
“Uma coisa é certeza: vai melhorar o bem-estar da sociedade consumidora, se não não teria por quê [a Nintendo vir para o Brasil]. Somos um grande mercado consumidor - 68% do nosso PIB é consumo. A gente adora gastar, e a empresa com certeza notou que o consumo ficou ainda maior durante a pandemia, por isso decidiu não perder o bom momento. Porém, acalmem os ânimos, porque agora não é hora de montar uma operação robusta: No máximo, o que podemos esperar é que a Nintendo monte um “balão de ensaio” no Paraguai e espere ele legitimar por mais um ou dois anos. Eles devem esperar acabar a pandemia, ver se vamos furar o teto de gastos e se vai sair a reforma tributária, apenas então seria viável pensar em também montar o videogame no Brasil”.
Porém, o que isso significa de fato? Quais serão os preços, como será feita logística e quais são impactos na vida do consumidor? O IGN Brasil reuniu os principais fatos e informações sobre a chegada do console híbrido por meio de uma entrevista com Bill van Zyll, Diretor Geral da Nintendo para a América Latina. Além disso, conversamos com Roberto Dumas, economista, comentarista na BandNews TV e professor do Insper, sobre previsões para o futuro acerca da distribuição e do preço do videogame.
Seria mentira se falarmos que a Nintendo entrou em 2019 com o pé direito, visto que ele começou com um constrangedor pedido de desculpas por ter que atrasar indefinidamente o lançamento do já anunciado Metroid Prime 4. A justificativa foi que o produto em desenvolvimento estava aquém das expectativas e ele teria que ser recomeçado do zero.
Ele, inclusive, menciona o lançamento dos cartões pré-pagos do Nintendo Switch na BGS 2018 e o estande da empresa na BGS 2019, que despertaram as esperanças dos fãs. "Durante todo esse tempo, nos bastidores, continuamos trabalhando nisso, e agora simplesmente era o momento em que o produto estava pronto e nós estávamos prontos para introduzi-lo no Brasil. Então, estamos muito animados e esperamos continuar construindo isso para trazer a experiência completa aos consumidores do Brasil."
Além disso, ele continuou se expandindo, recebendo dois passes de temporada que adicionavam lutadores extras, como Terry Bogard, lutador recorrente de séries da SNK como Fatal Fury e The King of Fighters; Sephiroth, o vilão do icônico Final Fantasy 7; o herói de Dragon Quest, recebendo skins referentes a várias de suas encarnações ao longo da franquia; e, para a surpresa (às vezes, revolta) de todos, Steve, diretamente de Minecraft.