Condições de vida ou qualidade de vida para indicadores estatísticos usados para estudar a maneira específica como as pessoas vivemno quadro de um momento e sociedade específicos.
Apesar da grande relevância social, o tema qualidade de vida apresenta imprecisões teórico/metodológicas o que dificulta a investigação, o diálogo entre as diferentes áreas que trabalham com o tema e, principalmente, a aplicação do conhecimento produzido na melhoria da qualidade de vida da população. Buscando contribuir para a clarificação do conceito este estudo teve como objetivo, a partir da leitura, discussão e análise da literatura especializada, apresentar as principais abordagens, conceitos e propostas de classificação e avaliação da qualidade de vida. Verificou-se que as abordagens e conceitualizações sobre a qualidade de vida se apresentam na literatura de forma diversificada, e, por vezes, divergentes. A falta de consenso teórico leva muitas pesquisas a utilizarem conceitos como saúde, bem estar e estilo de vida como sinônimos de qualidade de vida. Novas abordagens epistemológicas no estudo do tema são necessárias bem como estudos que analisem a qualidade de vida em situações de intervenção.
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Em resumo, a qualidade de vida é um conceito complexo e multidimensional que abrange diversos aspectos da vida de uma pessoa. É um objetivo importante em muitas áreas e pode ser alcançado através de esforços coletivos para melhorar as condições de vida das pessoas e proporcionar acesso a recursos e serviços essenciais.
Devido à sua complexidade e utilização por diversas áreas de estudo, conforme aborda Farquhar (1995), a falta de consenso conceitual é marcante. Suas definições na literatura especializada apresentam-se, tanto de forma global, enfatizando a satisfação geral com a vida, como dividida em componentes, que, em conjunto, indicariam uma aproximação do conceito geral. A forma como é abordada e os indicadores adotados estão diretamente ligados aos interesses científicos e políticos de cada estudo e área de investigação, bem como das possibilidades de operacionalização e avaliação.
Devemos, pois, procurar uma boa qualidade de vida em todas as fases da nossa vida, cientes de que é no idoso que, muitas vezes, observamos os maiores problemas.
Apesar da relevância de tal modelo devido sua coerência e abrangência, Minayo, Hartz e Buss (2000) abordam ainda que a relatividade da noção, que em última instância remete ao plano individual, tem pelo menos três fóruns de referência:
Não é por acaso que a definição dada pela OMS para saúde é ampla. Ela define-a como “o estado de completo bem-estar físico e mental”. Muitas vezes, algumas pessoas ao pensar em saúde e qualidade de vida deixam de lado a saúde mental.
Mediante a subjetividade que o conceito de qualidade de vida do idoso acarreta, torna-se necessário orientar as políticas para um envelhecimento bem sucedido, o que para a maioria dos idosos, está relacionado ao bem-estar, à felicidade, à realização pessoal, enfim, à qualidade de vida nessa faixa etária (terceira idade).
DAY, H.; JANKEY, S.G. Lessons from the literature: toward a holistic model of quality of life. In: RENWICK, R.; BROWN, I.; NAGLER, M. (Eds.). Quality of life in health promotion and rehabilitation: conceptual approaches, issues and applications. Thousand Oaks: Sage, 1996.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a qualidade de vida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Também pode envolver intervenções sociais, políticas públicas, tratamento médico, terapia e mudanças no estilo de vida pessoal. A qualidade de vida pode ser medida através de indicadores objetivos, como a expectativa de vida e o índice de desenvolvimento humano, bem como por meio de pesquisas que medem a satisfação das pessoas com suas vidas.
Empresas e governos também têm um papel importante na promoção da qualidade, criando políticas públicas e iniciativas que incentivem o bem-estar das pessoas e ofereçam condições para que elas possam viver de maneira plena e feliz.
Independentemente de como são medidos, as condições de vida das pessoas têm um impacto direto em seu desenvolvimento futuro e até mesmo em sua expectativa de vida Estimado.
4) Definições combinadas: outras definições aparecem na literatura especializada, mas não se ajustam nitidamente a nenhum tipo de abordagem. São normalmente definições globais que especificam um ou mais componentes, tratando, por exemplo, da satisfação geral da vida, dando ênfase ao aspecto físico, mas não analisando o contexto social.
O WHOQOL foi desenvolvido pelo grupo chamado World Health Organization Quality of Life e traduzido e validado para o Brasil por um grupo de pesquisadores na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tem por objetivo avaliar a qualidade de vida geral das pessoas em diferentes culturas. Foram validadas duas versões do instrumento. A versão longa "WHOQOL-100" Fleck et al. (1999) considera seis domínios para análise: físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, ambiente e aspectos espirituais/religião/crenças pessoais. A versão curta "WHOQOL Bref" Fleck, Louzada, Xavier, Chachamovich, Vieira, Santos e Pinzon (2000), considera quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente) para análise da qualidade de vida.