Sempre que você come um suculento bife ou uma massa com vegetais frescos e aromáticos estes alimentos precisam que atingir o seu estômago para que possam ser digeridos. Como eles chegam lá? Passando através do esôfago - um tubo muscular flexível que cursa da parte posterior da sua garganta diretamente até o seu estômago. Entretanto o esôfago é mais do que isso. Ele não fica lá parado; ele facilita ativamente a passagem do bolo alimentar para o estômago através de uma regulação nervosa precisa. Ele é portanto parte do sistema digestório.
O músculo estriado da faringe, e da porção superior do esôfago, é uma exceção à regra geral de que músculo estriado é voluntário, isto é, está sob o controle da vontade. O do esôfago é inervado particularmente por fibras parassimpáticas dos vagos.
O tecido linfático presente, relativamente escasso, está confinado àquelas áreas onde os dutos das glândulas passam através da lâmina própria. Novamente, como não há tempo para que ocorra a digestão no esôfago e como os alimentos que nele penetram estão lubrificados com saliva, há pequena necessidade de possuir glândulas para secretar seja muco seja enzimas digestivas.
Outros músculos ficam ao redor das extremidades superior e inferior do esôfago como anéis. Esses músculos, também chamados de esfíncteres, fecham o esôfago para que o conteúdo do estômago não consiga voltar para o esôfago ou a garganta.
Embora a deglutição em si seja uma ação reflexa, um indivíduo, porque os músculos da boca estão sob o controle da vontade, pode iniciar a deglutição, mas sua continuação, da faringe em diante é involuntária por causa da operação autônoma do reflexo.
No homem o epitélio é do tipo não queratinizado, mas, em muitos animais, que engolem material bruto ainda mais apressadamente, é empregado o tipo queratinizado. Mesmo no epitélio do homem podem ser vistos, algumas vezes, grânulos de querato-hialina.
A passagem do bolo alimentar através destas junções é regulada por esfíncteres; feixes de fibras musculares de controle involuntário. A junção faringoesofágica é cercada pelo esfíncter esofágico superior, também conhecido como músculo cricofaríngeo. O músculo na verdade é a parte mais inferior do constritor da faringe. Por sua vez, a junção gastroesofágica é envolvida pelo esfíncter esofágico inferior, também conhecido como cárdia.
O esôfago faz parte do trato digestivo. Ele é o “cano de alimentos” que liga a garganta e o estômago. Os alimentos e líquidos não deslizam simplesmente pelo esôfago por efeito da gravidade. O esôfago é revestido por músculos que empurram os alimentos e os líquidos para baixo.
Como o esôfago não é revestido pelo peritônio ele tem mais uma adventícia que uma serosa. Esta é constituída por tecido areolar e liga o esôfago às estruturas circunvizinhas.
Quando a pessoa engole, os alimentos passam da boca para a garganta, também denominada faringe (1). O esfíncter esofágico superior se abre (2) para que os alimentos possam entrar no esôfago, onde ocorrem contrações musculares, denominados movimentos peristálticos, que empurram os alimentos para baixo (3). Em seguida, os alimentos atravessam o diafragma (4) e o esfíncter esofágico inferior (5) e entram no estômago.
Através de uma interação bem regulada entre os ramos parassimpáticos e simpáticos, o tônus dos esfíncteres do esôfago é mantido, seu relaxamento transitório é permitido e a peristalse ao longo de todo o esôfago acontece.
O epitélio do esôfago é firmemente ancorado à lâmina própria subjacente por papilas desta, particularmente longas, que se estendem nele. Como estas papilas são longas e estreitas e como podem penetrar o epitélio em vários ângulos elas aparecem nas seções transversais do esôfago como ilhas de lâmina própria rodeadas por epitélio.
O esôfago é um tubo bastante retilíneo que se estende da faringe ao estômago. Suas paredes são constituídas pelas 4 túnicas descritas a propósito do plano geral do trato. As variações do plano geral encontradas nestas túnicas são adaptações para a função especial que esta parte do trato deve executar.
Além disto, como muitos indivíduos (por mau hábito ou falta de dentes) não mastigam suficientemente seus alimentos há razão para possuir-se um epitélio que seja protetor contra o material bruto comumente deglutido. Obviamente, epitélio estratificado escamoso não queratinizado ou mesmo do tipo queratinizado seriam as escolhas lógicas para revestir o esôfago.
A faringe, portanto, marca o ponto onde o controle do movimento do trato alimentar passa do sistema voluntário para o involuntário. No homem, a muscular externa do esôfago não é suficientemente espessada no ponto de penetração do mesmo no estômago (a cárdia) para justificar ser chamada de esfíncter cárdico.
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Quando alimentos ou líquidos são transportados por ondas peristálticas e se aproximam dos esfíncteres, vias reflexas causam relaxamento temporário dos músculos, permitindo que o bolo passe. Em todos os outros momentos esses esfíncteres ficam completamente contraídos para impedir o refluxo de partículas de alimento ou ácido gástrico para os segmentos a montante no sistema digestório.
Daí, as seções transversais do terço superior do esôfago mostrarem toda a muscular externa composta de músculo estriado; aquelas do terço médio mostram uma mistura, e do terço inferior mostram apenas músculo liso.